BRAZILIAN GEOGRAPHY AND MICHEL FOUCAULT
DOI:
https://doi.org/10.62516/terra_livre.2021.2220Keywords:
Geography; Michel Foucault; Geographical Thought; Territory.Abstract
Philosopher Michel Foucault's Thought has been reaffirmed as an important reference in Brazil, with reverberations on Geographical Thought. The aim of this research is to analyze the relationship between Foucault's Thought and Geography from the influences on the interpretations of research themes and through developments on the very basic concepts of geographic science. A survey of the bibliographic production of Brazilian geographers was adopted as a methodology, in which it is possible to clearly identify a certain analytical and interpretive force of Foucault's conceptual notions such as power, governmentality, biopolitics, biopower, heterotopia and others. The research themes identified in geography were grouped according to their direct relationship with these notions. Thus, it was possible to elaborate an exploratory chart on the relationship between Foucault's Thought and Brazilian geography. Finally, an attempt was made to identify how Foucault's “theories” and notions were unfolded, reframing concepts and theories of geography. Hence, on a preliminary basis, it is possible to affirm that Foucault's Thought had a great impact on Brazilian geography as a reference for the interpretation of varied and innovative research themes, as well as contributing to reframe the geographical notions themselves, in particular the notion of territory.
Downloads
References
ALMEIDA, Rafael Gonçalves de. Governamentalidade e Geografia: uma revisão crítica. Espaço e Cultura. UERJ, RJ, n. 34, p. 51-82, jul./dez., 2013. Disponível em: <http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/>. Acesso em: 9 de jun. 2021.
ALVES, Jaime Amparo. Topografias da violência: necropoder e governamentalidade espacial em São Paulo. Revista do Departamento de Geografia, v. 22, p. 108-134, 2011. DOI: 10.7154/RDG.2011.0022.0006. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/rdg/article/view/47222>. Acesso em: 7 jun. 2021. DOI: https://doi.org/10.7154/RDG.2011.0022.0006
ALVES, Fernando Roberto Jayme. A dimensão espacial do poder: diálogos entre Foucault e a Geografia. A Geografia em Questão, v. 6, n. 01, p. 231-245, 2013. Disponível em: <http://e-revista.unioeste.br/index.php/geoemquestao/article/view/6725>. Acesso em: 9 jun. 2021.
AMBROZIO, Júlio. O conceito de território como campo de poder microfísico. Revista de Geografia. v. 3, n. 2, p.1-10, 2013. Disponível em: <https://www.ufjf.br/revistaGeografia>. Acesso em: 9 jun. 2021.
AQUINO, Julio Groppa. A difusão do pensamento de Michel Foucault na educação brasileira: um itinerário bibliográfico. Revista Brasileira de Educação. v. 18 n. 53 abr.-jun. 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v18n53/04.pdf. Acesso em: 9 jun. 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-24782013000200004
BATISTA, Bruno Nunes. A ordem do discurso geoescolar. Porto Alegre, UFRGS, 2017a. Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Porto Alegre. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/164329>. Acesso em: 9 jun. 2021.
_________. Como nos tornamos professores de Geografia: discurso ordenado, prática neoliberal. REVISTA PEDAGÓGICA | V.19, N.42, SET./DEZ. 2017b. DOI: https://doi.org/10.22196/rp.v19i42.3931
_________. A governamentalidade neoliberal e algumas implicações no espaço geográfico contemporâneo. Élisée - Revista de Geografia da UEG, v. 7, n. 02, p. 1-19, 2018. Disponível em: <https://www.revista.ueg.br/index.php/elisee/article/view/7746>. Acesso em: 9 jun. 2021.
BENKO, Georges. A pós-modernidade e o geógrafo. GEOUSP Espaço e Tempo (On-line). São Paulo, v. 3, n. 2, p. 95-104, 2006. DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.1999.123367. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/123367>. Acesso em: 7 jun. 2021. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.1999.123367
CANTELMO, Weslley et al. Território e territorialismo: a abrangência conceitual e a noção de poder. Belo Horizonte. Caderno de Geografia. v. 25, n. 44, p. 343-367. 2015. Disponível em: <http://periodicos.pucminas.br/index.php/Geografia/article/view/9669>. Acesso em: 9 jun. 2021. DOI: https://doi.org/10.5752/P.2318-2962.2015v25n44p343
CARVALHO, Marcos Bernardino de. Da biopolítica à biocivilização: controles — do espaço, do corpo e do territorio — em disputa. Scripta Nova. Revista Electrónica de Geografía y Ciencias sociales, v. 494, n. 04, 2014. Disponível em: <https://revistes.ub.edu/index.php/ScriptaNova/article/view/14966>. Acesso em: 9 jun. 2021.
