Ecofeminismo e bem viver

a soberania alimentar praticada pelas Amabelas em Belterra-PA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.62516/terra_livre.2021.2307

Palavras-chave:

Trabalhadoras Rurais, AMABELA, Ecofeminismo, Bem Viver, Belterra

Resumo

Afim de visibilizar as mulheres rurais que ocupam espaços de resistências em movimentos sociais no Brasil, trazemos a Associação de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Município de Belterra (AMABELA) como um projeto de resistência frente ao latifúndio sojeiro em Belterra/PA, que provoca a insegurança alimentar e diversos conflitos socioterritoriais na região do Oeste do Pará. As mulheres trabalhadoras rurais da AMABELA pensam, trabalham e reivindicam alternativas contrahegemônicas pautadas nas relações diferenciadas que elas mantêm com a natureza e o ambiente. Diante dos riscos à saúde humana e do desiquilíbrio ambiental causados pelos agrotóxicos, as trabalhadoras rurais de Belterra tem travado uma luta que visa no direito da população em ser assegurada por uma alimentação mais saudável, sensibilizando a discussão sobre os malefícios da produção de commodities e a importância da soberania alimentar enraizados nos conceitos de Bem Viver e Ecofeminismo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Milena Sanche de Sousa, Universidade Federal de Rondônia (UNIR)

Mestranda do Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em Geografia - PPGG, da Universidade Federal de Rondônia (Unir). Graduada no Curso de Licenciatura em Geografia pela Universidade Federal do Oeste do Pará - Ufopa. Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal Superior (CAPES). Pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Geografia, Mulher e Relações Sociais de Gênero - GEPGENERO. Possui experiências nas áreas de atuação e pesquisas em Geografia e Gênero, Geografia Agrária, Ecofeminismo, Mulheres e Movimentos Sociais.

Leide Joice Pontes Portela, Universidade Federal de Rondônia

Mestranda em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em Geografia (PPGG) da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), graduada em Licenciatura em Geografia pela Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Pesquisadora no Grupo de Estudos e Pesquisas Modos de vida e Culturas Amazônicas (GEPCULTURA). Atua na área de Geografia Humana e Cultural; desenvolve pesquisas sobre manifestações culturais, performance, festas, corporeidade e relações étnico-raciais.

Maria das Graças Silva Nascimento Silva, Universidade Federal de Rondônia

Doutora em Ciências Sócio Ambiental e Desenvolvimento Sustentável , pelo Núcleo de Altos Estudos da Amazônia - NAEA da Universidade Federal do Pará (2004), Pós-Doutorado em Geografia Humana, na Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG -PR. Mestra em Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo (1996), Graduada em Geografia pelas Universidade Federal de Rondônia (1988). Professora Associada do Departamento de Geografia da Universidade Federal de Rondônia. Pesquisa principal na área de Geografia e Gênero, com ênfase em Políticas Públicas para mulheres do campo , da floresta e das águas. Coordena o Grupo de Estudos e Pesquisas em Geografia, Mulher e Relações Sociais de Gênero - GEPGENERO, É também docente do quadro Permanente do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Rondônia.Participa das seguintes Redes de Pesquisas: Rede Latino Americana de Geografia e Gênero - RLAGG , Rede Espaço e Diferença RED# e da Rede de Estudos de Geografia, Gênero e Sexualidades Ibero Latino -Americana - REGGILA.

Josué Costa da Silva, Universidade Federal de Rondônia

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Rondônia (1989), Mestrado em Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo (1994), Doutorado em Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo (2000) e Pós Doutor pela Universidade Estadual de Londrina (2016). Atualmente é professor Titular do Departamento de Geografia da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Coordenador G.E.P. Culturas Amazônicas-GepCultura. Participa ainda como sócio da Rede Núcleo de Estudos e Pesquisas em Espaço e Representações-NEER. Trabalho no amplo campo da geografia cultural.

Referências

ACOSTA, Alberto. O bem viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. São Paulo: Autonomia Literária, Elefante, 2016. DOI: https://doi.org/10.7476/9788578794880.0006

BONI, Valdete. Movimento das mulheres camponesas, feminismo e segurança alimentar. In: TEDESCO, J. C., SEMINOTTI, J. J., and ROCHA, H.J, ed. Movimentos e lutas sociais pela terra no sul do Brasil: questões contemporâneas [on line]. Chapecó: Editora UFSS, pp. 124-144. ISBN: 978-85-64905-76-4, 2018. DOI: https://doi.org/10.7476/9788564905764.0005

BOSI, Ecléa. O tempo vivo da memória: ensaios de psicologia social. – São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.

