FAZER JUSTIÇA COM AS PRÓPRIAS MÃOS
UMA ESCRITA GEOGRÁFICA CORPO-TERRITORIALIZADA COMO EXERCÍCIO DE PERMANÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.62516/terra_livre.2025.3787Palavras-chave:
Raça, Gênero, Corpo-Território, Políticas Afirmativas, Trajetória AcadêmicaResumo
Solicito com este manuscrito a sua leitura para com o debate sobre ciência geográfica, o racismo estrutural na Pós-Graduação brasileira e a intelectualidade negra. Debate sustentado teórico-conceitualmente pelas Geografias Feministas e a concepção feminista comunitária de Corpo-Território. Empiricamente, registro algumas experiências pessoais que ocorreram no território universitário (e para além deste) para argumentar sobre a facilidade de perpetuação das assimetrias raciais quando não há um projeto político que viabilize a construção de um currículo de resistência que garanta, minimamente, a permanência de estudantes racializados/as e em situações de vulnerabilidade econômica. Metodologicamente, amparo-me na revisão narrativa, na análise de discurso proposta por Eni Orlandi e na prática da escrevivência aprendida com Conceição Evaristo. Para não encerrar o debate, e com a disposição para fazer justiça com uma escrita corpo-territorializada, sugiro alguns estágios de travessia para devir, tornar-se e permanecer.
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