Novas frentes de mineração, transformações territoriais e conflitos socioambientais na Zona da Mata de Minas Gerais, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.62516/terra_livre.2022.2327

Palavras-chave:

Mineração, conflitos ambientais, neoextrativismo, licenciamento.

Resumo

O artigo analisa o processo de mineração de ferro no limite de dois municípios da Zona da Mata de Minas Gerais, Teixeiras e Pedra do Anta. A atividade, inserida na expansão das atividades minerárias no Brasil, foi licenciada em 2018 e teve as obras iniciadas em 2019, gerando por consequência conflitos ambientais em função das sobreposições de usos do território. A dinâmica do lugar se alterou com a chegada da mineradora, as comunidades impactadas se mobilizaram e se articularam enquanto movimentos sociais que se organizam através das Assembleias Populares. Objetivando compreender os conflitos ambientais sob a perspectiva da Geografia, utilizamos como procedimentos metodológicos referenciais acerca do tema de desenvolvimento e conflitos ambientais, laudos ambientais e legislações. A proposta de analisar a mineração na Zona da Mata procura estudar a expansão do setor que, historicamente, é parte do modelo econômico adotado pelo Estado. Por fim, entendemos que o neoextrativismo brasileiro é parte do modelo de desenvolvimento, que decorre com a expansão de novas frentes de mineração, buscando novos territórios para a acumulação de capital.

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Biografia do Autor

Claudio Luiz Zanotelli, Departamento de Geografia da UFES. Programa de Pós Graduação em Geografia

Licenciado em Planejamento Regional pela Universidade de Paris X, Nanterre, França (1987), Maîtrise em Planejamento e Urbanismo (1992), Diploma de Estudos Aprofundados (DEA) em Geografia e Prática do Desenvolvimento nos Países do Terceiro Mundo pela Universidade de Paris X, Nanterre (1993) e Doutorado em Geografia Humana, Econômica e Regional pela Universidade de Paris X, Nanterre (1998). Realizou Pós-Doutorado no LATTS - École Nationale des Ponts et Chaussées (2004-2005), Paris, França. e um Pós-doutorado no IPPUR-UFRJ (2018-2019). Atualmente é professor Titular da Universidade Federal do Espírito Santo e Editor da Revista Geografares. Realiza pesquisas sobre cidades, metropolização, geografia econômica e regional e epistemologia da geografia. Coordenador do Laboratório de Estudos Urbanos-regionais, das Paisagens e dos Territórios(LABURP) da UFES. Publicou, dentre outros livros, Geofilosofia e Geopolítica em Mil Platôs (Edufes, 2014), As estruturas abertas e mutantes do pensamento e do mundo. Derivas entre a Geografia e a Antropologia (Tiragem Livre, 2019), A notícia como máquina de guerra. Análise dos discursos sobre a Petrobras e a produção de Petróleo e Gás nos jornais. Um enfoque no Espírito Santo (EDUFES, 2020) e Yves Lacoste: Entrevistas.

Bolsista de Produtividade do CNPQ nível PQ 2

Este artigo se insere no projeto Geopolítica, geoeconomia e paisagens do petróleo na região costeira do Sudeste do Brasil, apoiado pelo Edital CNPq/FAPES Nº 06/2019 – Programa de Apoio a Núcleos Emergentes(Pronem).

Link lattes:  https://lattes.cnpq.br/0578606908675706

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Publicado

2022-12-29

Como Citar

VIEIRA, L. H.; LUIZ ZANOTELLI, C. Novas frentes de mineração, transformações territoriais e conflitos socioambientais na Zona da Mata de Minas Gerais, Brasil. Terra Livre, [S. l.], v. 1, n. 58, p. 50–88, 2022. DOI: 10.62516/terra_livre.2022.2327. Disponível em: https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/2327. Acesso em: 6 out. 2024.

Edição

Seção

Artigos