Terra Livre https://publicacoes.agb.org.br/terralivre <p>A <strong>Terra Livre</strong> é uma publicação semestral da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB) cujo objetivo é divulgar a produção do conhecimento geográfico. Publicam-se textos na forma de artigos, notas, resenhas, comunicações e textos dos GTs (Grupos de Trabalhos) da entidade. Criada em 1986, num contexto em que a Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB) buscava superar o fato da entidade estar voltada para si e pouco preocupada em atender às demandas da sociedade. É nesta reformulação que o projeto editorial da Revista Terra Livre é pensado, com o objetivo de “veicular artigos que manifestem compromissos com as lutas da sociedade [...] sobre questões mais gerais e diretamente relacionadas com os principais problemas enfrentados pela sociedade brasileira”. Nestas três décadas de história foram publicados mais de cinquenta números, totalizando cerca de 500 contribuições (artigos, documentos de Grupos de Trabalho das Seções Locais da AGB, entrevistas, notas e resenhas). Mais do que um periódico científico, a Terra Livre tem um compromisso político com a comunidade geográfica e sociedade em geral. </p> <p>Classificada no Qualis CAPES (2017-2020) como A2 na sua versão online.</p> AGB pt-BR Terra Livre 0102-8030 <p>Este trabalho está licenciado sob uma licença <a title=" Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License." href="https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/">https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/</a> <img src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-sa/3.0/88x31.png" alt="Licença Creative Commons" /></p> <p>Os Direitos Autorais dos artigos publicados na Terra Livre pertencem ao(s) seu(s) respectivo(s) autor(es), com os direitos de primeira publicação cedidos à Terra Livre.</p> <p>Os artigos publicados são de acesso público, de uso gratuito, com atribuição de autoria obrigatória, para aplicações de finalidade educacional e não-comercial, de acordo com o modelo de licenciamento Creative Commons 3.0 adotado pela revista.</p> <p><a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/deed.pt_BR" rel="license"><img style="border-width: 0;" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-sa/3.0/88x31.png" alt="Licença Creative Commons" /></a><br />A Terra Livre está licenciada sob uma <a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/deed.pt_BR" rel="license">licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada</a>.</p> Editorial https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3306 Terra Livre AGB Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60 xv xix Expediente e Sumário https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3304 Terra Livre AGB Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60 i xiv Do ensino remoto ao ensino presencial em contexto pandêmico https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3107 <p class="Resumo">O presente estudo tem como objetivo identificar as dificuldades encontradas pelos professores e estudantes em relação ao processo de ensino e aprendizagem em Geografia após o retorno das aulas presenciais diante do contexto da Covid-19 em uma escola pública de Tefé – AM. Metodologicamente, foram realizados levantamentos e análises teóricas e documentais, realização de entrevista, aplicação de questionário, organização de roda de conversa e, por fim, tabulação de dados em gráficos e nuvens de palavras. Os resultados apontaram comparativamente às duas turmas analisadas, situações semelhantes, principalmente na relação antes-durante-depois do ensino remoto, contribuindo para ampliação de aflições principalmente quanto associada ao vestibular, além dos prejuízos ocasionados durante o ensino remoto no campo do ensino de Geografia, com pouco rendimento, interação e ensino e aprendizagem, apontado tanto pelos estudantes quanto pela professora.