CASTRO, Luiz Guilherme Rivera de. Outros espaços e tempos, heterotopias. Primeiro Congresso Internacional Espaços Públicos, p. 1-12. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1807535/mod_resource/content/1/Castro.pdf. 2012>. Acesso em: 11 mai. 2021.
CASTRO, Edgardo. Vocabulário de Foucault: um percurso pelos seus temas, conceitos e autores. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2009.
CLAVAL, Paul. Espaço e Poder. Rio de Janeiro. Zahar Editores, 1979.
CRUZ, Valter do Carmo. Lutas sociais, reconfigurações identitárias e estratégias de reapropriação social do território na Amazônia. Rio de Janeiro; UFF, 2011, Tese de doutorado.
_______. A “teoria como caixa de ferramentas”: reflexões sobre o uso dos conceitos na pesquisa em Geografia. In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM GEOGRAFIA, 10., 2013, Campinas. Anais. [S. l.]: Editora UFGD, 2013. p. 4454-4466. Disponível em: <http://www.enanpege.ggf.br/2013/>. Acesso em: 18 jan. 2021.
_______. Da produção do espaço ao governo do espaço deslocamentos metodológicos para uma abordagem territorial. In: LIMONAD, Ester, BARBOSA, Jorge Luiz (org.) Geografias, Reflexões Conceituais, Leituras da Ciência Geográfica, Estudos Geográficos. - São Paulo : Editora Max Limonad, 2020, p. 142-169.
EVANGELISTA, Hélio de Araújo. Geografias moderna e pós-moderna. Rio de Janeiro. GEOgraphia, Ano 1, n. 1, p. 121-137, 1999. Disponível em: <https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/13366>. Acesso em: 9 jun. 2021. DOI: https://doi.org/10.22409/GEOgraphia1999.v1i1.a13366
FERREIRA NETO, João Leite, MOREIRA, Jacqueline de Oliveira; ARAÚJO, José Newton Garcia; DRAWIN, Carlos Roberto. Usos de Foucault nos estudos de psicologia no Brasil. Psicologia & Sociedade, n. 29, e159930, 2017. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/psoc/a/Zj5gQd88RXbrMTNMs9tY6pz/?lang=pt>. Acesso em: 9 jun. 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/1807-0310/2017v29159930
FUINI, Lucas Labigalini. Construções teóricas sobre o território e sua transição: a contribuição da Geografia brasileira. Cuadernos de Geografía: Revista Colombiana de Geografía, n. 26 (1), p. 221-242, 2017. Doi: 10.15446/rcdg.v26n1.56791. DOI: https://doi.org/10.15446/rcdg.v26n1.56791
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. Petrópolis: Vozes,1977.
_______. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979.
_______. As palavras e as coisas. São Paulo. Martins Fontes. 1981.
_______. Segurança, território e população: curso dado no Colégio de France (1977-1978). São Paulo: Martins Fontes, 2008a.
_______ Nascimento da biopolítica. São Paulo: Martins Fontes, 2008b.
_______. De espaços outros. Estudos avançados, n. 27 (79), p.113-122, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-40142013000300008
_______. Sobre a Geografia. In: Microfísica do poder. 2 edição. Rio de Janeiro/São Paulo. Editora: Paz e Terra. 2015, p, 244-261.
GONTIJO, Lucas de Alvarenga. Insurreição popular, Geografia social e teoria do reconhecimento: teoria versus práxis em análise da experiência de luta por moradia na região Izidora de Belo Horizonte. Caderno de Relações Internacionais. v. 6, n. 11, jul-dez. 2015. Disponível em: <https://faculdadedamas.edu.br/revistafd/index.php/relacoesinternacionais/article/view/176>. Acesso em: 9 jun. 2021.
