Ensino de Geografia e formação crítica: uma análise das propostas curriculares de Geografia do estado de São Paulo – 1980 e 2008

Autores

  • Daniel Mendes Gomes
  • Maria Rita de Castro Lopes

Resumo

O texto analisa dois importantes currículos paulistas, que foram realizados em contextos distintos: o currículo concebido pela Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (CENP), da década de 1980, e o currículo intitulado Programa São Paulo Faz Escola (SPFE) de 2008. Será realizada uma breve contextualização da elaboração de ambos os currículos, para entender as diferentes forças políticas e sociais que os conceberam. Serão analisadas as propostas de conhecimentos geográficos e a formação crítica prescrita nos dois currículos. Para fundamentar a análise documental dos dois currículos, foram utilizados como referenciais teóricos, Ivor Goodson (2010) no que concerne ao currículo e Marcuse (1969; 1999) para entender como a última proposta exauriu a crítica e a formação para a autonomia. Ao final, constatou que o currículo do Programa SPFE baseia-se em uma aprendizagem conteudista e que não contribuiu para que o aluno desenvolva mecanismos para entender a sua realidade espacial, sendo um retrocesso em relação ao currículo da CENP, que apresentava uma proposta mais pautada em uma Geografia Crítica.

Palavras-chave: Geografia crítica, currículo, CENP, Programa São Paulo Faz Escola, ensino de Geografia.

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Publicado

2017-04-27

Como Citar

MENDES GOMES, D.; DE CASTRO LOPES, M. R. Ensino de Geografia e formação crítica: uma análise das propostas curriculares de Geografia do estado de São Paulo – 1980 e 2008. Terra Livre, [S. l.], v. 1, n. 44, p. 177–200, 2017. Disponível em: https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/576. Acesso em: 23 abr. 2024.