</p> Hanah Clara Farias Ribeiro Hikaro Kayo de Brito Nunes Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60 20 58 10.62516/terra_livre.2023.3107 Prática docente em Geografia https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3164 <p>Pensar a práxis docente é um ato, ao mesmo tempo, desafiador e necessário. Ao considerarmos que a (re)construção de práticas pedagógicas se dá pelo movimento dialético de elaboração/aplicação/avaliação de situações de ensino-aprendizagem, refletir este processo é o esforço que empreendemos neste trabalho. Para além da descrição de atividades empíricas, foi realizada pesquisa bibliográfica. O artigo se divide em três momentos: no primeiro, situa teoricamente a compreensão de práxis docente; em seguida, relata práticas de ensino de Geografia realizadas em escolas da rede pública municipal de Fortaleza e estadual do Ceará; finaliza com um exercício de reflexão acerca das múltiplas dimensões que envolvem a experiência docente. O trabalho conclui que o ensino de Geografia está para além dos limites das salas de aula, e que a docência se concretiza também em uma dimensão classista, superando a mera aplicação de metodologias.</p> Danilo Carneiro Magalhães Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60 59 80 10.62516/terra_livre.2023.3164 As implicações das teorias pedagógicas no trabalho docente de Geografia e seus desdobramentos na prática pedagógica e na luta política https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3213 <p>O artigo analisa implicações das teorias pedagógicas no trabalho docente em Geografia,&nbsp; teorias que explicam e dão direção aos processos de ensino-aprendizagem e às finalidade políticas da educação escolar. A metodologia explicita a relação entre a teoria pedagógica e a sua finalidade política, mediadas pelo papel da escola, do professor e de sua prática pedagógica. Focaliza três situações de contexto de ensino às quais o/a professor(a) de Geografia são submetido(a)s, com o objetivo de demonstrar como as teorias pedagógicas dão rumo ao trabalho docente. O trabalho pedagógico é ato intencional que tem fins de formação de sujeitos que estão em processo de aprendizagem. O trato pedagógico aos conhecimentos da ciência geográfica nos processos de ensino, implica na intenção de que os estudantes desenvolvam consciência acerca da organização espacial da sociedade no contexto das classes em luta</p> Janeide Bispo dos Santos Marcos Antônio Campos Couto Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60 81 120 10.62516/terra_livre.2023.3213 Considerações acerca da BNC-Formação e as novas morfologias do trabalho https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3210 <p>Por meio do exame das atuais prescrições curriculares para os cursos superiores de licenciatura, das recomendações internacionais para a formação em todos os níveis de ensino, assim como dos contributos teóricos sobre o tema, observa-se a operação material e imaterial imersa nos novos léxicos e mecanismos gerenciais para a contemplação do atual estágio de reprodução sociometabólica do capital tanto no âmbito estrutural, quanto no corpo superestrutural, demandando para tal um trabalhador maleável e adaptável às novas morfologias do trabalho. Tal conteúdo alcança a educação por meio do controle sistemático dos entes fixos e variáveis, com relativa centralidade sobre o trabalho docente nos últimos para a concreção do currículo prescrito-aferido. Neste sentido, objetivamos analisar as incidências do receituário da frente ampla do capital na BNC-Formação para a consolidação do “professor de novo tipo”. Trata-se de uma pesquisa básica, de caráter explicativo, que se ancora no exame bibliográfico-documental. Como resultado indicamos que análise do documento acima discriminado imputa uma série de predileções pertinentes à adequação do trabalho docente ao princípio gerencial-<em>quantofrênico</em>.</p> Rodrigo Coutinho Andrade Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60 121 156 10.62516/terra_livre.2023.3210 Diversidade de corpos no Estágio Supervisionado https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3195 <p>O espaço escolar está estruturado em políticas e práticas educacionais que cotidianamente refletem e perpetuam normas de gênero e poder que excluem ou marginalizam certos corpos e identidades. Assim, o presente estudo tem como objetivo compreender em que medida a diversidade dos corpos interfere no desempenho dos licenciandos(as) no decorrer dos estágios (observação e regência). Desse modo, foram aplicados questionários nas disciplinas de Estágio Supervisionado II e III, do curso de Licenciatura em Geografia, na Universidade Regional do Cariri – URCA. Logo, considera-se que a experiência do estágio na formação docente, ao colocar na berlinda o corpo em sua relação com o espaço, revelou que o ambiente escolar permanece subjugado à perspectiva colonialista, seja nas relações de poder estabelecidas, seja no modo de saber e de ser dos sujeitos que ali se encontram.