A inutilidade da natureza em Manoel de barros como proposta subversiva nas aulas de Geografia

Autores

Resumo

Este artigo é resultado de uma pesquisa realizada em uma turma de 1ª série do Ensino Médio de uma escola pública estadual na periferia de São Gonçalo. Esta pesquisa traz a poesia de Manoel de Barros para se pensar a natureza de uma perspectiva mais humana, rompendo com uma visão de natureza como recurso e mercadoria, como é tratada de maneira tradicional pela Geografia – principalmente em seus livros didáticos. Tal estudo revelou que aprender Geografia através da poesia de Manoel de Barros promove mudanças de atitudes em relação ao meio ambiente. Dar sentido ao meio ambiente urbano, onde o aluno vive, e mudar a maneira de entender a natureza é a proposta das aulas de Geografia tratadas nesse texto. Os alunos, uns mais outros menos, falaram sobre a sua relação de respeito à natureza e relataram a sua relação poética com ela. Porém, alguns não conseguiram ver poesia na natureza degradada da periferia, mesmo assim reconheceram a sua importância para a vida humana, muito além de vê-la coisificada.

Biografia do Autor

Aline Mello Campos, SEEDUC – Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro

Aline Mello Campos graduou-se em Geografia na Universidade Federal Fluminense (UFF), na qual teve seu primeiro contato com o pensamento geográfico, pois a Geografia que conhecia era a dos livros didáticos. Tem especialização em Educação Básica/Modalidade Ensino de Geografia, na Faculdade de Formação de Professores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ-FFP). Foi na UERJ-FFP que se tornou uma professora de Geografia inteira, intelectual e emocionalmente envolvida na sua prática. Foi supervisora do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) no ano de 2015, vivenciou a experiência de residência dos estudantes de graduação de perto e viu a importância dessa política pública. Já participou de vários encontros pelo Brasil, que a tem agregado muito conhecimento e experiências novas como profissional e pessoa, entre eles: I Encontro Nacional de Ensino de Geociências na Educação Básica, que foi classificado como a melhor apresentação oral do dia 4 de março de 2015, no turno da manhã; VIII Encontro Nacional de Ensino de Geografia – Fala Professor: (qual) é o fim do ensino de Geografia?; XIII Encontro Nacional de Prática de Ensino de Geografia: Conhecimentos da Geografia: Percursos de Formação Docente e Práticas na Educação Básica. Deixa aqui seus agradecimentos a UERJ-FFP, nas pessoas da Professora Drª Ana Claudia Ramos Sacramento e Professor Dr. Manoel Martins de Santana Filho.

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Publicado

2020-03-02

Como Citar

CAMPOS, A. M. A inutilidade da natureza em Manoel de barros como proposta subversiva nas aulas de Geografia. Terra Livre, [S. l.], v. 2, n. 53, p. 478–506, 2020. Disponível em: https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/1693. Acesso em: 28 mar. 2024.