GOMES, Fernando Bertani. Escalas da Necropolítica: Um ensaio sobre a produção do ‘outro’ e a territorialização da violência homicida no Brasil. Geografia, Ensino & Pesquisa. v. 21, n. 2, p. 46-60, 2017. Disponível em: <https://periodicos.ufsm.br/Geografia/rt/captureCite/27000/0>. Acesso em: 9 jun. 2021. DOI: https://doi.org/10.5902/2236499427000
HAESBAERT, Rogério. O mito da desterritorialização: do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.
______. Viver no limite: território e multi/transterritorialidade em tempos de insegurança e contenção. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014.
HARVEY, David. A condição pós-moderna. São Paulo. Edições Loyola. 1992.
LACOSTE, Yves. A Geografia- isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. 19 ed. Campinas-SP. Ed. Papirus, 2012.
MASSEY, Doreen. Pelo espaço. 3.ª ed., Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.
MARQUES, Marcos Aurelio. Interdisciplinaridade e poder em Michel Foucault: outras imagens para a Geografia. Entre-Lugar. Dourados, MS, ano 5, n. 9, 1º semestre, 2014.
MALHEIROS, Bruno C.; CRUZ, Valter C. Geografias dos grandes projetos de desenvolvimento: territorialização de exceção e governo bio/necropolítico do território. Rio de Janeiro. GEOgraphia, vol: 21, n.46, 2019: mai./ago. DOI: https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2019.v21i46.a30317
MENDONÇA NETO, Wilson Lopes; CHAVEIRO, Eguimar Felício. A construção de uma leitura biopolítica sobre a deficiência: a mediação do território. Espaço em Revista, v. 14 n. 1, p. 1-14, jan/jun.2012. Disponível em: <https://www.revistas.ufg.br/espaco/issue/view/1172>. Acesso em: 9 jun. 2021.
MORAES, Robson de Sousa; RODRIGUES, Uelinton Barbosa. O conceito de poder em Michel Foucault e Hannah Arendt, como instrumento de definição da categoria território. Revista Geonorte. Manaus-AM, Edição Especial, v .7, n .1, p. 197-214, 2013. Disponível em: <https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/revistageonorte/article/view/1161/1051>. Acesso em: 9 jun. 2021.
MORAES, Antônio Carlos Robert. Foucault e a Geografia. In: TRONCA, A. (org.). Foucault Vivo. Campinas, SP, 1987, p. 127-136.
_____. Geografia histórica do Brasil: cinco ensaios, uma proposta e uma crítica. São Paulo: Annablume, 2009.
WILLIAMS, James. Pós-estruturalismo. Tradução: Caio Liudvig. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
RAGO, Margareth. O efeito-Foucault na historiografia brasileira. Tempo Social; Revista Social, USP, São Paulo, v. 7, n. 1-2, p. 67-82, out., 1995. DOI: https://doi.org/10.1590/ts.v7i1/2.85207
RANGEL, M. C.; TONELLA, C. Análise do território em Michel Foucault: o território como locus do poder. In: TRINDADE, G. A.; MOREIRA, G. L.; ROCHA, L. B., RANGEL, M. C.; CHIAPETTI, R. J. N. Geografia e ensino: dimensões teóricas e práticas para a sala de aula [online]. Ilhéus: Editus, 2017. p. 161-174. ISBN: 978-85-7455-526-3. DOI: https://doi.org/10.7476/9788574555263.0011
RAMOS, Tatiana Tramontani. Heterotopias urbanas: Espaços de poder e estratégias socioespaciais dos Sem-Teto no Rio de Janeiro. Polis [Online], n. 27, 2010. Disponível em: <http://journals.openedition.org/polis/916>. Acesso em: 30 abr. 2021.
RAFFESTIN, Claude. Por uma Geografia do poder. São Paulo: Ed. Ática 1993.
OLIVEIRA, Aldo Gonçalves de. O livro didático de Geografia como estratégia de governamento. Porto Alegre. UFRS. 2019. Tese (Doutorado) apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
SAQUET, Marcos A. Por uma Geografia das territorialidades e das temporalidades: uma concepção multidimensional voltada para a cooperação e para o desenvolvimento territorial. 2ª ed. Rio de Janeiro: Consequência, 2013.