</p> Clesley Nascimento Renata Silva Barbosa Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60 157 186 10.62516/terra_livre.2023.3195 Residência Pedagógica no contexto do avanço das Reformas Neoliberais para a educação https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3191 <p style="font-weight: 400;">O artigo aborda o avanço das políticas neoliberais para a educação no Brasil, o aprofundamento do desmonte da educação pública, especialmente dos cursos de Licenciaturas das universidades públicas no país, num recorte temporal de 2016 a 2022. O objetivo é situar o Programa de Formação Inicial Residência Pedagógica no contexto dessas reformas neoliberais, apontando os limites e as perspectivas desse Programa para a formação de professores. A pesquisa é qualitativa, pautada tanto na pesquisa documental e bibliográfica sobre o tema. Harvey (2008) e Antunes (2018) embasam o entendimento sobre o neoliberalismo, Saviani (2010); Mendonça e Fialho (2020) e Straforini (2018) abordam as discussões sobre a educação pública frente as contrarreformas neoliberais. Os resultados revelam os limites e perspectivas para a formação crítica de professores na atualidade rumo a uma educação popular.</p> Claudia Lúcia Costa Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60 187 208 10.62516/terra_livre.2023.3191 Precarização da educação e da atividade docente https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3207 <p><span style="font-weight: 400;">O artigo discute o cenário de precarização da educação no Brasil, partindo da experiência cotidiana em escolas públicas paulistas, tanto em sala de aula como nos momentos de formação coletiva de professores. A implementação do Novo Ensino Médio marca a institucionalização da lógica neoliberal no ensino público, baseada na ideia de empreendedorismo. O Estado de São Paulo se torna a representação de um fenômeno nacional que encobre dos estudantes o contexto da crise econômica e a falta de perspectiva de trabalho. Nessa trama, podemos incluir os docentes que sofrem ataques à carreira por parte da Secretaria de Educação, num movimento de diferenciação salarial que beneficia os professores temporários, colocando efetivos e contratados uns contra os outros. Desse modo, a experiência docente se transforma à medida que os professores circulam entre as escolas e não conseguem ter estabilidade na profissão. A carreira vira destino de profissionais de outras áreas que não conseguem se inserir no mercado de trabalho, se tornando uma alternativa à demanda por emprego de toda a sociedade.</span></p> <p>&nbsp;</p> Wesley Valentim Anacleto da Silva Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60 209 236 10.62516/terra_livre.2023.3207 Jovens cotistas e espaço https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3122 <p>Este artigo é produto da nossa pesquisa de mestrado intitulada “Jovens Cotistas e Cidade - tecendo novas espacialidades a partir do ingresso na UFJF” que contou com o financiamento da CAPES. Utilizando de revisão bibliográfica, aplicação de questionários online e entrevistas semiestruturadas, buscamos entender como o ingresso na universidade a partir da política de cotas irá se desdobrar em novas relações socioespaciais e novas possibilidades de experimentação da própria condição juvenil dos sujeitos. Para isso, dividimos o texto em duas partes, na primeira trabalhamos centralmente as categorias jovem e juventude em sua relação imbricada com o espaço, o que nos possibilita a abordagem da dimensão espacial da experiência universitária desses sujeitos. Na segunda parte olhamos para as falas dos jovens a partir do entendimento da juventude como direito, procurando entender os impactos da política de cotas na experimentação de suas juventudes.