Água, cobrança e commodity: a geografia dos recursos hídricos no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.62516/terra_livre.2005.402Resumo
Durante toda a história brasileira, mas principalmente no último século, a atividade econômica levou a progressivo estranhamento entre sociedade e meio ambiente, ao mesmo tempo que cristalizou uma situação de grave injustiça social. A industrialização da economia foi responsável por consolidar um modelo de produção que se beneficia da exploração dos recursos hídricos e da exclusão social como ferramentas de acumulação de capital. Crescentes níveis de escassez hídrica e desiguais oportunidades de acesso à água são sintomas desse antagonismo entre sociedade e meio ambiente. Mudanças institucionais recentes vêm promovendo uma nova epistemologia de gestão de águas e enfatizando o espaço hidrológico como unidade de intervenção. O principal instrumento de gestão passa a ser a cobrança pelo uso da água, o que atende aos interesses de uma aliança estratégica entre forças de mercado e ambientalistas conservadores. A cobrança tem apenas reproduzido a mesma lógica anterior de mercantilização da água, responsável pelas distorções sócio-ambientais do processo de desenvolvimento econômico. Passado e presente demostram que os problemas de recursos hídricos têm origem na contradição básica entre as relações de produção capitalista e as condições naturais de produçãoDownloads
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Publicado
2015-09-03
Como Citar
A. R. IORIS, A. Água, cobrança e commodity: a geografia dos recursos hídricos no Brasil. Terra Livre, [S. l.], v. 2, n. 25, p. 121–137, 2015. DOI: 10.62516/terra_livre.2005.402. Disponível em: https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/402. Acesso em: 24 nov. 2024.
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