MARKERS OF GENDER AND RACE IN THE LIVES OF BLACK WOMEN IN URBAN SPACE

FROM THE LIMITING RIGHT TO THE CITY TO STRATEGIES OF RESISTANCE

Authors

DOI:

https://doi.org/10.62516/terra_livre.2022.2942

Keywords:

Interseccionalidade, Espaço Urbano, Segregação Socioespacial, Economia Solidária

Abstract

From the literature review on topics such as gender, race, right to the city and urban segregation, and the analysis of nationwide data provided by research institutes, we intend to incite a discussion about the reality of black women in the outskirts of Brazilian cities. We start from the epistemological theories of geographers whose ideas have denounced the supposed neutrality of geographic space, which for a long time reproduced androcentric, racist, sexist, and heteronormative analyses. We believe that the full experience of urbanity is a privileged condition only for some social segments, while a large part of the population survives amidst a series of social, economic, cultural, and environmental difficulties that prevent them from enjoying the right to the city. Among this group, we highlight black women, who suffer intense exclusion due to the intersectionality of their condition, but that despite poverty, prejudice and violence, through their resistance capacity, the support of agents and the formation of solidarity economy groups, among others, have achieved achievements, sometimes specific, but significant, in these spaces.

Author Biographies

Larissa Araújo Coutinho de Paula, http://lattes.cnpq.br/8492340161088435

É doutora (2020), mestra (2015) com período sanduíche na Universidad Autónoma Metropolitana (México), geógrafa (2012) e licenciada (2011) em Geografia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Presidente Prudente. Possui pós-doutorado em Geografia (2023) pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e especialização em Ensino de Geografia (2022) pela UNESP, campus de Ourinhos. É integrante do Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura (CLAEC) e da Rede de Estudos de Geografia, Gênero e Sexualidades Ibero Latino-Americana (REGGSILA). Participa como conselheira científica da Revista Terra Livre. Foi editora da revista do Departamento de Geografia da FCT/UNESP. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Humana, atuando principalmente nos seguintes temas: geografia agrária, relações de gênero, mulheres rurais, associações de agricultoras, assentamentos rurais, políticas públicas, estratégias de reprodução social e metodologias de pesquisa qualitativa. Atuou como professora substituta da disciplina Geografia do Brasil na FCT/UNESP (2019) e dos cursos de Licenciatura em Educação do Campo e Pedagogia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) (2021-2022), campus São Mateus. Trabalhou na elaboração de materiais didáticos para ensino de Geografia. Vencedora do Prêmio Isabel André para a Investigação em Gênero e Geografia, do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território (IGOT) da Universidade de Lisboa.  Atualmente é professora substituta do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), campus Erechim.

Rizia Mendes Mares, http://lattes.cnpq.br/8246648223691009

PhD in the Postgraduate Program in Geography at the Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho-Campus of Presidente Prudente/SP (current). Master's degree in Geography from the same institution (2016). Degree in Geography from the State University of Southwest Bahia - UESB Campus Vitória da Conquista (2011). Currently, she develops research funded by the Foundation for Research Support of the State of São Paulo (FAPESP) with the research groups GAsPERR - Production of Space and Regional Redefinitions (FCT-UNESP) and the Research Group Urbanization and Production of Cities in Bahia (UEFS), working on the following themes: Production of Urban Space, Urban System, Medium-sized Cities, Socio-Spatial Fragmentation, Spatial Practices, Everyday Life, Representations Theory, Qualitative Research in Geography. Black woman researcher with performance in the Work and Study Group on Racial Relations in the Graduate Program in Geography at FCT-UNESP and in this same Institution is Editor-manager of scientific journal. She has proven teaching experience in early childhood education, elementary school, high school and technical high school, youth and adult education and higher education in private and public educational institutions (municipal, state and federal networks).

References

BAUMAN, Z. 44 cartas ao mundo líquido moderno. Zahar, 2011.

BEAUVOIR, S. O Segundo Sexo – Livro 1: Fatos e Mitos. 4ª Edição. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1970.

BONUMÁ, H. As Mulheres e a Economia Solidária: a resistência no cotidiano tecendo uma vida melhor. 2015. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Sociais). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2015.

BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 9ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. Coleção Sujeito & História, 2017.

CARNEIRO, S. Enegrecer o feminismo: A situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. Geledés, 2013.

CURIEL, O. Descolonizando el Feminismo: Uma perspectiva desde America Latina y Caribe. Primer Coloquio Latinoamericano sobre Praxis y Pensamiento Feminista, realizado en Buenos Aires en junio de 2009.

COSTA, J. C. Mulheres e economia solidária: hora de discutir a relação! Sociedade e Cultura (Online), v. 14, p. 19-27, 2011. DOI: https://doi.org/10.5216/sec.v14i1.15649

CYFER, I. A bruxa está solta: os protestos contra a visita de Judith Butler ao Brasil à luz de sua reflexão sobre ética, política e vulnerabilidade. Cadernos Pagu, v. 4, p. 1-15, 2018.