&nbsp;</p> Aline de Vieira Souza Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60 237 276 10.62516/terra_livre.2023.3122 Por um ensino-aprendizagem de Geografia no/do Semiárido https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3179 <p class="Resumo">A partir de relato de experiência mediado por debate teórico-prático, discorre-se sobre perspectivas de ensino-aprendizagem de Geografia no/do Semiárido, mediante contribuições da chamada Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido. Nesse sentido, discute-se a necessidade e a importância de um ensino-aprendizagem de Geografia no/do Semiárido, para efetivamente contribuir com a produção de um conhecimento geograficamente situado que possibilite apreender essa região a partir de sua diversidade de relações, processos, dinâmicas, sujeitos, paisagens e territórios. Defende-se que reside também na Geografia a chave de leitura e tomada de consciência para a transformação do mundo, em particular nos rincões mais remotos do Semiárido, onde se observam experiências exitosas de uma educação portadora de sentidos e de práxis críticas e emancipatórias.</p> Leandro Vieira Cavalcante Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60 277 303 10.62516/terra_livre.2023.3179 A disciplina escolar de Geografia frente à apropriação neoliberal da transposição didática na educação https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3182 <p>Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a importância das disciplinas escolares, tecendo questionários sobre a transposição didática, dando enfoque a desvalorização dos profissionais da Educação Básica, principalmente os das Ciências Humanas, área da qual a Geografia faz parte, que vem sofrendo ataques constantemente de perda de sua legitimidade nas escolas de todo o Brasil. Como caminho metodológico, ao refletir sobre as motivações e desmotivações para a ação docente, optou-se por uma pesquisa de caráter bibliográfico. Os resultados mostram que, por meio da união entre as escolas, os professores e os diferentes sujeitos sociais envolvidos no processo escolar, torna-se possível construir caminhos reflexivos e transformadores, capazes de mobilizar políticas eficazes que diminuam as desigualdades no campo escolar. Ressalta-se, ainda, o papel das Ciências Humanas, em especial o da Geografia aqui tratada, para transformar a realidade através do estímulo em sala de aula, da pesquisa, da análise e compreensão dos diferentes movimentos contra-hegemônicos.</p> Anderson Felipe Leite dos Santos Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60 304 340 10.62516/terra_livre.2023.3182 Impactos da Reforma do Novo Ensino Médio na formação cidadã https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3169 <p class="Resumo"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Este artigo é resultado das reflexões, leituras e debates realizados acerca das políticas educacionais e sobre o papel da Geografia Escolar na formação cidadã. Tendo em vista a nova reforma do Ensino Médio que entrou em vigor na rede de ensino de todo o país no ano de 2022, este ensaio teve o objetivo de investigar as mudanças promovidas pela Base Nacional Comum Curricular - BNCC e seus impactos na formação cidadã no que tange à etapa do Ensino Médio, principalmente no itinerário formativo em que engloba a Geografia Escolar. A alteração mais explícita foi marcada pela prevalência da obrigatoriedade e supervalorização da Língua Portuguesa, Língua Inglesa e Matemática, enquanto as demais disciplinas foram postas como optativas, dentre elas, a Geografia. Ademais, os resultados obtidos, através da revisão bibliográfica e documental,apontam para um paradigma de ensino pautado no individualismo e de uma formação direcionada às demandas do mercado de trabalho em detrimento da formação cidadã.</span></span></p> Maria Roselândia Barros Cunha Luiz Antonio Araújo Gonçalves Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60 341 368 10.62516/terra_livre.2023.3169 Educação e território quilombola https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3187 <p style="font-weight: 400;">A partir da organização política de uma comunidade quilombola e de apanhadores de flores sempre-vivas, surge a necessidade da implementação de uma escola que estime os conhecimentos tradicionais, transmitidos de geração a geração, e que não são levados em consideração na educação formal da escola frequentada pelas crianças no centro urbano. Esse texto visa apresentar de maneira crítica o processo de construção, elaboração e participação da comunidade do documento necessário para a escola da comunidade: o Plano Político Pedagógico. Este processo e as reflexões aqui contidas foram embasadas nos conceitos de territorialidade e acervos orais, a partir das quais apresentamos possibilidades de aproximações da teoria com a prática na Educação Quilombola.