Uma Geografia da nova radicalidade popular: algumas reflexões a partir do caso do MST
DOI:
https://doi.org/10.62516/terra_livre.2002.156Abstract
Será que a dita “globalização”, tema central do discurso ideológico ultraliberal, anuncia o fim da geografia? Não! Essa é mais uma carta marcada da prepotente idéia do fim da história. Mas, do mesmo modo, a geografia deve por fim à sua própria fragmentação caleidoscópica em pedaços esparsos: universitária, escolar, tecnocrática e cotidiana, e também à sua auto-esterilização em vãs querelas acadêmicas. Por meio de alguns elementos de reflexão apresentados neste artigo, a partir da análise do caso do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), queremos mostrar que a geografia já dispõe, fora do beco da “pósmodernidade”, de um conjunto de conhecimentos em elaboração que a destaca. Nesse processo se busca a construção de um novo paradigma – no sentido real da palavra – que objetiva fazer da geografia uma ciência social do espaço pluriescalas, da conflituosidade territorial, da emergência de novas identidades socioespaciais, da pesquisa participante dos geógrafos e de seu comprometimento com a realidade. Desse modo, defendemos que a geografia possa ser capaz de esclarecer e de acompanhar a emergência em curso de uma nova radicalidade popular.Downloads
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Published
2015-05-24
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MARTIN, J.-Y. Uma Geografia da nova radicalidade popular: algumas reflexões a partir do caso do MST. Terra Livre, [S. l.], v. 2, n. 19, 2015. DOI: 10.62516/terra_livre.2002.156. Disponível em: https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/156. Acesso em: 24 nov. 2024.
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