Esse povo que ninguém vê

comunidade da fibra do bairro Industrial Aracaju- SE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.62516/terra_livre.2022.2900

Palavras-chave:

Espaço Urbano, Pescadores Artesanais, Povos e Comunidades Tradicionais

Resumo

São tarefas de uma ciência que analisa o espaço e de pesquisadores que buscam justiça e cidadania dar visibilidade a “esse povo que ninguém vê”, reforçando seus aspectos tradicionais e as violações de direito vivenciadas. Portanto, o objetivo principal deste artigo foi refletir sobre a situação territorial da Comunidade da Fibra, localizada em meio urbano, no Bairro Industrial da capital Aracaju – SE, que resiste e reivindica melhorias frente a um crescimento urbano seletivo, desigual e contraditório. Como metodologia realizou-se um conjunto de levantamentos e verificação de dados junto a órgãos oficiais, consulta a partir de leis municipal e estadual, revisão bibliográfica, fotografias e participação em diálogos com lideranças. Assim, compreendeu-se que os interesses, os direitos e a integridade dos territórios de grupos étnicos protegidos por tratados internacionais, em especial a Convenção 169 (OIT), atraem a incidência do art. 109 (III) da Constituição Federal, dispositivo que foi esquecido ou ignorado. A restrição de direitos fundamentais das comunidades tradicionais, em Aracaju, desconsiderou as alegações no processo de implementação do PDDU.

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Biografia do Autor

Jorge Edson Santos, Universidade Federal de Sergipe

Doutorando em Geografia pelo Programa de Pós-graduação em Geografia (PPGEO/UFS 2021). Mestre (PPGEO/UFS 2017). Graduando em Geografia Bacharelado na Universidade Federal de Sergipe (UFS 2017 - atual). Graduado em Geografia Licenciatura pela Universidade Federal de Sergipe (UFS 2009-2014). Integrante do Laboratório de Estudos Rurais e Urbanos (LABERUR-DGE-UFS). Colaborador do Banco de Dados da Luta pela Terra (DATALUTA-SE). Prestou assessoria ao projeto do Núcleo de Extensão em Desenvolvimento Territorial: Agroecologia, Gênero e Participação política no campo brasileiro em Sergipe (NEDET-SE 2015-2017). Analista do projeto Observatório Social dos Royalties (OSR) pelo Programa de Educação Ambiental com Comunidades Costeiras (PEAC). Discente pesquisador do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária (NERA). Desenvolve pesquisa na área de Geografia Humana, com ênfase na relação campo-cidade e movimentos sociais. Bolsista do Programa de Iniciação Científica (PIBIC 2012-2014). Bolsista Voluntário do Programa de Iniciação Científica (PIBIC - 2009). Tem experiência no Programa Bolsa Trabalho da UFS (2010-2012).

Lucas Zenha Antonino, UNIFESSPA

Doutor em Geografia pela Universidade Federal da Bahia (2019). Mestre em Geografia: Tratamento da Informação Espacial (2013), Bacharel e Licenciado em Geografia (2010) pela PUC-Minas. Pós-Doutor em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe com pesquisa sobre as violações de direitos no evento/crime do derramamento do petróleo no litoral brasileiro. Professor Adjunto do Magistério Superior, curso de Licenciatura em Geografia, na UNIFESSPA / IETU. Pesquisador vinculado ao Grupo de Pesquisa GeografAR / UFBA / CNPq com pesquisa e extensão junto às comunidades tradicionais e populações do campo em conflitos com os territórios extrativo-mineral.

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Publicado

2023-08-02

Como Citar

EDSON SANTOS, J.; ZENHA ANTONINO, L. Esse povo que ninguém vê: comunidade da fibra do bairro Industrial Aracaju- SE. Terra Livre, [S. l.], v. 2, n. 59, p. 165–210, 2023. DOI: 10.62516/terra_livre.2022.2900. Disponível em: https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/2900. Acesso em: 30 dez. 2024.

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