</p> Maria Clara Salim Cerqueira Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60 369 402 10.62516/terra_livre.2023.3187 A politica de cotas da universidade do Estado do Rio de Janeiro e permanência de corpos negros no espaço universitário- Campus Maracanã https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3205 <p>O sistema de cotas é uma realidade no processo de acesso de estudantes no Curso de Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ. É sabido que a UERJ detém o protagonismo na implantação do referido sistema e o curso de Geografia da UERJ é diretamente afetado, quando da promoção de uma transformação no perfil de estudante que chega ao ensino superior. Destarte todo o significado de tal sistema, este artigo tem como objetivo discutir sobre as reconfigurações que ocorreram no processo de ingresso, permanência e conclusão do curso. Para realização deste trabalho foi necessário fazer o levantamento do currículo em vigor para a formação de licenciados e bacharéis de Geografia. Levou-se em consideração também a constituição do corpo docente nesse processo de reconhecimento. Indica-se neste texto possibilidades de permanência criadas a partir dos estudantes. Enquanto resultados apresenta-se um corpo discente predominantemente negro, cursando um currículo onde questões étnico-raciais e suas interseccionalidades estão silenciadas, ficando a cargo de cada professora ou professor incluir em seu programa de curso tal discussão.</p> Nilton Abranches Junior Camila Reis Tomaz Carolina da Silva Santos Rachel Cabral da Silva Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60 403 433 10.62516/terra_livre.2023.3205 Abordagem geográfica e os desafios por uma construção ativa https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3119 <p>O Encontro Nacional de Ensino de Geografia concentrou uma diversidade de temáticas essenciais ao fortalecimento do debate atual. Neste artigo, serão discutidas as ideias apresentadas no EDP/RE do Eixo – 08: natureza, meio ambiente e educação ambiental. Tem-se, como objetivos, apresentar um panorama geral da discussão realizada no referido eixo, identificar a proposta de educação ambiental que fundamenta os trabalhos e seu respectivo alcance, e verificar a existência de correlações entre as propostas de educação ambiental apresentadas e a perspectiva crítica da educação ambiental. Os procedimentos metodológicos adotados perpassam o levantamento bibliográfico e documental, escuta sensível e sistematização das informações coletadas. Como síntese dos resultados, destaca-se que uma parcela dos trabalhos corroborara com a proposta conservadora de educação ambiental, replicando em suas práticas os discursos fragmentadores baseados na proposta neoliberal comportamental e individualista. Portanto, o desafio da Geografia é desvincular-se do tratamento parcial das questões ambientais.</p> <p>&nbsp;</p> Vitória Alves Lima Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60 434 472 10.62516/terra_livre.2023.3119 Natureza, bem viver e questão agrária https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3183 <p class="Resumo">Este ensaio desenvolve uma reflexão epistemológica sobre o conceito de natureza, sob as bases teóricas do materialismo histórico-dialético e do bem-viver, bem como as contribuições do ensino de Geografia e da Educação Ambiental Crítica para pensar o ensino da questão agrária relacionada às questões ambientais, bem como se contrapor a permanência e propagação do discurso de desenvolvimento nas aulas de Geografia. Assim, objetiva-se compreender as potencialidades da questão agrária no ensino de Geografia balizada pelo conceito de natureza. Para tanto, foram desenvolvidas revisões bibliográficas e análise documental da BNCC. Como resultados, entende-se que a compreensão da questão agrária com conflitos ambientais é relevante para formação dos alunos, perpassando alternativas às problemáticas do espaço rural que confrontem à lógica do desenvolvimento sob os moldes capitalistas.