Estágio supervisionado em geografia a partir de contextos diferenciados de ensino
DOI:
https://doi.org/10.62516/terra_livre.2023.3473Palavras-chave:
Estágio Supervisionado, educação diferenciada, formação de professoresResumo
Neste artigo iremos apresentar a experiência de estágio supervisionado, tendo como foco as questões que envolvam a educação diferenciada, ou seja, práticas associadas a distintas territorialidades como educação do campo e indígena, a educação não formal; as iniciativas de práticas culturais, e as agendas contemporâneas que têm ganhado espaço na escola, como o debate de raça e gênero. Assim, tem-se como objetivo identificar a potencialidade do estágio supervisionado enquanto um lugar de formação política e geográfica, a partir de um debate sobre educação diferenciada. Nessa direção, iremos relatar as práticas e possibilidades desse campo, a partir das experiências obtidas durante a docência em estágio supervisionado IV, disciplina ofertada pelo curso de graduação de Geografia, ofertado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, na Faculdade de Formação de Professores, tendo como recorte temporal as práticas desenvolvidas entre 2014 e 2023.
Downloads
Referências
AGENDA JUVENTUDE BRASIL. Secretaria Nacional de Juventude. Pesquisa Nacional sobre perfil dos jovens brasileiros. Brasília, 2014.
ALMEIDA, M. I. de; PIMENTA, S. G. (orgs). Estágios supervisionados na formação docente: educação básica e educação de jovens e adultos. São Paulo: Editora Cortez, 2014.
ANDRADE, M.; LIMA, A. (et al.) A diferença que desafia a escola: a prática pedagógica e a perspectiva intercultural. Rio de Janeiro: Quartet, 2009.
ANDRADE, Rodrigo Coutinho. A Educação de Jovens e Adultos e o Programa Nova EJA: um olhar analítico sobre a categoria trabalho para formar trabalhadores. Revista Tamoios, São Gonçalo/RJ, ano 10, n. 2, p. 35-56, jul/dez. 2014. DOI: https://doi.org/10.12957/tamoios.2014.13078
ANJOS, R. S. A.. África, A Educação Brasileira e a Geografia. In: SECAD-MEC. (Org.). Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal nº 10.639/03. Brasília-DF: MECBID-UNESCO, 2005a, v. 1, p. 167-184.
BATISTA, C. R.; CAIADO, K. R. M.; JESUS, D. M. (orgs) Educação especial: diálogo e pluralidade. - 3 ed. - Porto Alegre: Mediação, 2015
BUTLER, j. Os sentidos do sujeitos. Coordenação de tradução: Carla Rodrigues - 1 ed. - Belo Horizonte: Autêntica, 2021.
CALDART, R. S. Pedagogia do Movimento Sem Terra: escola é mais do que escola. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2000
______________Educação em movimento: formação de educadores e educadoras do MST. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 1997.
CANDAU, V. M. F., OLIVEIRA, L. F.. Pedagogia decolonial e educação antirracista e intercultural no Brasil. Educação em Revista | Belo Horizonte | v.26 | n.01 | p.15-40 | abr. 2010 DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-46982010000100002
CARRIL, L. F.. Os desafios da educação quilombola no Brasil: o território como contexto e texto. In: Revista Brasileira de Educação. V. 22. N. 69, abr-jun/2017. DOI: https://doi.org/10.1590/s1413-24782017226927
CIAVATTA, M.; RUMERT, S. M.. As implicações políticas e pedagógicas do currículo na Educação de Jovens e Adultos integrada à formação profissional. Revista CEDES, Campinas, v. 31, n. 111, p. 461-480, abr-jun, 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302010000200009
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Parecer CNE/CEB. Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação de Jovens e Adultos, 2000.
FARAGE, E.; SANTO, A. M.O. (orgs) Educação Pública no conjunto de favelas da Maré: desafios e potencialidades. 1. ed. - Rio de Janeiro: Mórula Editora, 2023.
FIABANI, A. As diretrizes curriculares nacionais para educação escolar quilombola: a necessária ruptura de paradigmas tradicionais Revista Identidade. São Leopoldo | v.18 n. 3, ed. esp. | p. 345-356 | dez. 2013.
FORQUIN, J.C. Escola e cultura: as bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar. Tradução de Guacira Lopes - Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1993.
FRAGA, P. C. P.; IULIANELLI, J. A. S. (orgs) Jovens em tempo real. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.
FREIRE, L.L.; CUNHA, N. V. (orgs) Educação e favela: refletindo sobre antigos e novos desafios. Rio de Janeiro: Consequência Editora, 2022.
KOHAN, W. O. Uma escola filosófica popular? In: GALLO, S.; MENDONÇA, S. (orgs) A escola: uma questão pública. - 1. ed. São Paulo: Parábola, 2020.
KUENZER, A.Z. Ensino médio e profissional: as políticas do Estado neoliberal. - 2. ed. - São Paulo: Cortez Editora, 2000 (Coleção Questões da Nossa Época: v. 63)
LAHIRE, B. Sucesso escolar nos meios populares. As razões do improvável. Tradução de Ramon A. Vasques e Sonia Goldfeder. São Paulo: Editora Ática, 1997.
LANDER, E. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspecteivas Latino-Americanas. Coleção Sur Sur. Buenos Aires, Argentina: CLACSO, 2005.
MOLINA, M. C.; FREITAS, H. C de A. (orgs) Educação do Campo. Revista Em Aberto, Brasília, v. 24, n. 85, p. 1-177, abr.2011.
