Edição Atual
Certamente há quem diga que o fundamento da música é a matemática. Pensamos que essa afirmação referenda a importância de respeitar o intervalo: Quando tocar? Quando silenciar? Levando isso em consideração, pensamos que além da métrica existe o ritmo e a harmonia que podem variar de acordo com o efeito que se deseja produzir, em outros termos, uma mesma música pode assumir um tom lento e melancólico, mas também pode assumir um ritmo animado, dançante. Com isso, entendemos que a música é uma das formas de arte que mais combinam a razão e a emoção.
E para representar esse caminho que é editorial, escolhemos um instrumento musical, a Balalaika. E fizemos uma corruptela, com a palavra que nomeia esse instrumento, colocando um hífen [ - ] entre Bala e Laika. Esse exercício ao mesmo tempo que é um jogo lúdico, não é só isso, indica um pouco da etimologia da palavra. Historicamente a Balalaika é um instrumento da música popular e folclórica russa, mas também está presente na Bielorússia e existe o indicativo que a origem da palavra seja Turca. Foneticamente a primeira parte da palavra lembra um doce [bala], porém, com um sentido mais próximo ao contexto do instrumento, também pode ser, balada, canto e ou música. No que diz respeito a segunda parte [laika], também, foneticamente, nos remete ao sentido de algo profano, leigo e mundano.
Talvez essas sejam características dessa publicação/provocação, ousar tocar, combinando, pensamentos e afetos.