</p> Dayane Galdino Brito Katielly Santana Lúcio da Costa Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60 473 511 10.62516/terra_livre.2023.3183 O rio Poti (Teresina/PI) como objeto de estudo no âmbito da Geografia Física Escolar https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3120 <p>O ensino dos aspectos físico-naturais no âmbito da Geografia Escolar, além de possibilitar a compreensão temática, contribui para o entendimento e relação dos estudantes com a dinâmica ambiental do seu cotidiano. Este estudo objetiva discutir a importância do Ensino de Geografia Física pautado na realidade para um processo de ensino e aprendizagem eficaz, tomando como exemplo quatro recortes espaciais localizados no baixo curso do rio Poti (Teresina/PI) e aplicando em uma turma de uma escola na região Sudeste da cidade. Metodologicamente houveram leitura/análise teórico-conceitual; seleção e análise da paisagem de quatro pontos do rio Poti; além da utilização do QGis versão 2.16 e de registros fotográficos. Os resultados apontam para a diversidade de elementos físico-naturais locais, sobretudo no sentido montante-jusante, com influências geológicas-geomorfológicas quanto aquelas relacionadas aos aspectos de drenagem, vegetacional e pedológica, contribuindo para necessárias incorporações em sala de aula, sobretudo em turmas de 6º ano do Ensino Fundamental.</p> Edenilson Andrade Ferreira Ernane Cortez Lima Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60 512 545 10.62516/terra_livre.2023.3120 Pegar para ver outras Cartografias https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3194 <p><em><span style="font-weight: 400;">Diante das diversas peculiaridades presentes na realidade do não vidente no ambiente escolar, se faz necessário a problematização a respeito das múltiplas possibilidades de construção do conhecimento geográfico. A compreensão do espaço geográfico por parte dos estudantes está diretamente relacionada ao&nbsp; processo de ensino-aprendizagem, onde os instrumentos que compõem esse processo tem fundamental importância. O presente trabalho procura justamente destacar a potencialidade de um desses possíveis instrumentos, o mapa tátil. Nesse sentido tratamos o mesmo enquanto uma ferramenta “suleadora” que possibilita a construção de educação de caráter inclusivo. Dessa forma, buscamos expandir a compreensão sobre a realidade dos indivíduos com deficiência visual em seu contexto escolar, possibilitando identificar as dificuldades existentes nesse processo assim como os caminhos possíveis de serem traçados ansiando uma Educação Inclusiva.</span></em></p> Flora Antonia Soares Ribeiro Lucas Pereira Vieira Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60 546 571 10.62516/terra_livre.2023.3194 A (Re)produção dos saberes https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3155 <p>Pensar em produções artesanais nos faz entrever a importância do fazer humano, a interpretação da natureza e na expressividade dos pensamentos. A materialização da pesquisa teve como lócus a Escola Liceu Artes e Ofícios Mestre Raimundo Cardoso com suas bases no ensino interdisciplinar, pautando a formação dos educandos na valorização da relação sujeito-meio, promovendo diversas atividades que encontram na cultura local. Buscamos compreender a educação pautada em uma perspectiva voltada à transmissão de saberes tradicionais. Foram adotados como procedimentos metodológicos o levantamento bibliográfico e trabalhos de campo exploratórios. Extraímos de seus preceitos, uma visão que relaciona favoravelmente a educação e a valorização cultural da arte, tendo a escola como ponto de fluxo entre os saberes tradicionais e a relação afetiva e experiencial com espaço. Nesse cenário, em um viés geográfico, apontamos o lugar enquanto conceito fundamental para a análise da relação entre escola e comunidade, atuando como uma potência à manutenção do projeto e o seu caráter efetivo no sentido educacional.</p> João Victor Rocha Leão Wanessa Viviane Paixão Farias Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60 572 610 10.62516/terra_livre.2023.3155 Fazendo gênero no chão da escola https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3176 <p>Este artigo tem por objetivo analisar e discutir as questões tratadas no Espaço de diálogo e prática (EDP) “Gênero, sexualidade e diversidade na escola”, dentro do X Encontro Nacional de Ensino de Geografia - Fala Professor(a), que ocorreu em Fortaleza-CE, em julho de 2023, na Universidade Estadual do Ceará - Campus Itaperi. Foram apresentados nove trabalhos e as doze pessoas participantes do EDP trocaram impressões de que é preciso fortalecer nacionalmente os espaços de troca e ações coletivas acerca das questões de gênero e sexualidade, sobretudo&nbsp; no âmbito escolar. Esta discussão aqui não apenas destaca a necessidade, mas também demonstra a viabilidade de incorporar essas questões no currículo escolar. As experiências apresentadas no EDP reforçam a ideia de que esses assuntos são relevantes para a vida cotidiana e, portanto, devem ser abordados nas escolas como uma medida para combater a violência e as desigualdades. A promoção de uma educação não sexista representa um compromisso com a mudança e é ferramenta essencial com relevância social e política.