O CAMPO BRASILEIRO NO CENÁRIO DA MATRIZ ENERGÉTICA RENOVÁVEL: NOTAS PARA UM DEBATE
Resumo
As profundas mudanças ocorridas sob o signo da mundialização do capital não apenas afetaram as relações de produção no campo de forma bastante particular, mas acabaram por se tornar portadoras de novas promessas para a agricultura, considerando a possibilidade de que essa venha a responder, pelo menos em parte, às necessidades de fornecimento de energia ante o cenário de esgotamento do modelo baseado na queima de combustíveis fósseis. No Brasil, apesar de suas condições privilegiadas para responder a esse desafio, surgem inquietações, dadas as perspectivas de que essa seja mais uma ocasião para a exacerbação da concentração fundiária, para a precarização ainda maior das condições de trabalho no campo, bem como para a vulnerabilização da agricultura camponesa, entre outros. A renúncia política em optar por um modelo de produção de energia que seja social e ambientalmente sustentável, tendo o campesinato como protagonista, em prol de um modelo insustentável em ambos os aspectos, encontra respaldo na tese da eficiência produtiva e da superioridade técnica do agronegócio, o que torna imperativa a reflexão sobre argumentos e teorias que lhes dão corpo e que têm orientado alguns estudos agrários no Brasil.
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