DAVIS, A. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.

GARCIA, A. S. Relações de Gênero, raça, classe e desigualdades Socio-ocupacionais em Salvador. II encontro internacional de ciências sociais: as ciências sociais e os desafios para o século XXI. Relações de gênero, raça, classe e desigualdades socioocupacionais em Salvador. 2010.

GARCÍA R. M D. ¿Espacios asexuados o masculinidades y feminidades espaciales?: hacia una geografía del género. SEMATA, Ciencias Sociais e Humanidades, Rioja, v. 20, p. 25-51, 2008.

HARAWAY, D. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, 1995.

HELENE, D. Gênero e direito à cidade a partir da luta dos movimentos de moradia. Cadernos Metrópole, v. 21, p. 951-974, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/2236-9996.2019-4612

HENNING, C. E. Interseccionalidade e Pensamento Feminista: contribuições históricas e debates contemporâneos acerca do entrelaçamento de marcadores sociais da diferença. Revista Mediações (UEL), v. 20, p. 97-128, 2015. DOI: https://doi.org/10.5433/2176-6665.2015v20n2p97

HERK, A. C. Gênero e Economia Solidária: um olhar sobre a participação e atuação das mulheres nas organizações do terceiro setor. 2011. Dissertação (Mestrado em Administração). Programa de Pós-Graduação em Administração da Faculdade de Gestão de Negócios, Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, 2011.

hooks, b. Ensinando a transgredir: a Educação como prática de liberdade. Editora Martins Fontes, 2013.

JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. São Paulo, Ática, 2005.

LEFEBVRE, H. O direito à cidade. Tradução Rubens Eduardo Frias. São Paulo: Centauro, 2001.

MBEMBE, A. Necropolítica. N-1 edições, São Paulo, 2018.

MARICATO, E. As ideias fora do lugar e o lugar fora das ideias. In: ARANTES, Otília; VAINER, Carlos; MARICATO, Ermínia. A cidade do pensamento único: Desmanchando consensos. Petrópolis: Vozes, 2003.

MASSEY, D. Um sentido global do lugar. In: ARANTES, A. A. (org.). O espaço da diferença. Campinas: Papirus, 2000. p. 176 – 185.

MASTRODI, J; BATISTA, W. M. O dever de cidades includentes para as mulheres negras. Direito Da Cidade, v. 10, p. 862-886, 2018. DOI: https://doi.org/10.12957/rdc.2018.31664

NELSON, L. La geografía feminista anglosajona: reflexiones hacia una geografía global. In: IBARRA GARCÍA, María Verónica; ESCAMILLA HERRERA, Irma (coord.). Geografías feministas de diversas latitudes: orígenes, desarrollo y temática contemporáneas. México: UNAM, Instituto de Geografía, p. 21-53, 2016.

PANTA, M. População Negra e o Direito à Cidade: interfaces entre raça e espaço urbano no Brasil. Dossiê Temático - Memória e Legado das Resistências Negras. ACERVO (RIO DE JANEIRO), v. 33, p. 79-100, 2020.

RATTS, A. J. P. Gênero, raça e espaço: trajetórias de mulheres negras. In: 27o Encontro anual da ANPOCS (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais), 2003, Caxambu, MG. Programa e Resumos do XXVII Encontro Anual da ANPOCS, 2003. v. 1. p. 133-133.

ROLNIK, R. Territórios negros nas cidades brasileiras. 1989. Disponível em: https://raquelrolnik.files.wordpress.com/2013/04/territc3b3rios-negros.pdf. Acesso em: 18 denovembro de 2022.

ROSE, G. Feminism & Geography: The limits of Geographical Knowledge. Cambridge: Polity Press, 1993.

SCOTT, J. W. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, jul./dez. 1995, p. 71-99.

SILVA, J. M.; SILVA, M. G. S. N. Introduzindo interseccionalidades como um desafio para a análise espacial no Brasil: em direção às pluriatividades do saber geográfico. In: SILVA, Maria das Graças Silva Nascimento; SILVA, Joseli Maria (Orgs). Interseccionalidades, Gênero e Sexualidades na Análise Espacial, 2014.

TAVARES, R. B. Práticas sociais de resistência na perspectiva de gênero contra indiferença à diferença: por um planejamento de possibilidades. In: Encontro Nacional da Associação de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional, São Paulo, 2017.

Published

2023-08-02

How to Cite

PAULA, L. A. C. de; MARES, R. M. MARKERS OF GENDER AND RACE IN THE LIVES OF BLACK WOMEN IN URBAN SPACE: FROM THE LIMITING RIGHT TO THE CITY TO STRATEGIES OF RESISTANCE. Terra Livre, [S. l.], v. 2, n. 59, p. 38–73, 2023. DOI: 10.62516/terra_livre.2022.2942. Disponível em: https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/2942. Acesso em: 19 may. 2024.