</p> Rusvênia Luiza B. R. da Silva Mariana Rabêlo Valença Pedro Israel Mota Pinto Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60 611 633 10.62516/terra_livre.2023.3176 A Ciranda infantil no X Fala Professor (a)! https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3197 <p>O artigo apresenta a experiência da Ciranda Infantil como política de ação afirmativa do X Fala Professor (a): Encontro Nacional de Ensino de Geografia.&nbsp; O evento foi promovido pela Associação de Geógrafos Brasileiros (AGB), na Universidade Estadual do Ceará – UECE (Fortaleza, Ceará, Brasil), entre os dias 17 a 21 de julho de 2023. Tratou-se de um espaço educativo e de recreação, destinado às crianças que estivessem acompanhando os(as) participantes. O objetivo deste texto é apresentar as reflexões e tomada de decisões que contribuíram para o planejamento e gestão do referido espaço infantil, considerando as especificidades das territorialidades das crianças. Coordenada pelo Laboratório de Estudos do Campo, Natureza e Território (LECANTE) e o Grupo de Pesquisa e Articulação Campo, Terra e Território (NATERRA) com apoio da AGB - Seção Fortaleza, consideramos que essa ação afirmativa teve a função de possibilitar e ampliar a participação de encontristas nos espaços de debates e construção de conhecimentos, principalmente para mulheres socialmente definidas como responsáveis pelo cuidado das crianças.</p> Silvana Chagas Holanda Camila Dutra dos Santos Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60 634 657 10.62516/terra_livre.2023.3197 O Estado Imperial brasileiro se vê no espelho https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3204 <p>Este artigo tem como objetivo investigar como o tema Brasil foi tratado pedagogicamente por meio do ensino de geografia nos primórdios do Colégio Pedro II. Nesse contexto de início das atividades dessa instituição educacional, em 1837, evidenciamos o processo de referenciar ideias acerca de cultura, sociedade, pátria, humanidades e, por conseguinte, sobre o que é o Brasil e a nação, vinculando-o como uma estratégia do Estado Nacional em formação. Os resultados encontrados assinalam o fato de que os programas curriculares, a disciplina escolar Geografia e os livros didáticos constituíam-se em vetores significativos de proposições para fundamentar a construção de uma ideia de território e de brasileiros.</p> Jorge Luiz Barcellos da Silva Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60 658 689 10.62516/terra_livre.2023.3204 Proposta de análise de livros didáticos de Geografia dos anos iniciais https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3200 <p><span style="font-weight: 400;">O trabalho busca apresentar uma proposta de análise de livros didáticos de geografia dos anos iniciais, partindo do olhar da linguagem cartográfica. Pois entendemos a importância da principal linguagem da geografia e necessidade do processo de alfabetização cartográfica nos anos iniciais, pois essa linguagem é essencial na compreensão de temas, conceitos e conteúdos da geografia, pois é essencial para leitura espacial, mas para isso estudantes deve ser alfabetizado. A proposta entende a relevância do livro didático como um material que deve ser analisado além dos programas institucionais atuais como Programa Nacional do livro e material didático (PNLD) e a própria Base Nacional comum curricular (BNCC). Dito isso foram elaborados critérios com base teórica de discussões de pesquisadores da cartografia escolar.</span></p> José Orian Garcia Matos Sulivan Pereira Dantas Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60 690 705 10.62516/terra_livre.2023.3200 Normas de submissão https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3307 Terra Livre AGB Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60 706 717 Capa https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3305 Igor Carlos Feitosa Alencar Copyright (c) 2024 Terra Livre 2024-02-23 2024-02-23 1 60