BRAGA, Janaína et. al. Amabela: feminismo e agroecologia na resistência ao agronegócio. Revista Terceira Margem Amazônia, v. 3, n. 10. Jan/jun. 2018. Disponível em: v. 3 n. 10 (2018) | Terceira Margem Amazônia (revistaterceiramargem.com).

BRAGA, Janaína. O educativo na experiência do movimento de mulheres camponesas: resistência, enfrentamento e libertação, 2016, 186 f. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2016.

CINELLI, Catiane. Movimento de Mulheres Camponesas: 30 anos de história na construção de novas relações. Revista Grifos – N. 34/35. Chapecó, 2013. DOI: https://doi.org/10.22295/grifos.v22i34/35.2467

HALBWACHS, Maurice. A Memória coletiva. Trad. de Laurent Léon Schaffter. São Paulo, Vértice/Revista dos Tribunais.Tradução de: La mémoire collective, 1990.

HORII, Angélica K. D. Contradições do capitalismo no campo: o uso de agrotóxicos e os desafios à saúde humana. Ciência Geográfica – Bauru – XIX. Vol. XIX – (1): janeiro/dezembro, 2015.

JALIL, Laeticia. Soberania alimentar, feminismo e ação política: um olhar sobre as ações do movimento de mulheres camponesas. In: Revista Agricultura: experiência em agroecologia. Leisa Brasil, v.6, n.4. Rio de Janeiro, 2009.

MATARÉSIO, Larissa Zuim; NASCIMENTO SILVA, Maria das Graças Silva. Mulheres em Resistência: ecofeminismo como enfrentamento. In: CAVALCANTE, Maria Madalena de Aguiar; SILVA, Ricardo Gilson da Costa; SILVA, Josué da Costa Silva (Orgs.). Amazônia: emoções, vivências e resistências. Coleção Pós-Graduação da UNIR – EDUFRO. Porto Velho, 2021. DOI: https://doi.org/10.47209/978-65-87539-45-4.p.89-103

MEIHY, José Carlos Sebe; HOLANDA, Fabíola. História oral: como fazer, como pensar. – 2ª Ed., 8ª reimpressão. – São Paulo: Contexto, 2020.

PIMBERT, Michel. Mulheres e soberania alimentar. In: Revista Agricultura: experiência em agroecologia. Leisa Brasil, v.6, n.4. Rio de Janeiro, 2009.

PORTELA, Leide Joice P; SANTOS, Priscila; SILVA, Josué. A roça e o trabalho coletivo na produção de farinha de mandioca nas comunidades quilombolas de Matá e Silêncio em Óbidos, Pará, Brasil. Universidade Estadual de Londrina, Geographia Opportuno Tempore, Vol. 7, N. 1, 2021. DOI: https://doi.org/10.5433/got.2021.v7.44837

SILIPRANDI, Emma; CINTRÃO, Rosângela. As mulheres agricultoras e sua participação no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). In: BUTTO, Andrea; DANTAS, Isolda. (Org.). Autonomia e cidadania: políticas de organizações produtivas para mulheres no meio rural. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Brasília, 2011.

SOUSA, Milena Sanche. A Associação de Trabalhadoras Rurais do Município de Belterra– Amabela: uma análise das práticas espaciais e resistências territoriais das mulheres camponesas, no município de Belterra-PA, 2019, 96f, Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação), Instituto de Ciências da Educação, Curso de Licenciatura em Geografia. Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, 2019.

Downloads

Publicado

2022-09-14

Como Citar

SANCHE DE SOUSA, M.; PONTES PORTELA, L. J.; SILVA NASCIMENTO SILVA , M. das G.; COSTA DA SILVA, J. Ecofeminismo e bem viver: a soberania alimentar praticada pelas Amabelas em Belterra-PA. Terra Livre, [S. l.], v. 2, n. 57, p. 226–255, 2022. DOI: 10.62516/terra_livre.2021.2307. Disponível em: https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/2307. Acesso em: 4 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos