INTRATERRITÓRIO TREMEMBÉ

INTERCULTURALIDADE DE SABERES GEOGRAFICOS NO CURSO PEDAGOGIA INTERCULTURAL CUIAMBA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.62516/terra_livre.2024.3488

Palavras-chave:

Interculturalidade; Saberes Geográficos; Educação Indígena; Ensino Superior; Decolonialidade.

Resumo

O Curso Pedagogia Cuiambá Magistério Intercultural Tremembé, oferecido pela Universidade Estadual Vale do Acaraú, é analisado, nesse artigo, como um território de afirmação e legitimação da etnia Tremembé, contribuindo para a formação de novas territorialidades de conhecimento e pedagogias. Para realização dessa pesquisa, foram considerados o Projeto Político Pedagógico do curso, depoimentos de professores Tremembé, e produções acadêmicas dos alunos Tremembé. O conceito de "intraterritório" é explorado como uma forma de legitimação da presença indígena na sociedade, reivindicando acesso às instituições que historicamente os marginalizaram. O ingresso na universidade representa um desafio para as Instituições de Ensino Superior, que precisam reconhecer e valorizar outras formas de conhecimento. O "intraterritório" busca expressar a cultura, a cidadania e a ciência, tornando-se um espaço de reivindicação e legitimação da interculturalidade de saberes. O Curso Cuiamba, ao reconhecer os saberes tradicionais indígenas, contribuiu para uma educação mais inclusiva e intercultural na universidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Adriana Campani, Universidade Estadual Vale do Acaraú

Possui graduação em Pedagogia e Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e doutorado pela Universidade Federal do Ceará, com Estágio de Doutoramento na Universidade de Lisboa-UL (2008), sob orientação do Prof. Dr. Antonio Nóvoa.Tem Pós-doutorado em Desenvolvimento Curricular pela Universidade do Minho em Portugal. É professora efetiva classe associada da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Exerceu o cargo de Pró-Reitora Adjunta de Ensino de Graduação; procuradora Institucional (P.I.) e membro da Comissão Própria de Avaliação - CPA na mesma Universidade. Foi coordenadora de área do Curso de Pedagogia Intercultural Cuiambá Magistério Indígena Tremembé/Programa PARFOR. Atualmente coordena o Curso de Licenciatura Indígena Tremembé em Linguagens e Códigos ofertado pela UVA no Parfor Equidade. É sócia fundadora da Associação Internacional de Inclusão, Interculturalidade e Inovação Pedagógica (AIIIIPe) que integra mais 18 universidade, sendo 5 internacionais. É líder do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Pedagogia Universitária - GEPPU/UVA, certificado pelo CNPq. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Currículo, Formação de Professores e Pedagogia Universitária.

Francisco Lucas de Sousa Lima, Universidade Estadual Vale do Acaraú

Licenciado em Historia. Mestre em geografia  e artista Plástico.

Virginia Célia Cavalcante de Holanda, Universidade Estadual Vale do Acaraú

Professora Associada da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Doutora em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (USP). Realizou Estágio Pós-Doutoral na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Bolsista Produtividade em Pesquisa da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (FUNCAP).

Referências

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, 1988.

BRASIL. Lei n° 9394 de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, Diário Oficial da União, 1996.

CANDAU, Educação em Revista |Belo Horizonte|v.32|n.01|p. 15-34 |Janeiro-Março, 2016, P. 19.

HAESBAERT, Rogério. Território e Multiterritorialidade: um debate. GEOgraphia. Rio de Janeiro, ano 11, n. 17, p. 19-44, mar. 2007

HAESBAERT, Rogério. Múltiplos Territórios de Memória. Universidade Federal Fluminense. Niterói, 2015

Formação de professores indígenas: repensando trajetórias / Organização Luís Donisete Benzi Grupioni. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2006.

RAFFESTIN, Claude – Por uma Geografia do Poder. Tradução Maria Cecília França. Ed. Ática, São Paulo. 1993.

SMITH, Linda Tuhiwai. Descolonizando metodologias: pesquisa e povos indígenas. Tradução: Roberto G. Barbosa – Curitiba, Edit. UFPR, 2018.

Suess, R. C., & Silva, A. de S. (2019). A perspectiva decolonial e a (re)leitura dos conceitos geográficos no ensino de geografia. Geografia Ensino & Pesquisa, 23, e7.

TUBINO, Fidel. Del interculturalismo funcional al interculturalismo crítico. Disponível em: http:www.pucp.edu.pe/invest/ridei/pdfs/inter_funcional.pdf. 2004.

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ. Projeto Político Pedagógico do Curso Pedagogia Cuiambá Magistério Intercultural Tremembé. 2018.

Downloads

Publicado

2024-09-19

Como Citar

CAMPANI, A.; LUCAS DE SOUSA LIMA, F.; CAVALCANTE DE HOLANDA, V. C. INTRATERRITÓRIO TREMEMBÉ: INTERCULTURALIDADE DE SABERES GEOGRAFICOS NO CURSO PEDAGOGIA INTERCULTURAL CUIAMBA. Terra Livre, [S. l.], v. 1, n. 62, p. 345–373, 2024. DOI: 10.62516/terra_livre.2024.3488. Disponível em: https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3488. Acesso em: 2 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos