Panorama da organização do MST por meio de materiais formativos: reflexões à práxis da educação ambiental crítica
DOI:
https://doi.org/10.62516/terra_livre.2022.2272Palavras-chave:
Ambiente; Educação; Formação; Organização.Resumo
Os movimentos sociais rurais desenvolvem seus próprios caminhos na preparação dos sujeitos para a ação, dentre os quais o mais conhecido é o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A organização das atividades coletivas no referido movimento passa pela formação com materiais significativos aos seus propósitos. A partir do debate em torno da temática e da investigação de parte dessa produção do MST, com identificação e análise das metodologias formativas pertinentes, objetivamos realizar reflexões à práxis que envolve a Educação Ambiental Crítica. No percurso utilizado prepondera o método dialético, a abordagem qualitativa, e o procedimento da revisão bibliográfica, contando com importantes referências da academia e da militância. Como resultado, há convergências nos processos pedagógicos nos remetendo à possibilidade de diálogo com complementaridades, bem como à essência da Educação Popular.
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