Novas frentes de mineração, transformações territoriais e conflitos socioambientais na Zona da Mata de Minas Gerais, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.62516/terra_livre.2022.2327Palavras-chave:
Mineração, conflitos ambientais, neoextrativismo, licenciamento.Resumo
O artigo analisa o processo de mineração de ferro no limite de dois municípios da Zona da Mata de Minas Gerais, Teixeiras e Pedra do Anta. A atividade, inserida na expansão das atividades minerárias no Brasil, foi licenciada em 2018 e teve as obras iniciadas em 2019, gerando por consequência conflitos ambientais em função das sobreposições de usos do território. A dinâmica do lugar se alterou com a chegada da mineradora, as comunidades impactadas se mobilizaram e se articularam enquanto movimentos sociais que se organizam através das Assembleias Populares. Objetivando compreender os conflitos ambientais sob a perspectiva da Geografia, utilizamos como procedimentos metodológicos referenciais acerca do tema de desenvolvimento e conflitos ambientais, laudos ambientais e legislações. A proposta de analisar a mineração na Zona da Mata procura estudar a expansão do setor que, historicamente, é parte do modelo econômico adotado pelo Estado. Por fim, entendemos que o neoextrativismo brasileiro é parte do modelo de desenvolvimento, que decorre com a expansão de novas frentes de mineração, buscando novos territórios para a acumulação de capital.
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