_________. Abordagens e concepções de território. São Paulo: Expressão Popular, 2015.
SACK, R. D. Human territoriality: its theory and history. Cambridge: Cambridge University, 1986.
SOJA. Edward. Geografias pós-modernas: reafirmação do espaço na teoria social crítica. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1993. 323p.
SOUZA, M. J. L. O território: sobre espaço e poder. Autonomia e desenvolvimento. In CASTRO I. E; GOMES, P. C. C; CORRÊA, R. L. (Orgs.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996.
______. Militarização da questão urbana. Lutas Sociais, São Paulo, n.29, p.117-129, jul./dez. 2012.
______. Os conceitos fundamentais da pesquisa socioespacial. 3 ed. Rio de Janeiro; Ed. Bertrand Brasil, 2016.
SILVA, Wellington Amâncio da. notas sobre heterotopias. Revista GeoSertões (Unageo/CFP-UFCG). vol.1, n. 2, jul./dez. 2016 <http://revistas.ufcg.edu.br/cfp/index.php/geosertoes/index>. Acesso em: 9 jun. 2021. DOI: https://doi.org/10.56814/geosertoes.v1i2.43
TAVARES, Felipe. Metropolização do espaço e biopolítica: território, insegurança e reconfiguração do Estado. Revista Eletrónica Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território, p. 429-452, 2018. Disponível em: <http://cegot.or>. Acesso em: 9 jun. 2021. DOI: https://doi.org/10.17127/got/2018.15.018
TRONCA, A. (org.). Foucault Vivo. Campinas-SP: ed. Pontes, 1987.
VALVERDE, Rodrigo Ramos Hospodar Felippe. A transformação da noção de espaço público: a tendência à heterotopia no Largo da Carioca. Rio de Janeiro. UFRJ, 2007. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ/IGEO/PPGG, 2007.
______. Os limites da inversão: a heterotopia do Beco do Batman, São Paulo, Boletim Goiano de Geografia, v. 37, n. 2, pp. 222-243, mai./ago., 2017. Disponível em: <https://revistas.ufg.br/bgg/article/view/49153>. Acesso em: 9 jun. 2021. DOI: https://doi.org/10.5216/bgg.v37i2.49153
______. A heterotopia dos museus brasileiros e os deslocamentos da Modernidade. PatryTer – Revista Latinoamericana e Caribenha de Geografia e Humanidades, v. 3, n. 5, p. 14-29, 2000. DOI: <https://doi.org/10.26512/patryter.v3i5.27267>. Acesso em: 9 jun. 2021. DOI: https://doi.org/10.26512/patryter.v3i5.27267
______. Cracolândia: a heterotopia de um espaço público. Boletim Campineiro de Geografa. v. 5, n. 2, p.211-230, 2015. Disponível em: http://agbcampinas.com.br/bcg/index.php/boletim-campineiro/article/view/221. Acesso em: 9 jun. 2021. DOI: https://doi.org/10.54446/bcg.v5i2.221
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Esta Revista está licenciado sob uma licença
Os Direitos Autorais dos artigos publicados na Terra Livre pertencem ao(s) seu(s) respectivo(s) autor(es), com os direitos de primeira publicação cedidos à Terra Livre.
Os artigos publicados são de acesso público, de uso gratuito, com atribuição de autoria obrigatória, para aplicações de finalidade educacional e não-comercial, de acordo com o modelo de licenciamento Creative Commons 3.0 adotado pela revista.
A Terra Livre está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.
Você é livre para:
- Compartilhar — copie e redistribua o material em qualquer meio ou formato
- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material
- O licenciante não pode revogar essas liberdades, desde que você siga os termos da licença.
Nos seguintes termos:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado , fornecer um link para a licença e indicar se as alterações foram feitas . Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de qualquer forma que sugira que o licenciante endossa você ou seu uso.
- Não Comercial — Você não pode usar o material para fins comerciais .
- ShareAlike — Se você remixar, transformar ou construir sobre o material, você deve distribuir suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos legais ou medidas tecnológicas que restrinjam legalmente outras pessoas de fazer qualquer coisa que a licença permita.