MOREIRA. R. O discurso do avesso: para a crítica da geografia que se ensina. - São Paulo: Contexto Editora, 2014.
MRECH, Leny Magalhães. Educação Inclusiva: realidade ou utopia. Artigo apresentado em seminário sobre educação inclusiva na Faculdade de Educação da USP, maio de 1999.
NOGUEIRA, Ruth E. Motivações hodiernas para ensinar geografia: representação do espaço para visuais e invisuais. Florianópolis, [s.n], 2009.
NOVOA, A. Os professores e a sua formação num tempo de metamorfose da escola. In: Revista Educação & Realidade. V. 44, n. 3. 2019 DOI: https://doi.org/10.1590/2175-623684910
PASSINI, E. Y.; PASSINI, R.; MALYSZ, S.T. (orgs). Prática de Ensino de Geografia e estágio supervisionado. 2. ed. - 2ª reimpressão - São Paulo: Contexto Editora, 2013.
PATTO, M. H. S. A produção do fracasso escolar: histórias de submissão e rebeldia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999.
PAULA, F. M.A.; CAVALCANTI, L.S.; PIRES, L. M. (orgs). Os jovens e suas espacialidades. Goiânia: Editora Espaço Acadêmico, 2016
PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores: unidade teoria e prática? - 11. ed. - São Paulo: Cortez Editora, 2012.
RAHME, Mônica Ma. Farid, MRECH, L. M. Os efeitos da inserção escolar para alunos pouco convencionais. Estudos de Avaliação em Educação. São Paulo, v.25, n. 57, PP. 114-137, Ano 2014. DOI: https://doi.org/10.18222/eae255720142826
RATTS, A. J. P., RODRIGUES, A. P. C., VILELA, Benjamim P., CIRQUEIRA, D. M. Representação da Áfica e da população negra nos livros didáticos de Geografia. Revista da Casa de Geografia de Sobral, Sobral, v. 8/9, n.1, p. 45-59, 2006/2007.
RATTS, A. Geografia, relações étnicoraciais e educação: a dimensão espacial das políticas de ações afirmativas no ensino. Revista Terra Livre. São Paulo/SP. Ano 26, v.1, n.34, p.125-140. Jan-jun/2010.
RESENDE, M. S. A geografia do aluno trabalhador: caminhos para uma prática de ensino. São Paulo: Edições Loyola, 1989
REIS, Maira Lopes. Estudos de gênero na Geografia: uma análise feminista daprodução do espaço. In: Espaço e Cultura, Uerj, RJ, n.38, jul/dez/2015 DOI: https://doi.org/10.12957/espacoecultura.2015.29067
RIBEIRO, M.J.L. (org). Educação especial e inclusiva: teoria e prática sobre o atendimento à pessoa com necessidades especiais. Prefácio Marinés Saraiva. Maringá,PR: Eduem, 2012.
SAVIANI, D. A pedagogia no Brasil: história e teoria. - 2 ed. - Campinas,SP: Autores Associados, 2012 (Coleção memória da educação)
SANTOS, Mônica Pereira dos. Educação inclusiva: redefinindo a educação especial. Revista Ponto de Vista, Florianópolis, n. ¾, p. 103-118, ano 2002.
SANTOS, R. E. Ensino de Geografia e currículo: questões a partir da lei 10.639. In: Terra Livre São Paulo/SP, Ano 26, V.1, n. 34, p. 141-160,jan-jun/2010
SOUZA E SILVA, J. “Por que uns e não outros”. Caminhada de jovens pobre para a universidade. Rio de Janeiro: Sete Letras, 2003.
STRECK, D (org). Fontes da pedagogia latino-americana: uma antologia. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010.
STRECK, D; ESTEBAN, M.T. (orgs). Educação Popular: lugar de construção social coletiva. - Petrópolis, RJ: Vozes Editora, 2013.
TARDIF M; LESSARD C. O trabalho docente: elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. Tradução de João Batista Kreuch. 9 ed. - Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2014
TAVARES, M.T.; ALVARENGA, M.S.; SILVA, C.A. (orgs) Educação popular, movimentos sociais e formação de professores: os 50 anos do golpe militar de 1964 e a mobilização dos inéditos viáveis no campo social e educativo. 1.ed. - São Paulo: Outras Expressões, 2015.
TURRA NETO, Nécio. Slam Quilombo de Dandara de Presidente Prudente – SP: um território insurgente e suas práticas educativas (artigo ainda não publicado.
VALLA, V. V. (org.) Educação e favela: políticas para as favelas do Rio de Janeiro, 1940-1985. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 1986
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Mario Pires Simão, Gabriel Siqueira Corrêa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Esta Revista está licenciado sob uma licença
Os Direitos Autorais dos artigos publicados na Terra Livre pertencem ao(s) seu(s) respectivo(s) autor(es), com os direitos de primeira publicação cedidos à Terra Livre.
Os artigos publicados são de acesso público, de uso gratuito, com atribuição de autoria obrigatória, para aplicações de finalidade educacional e não-comercial, de acordo com o modelo de licenciamento Creative Commons 3.0 adotado pela revista.
A Terra Livre está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.
Você é livre para:
- Compartilhar — copie e redistribua o material em qualquer meio ou formato
- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material
- O licenciante não pode revogar essas liberdades, desde que você siga os termos da licença.
Nos seguintes termos:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado , fornecer um link para a licença e indicar se as alterações foram feitas . Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de qualquer forma que sugira que o licenciante endossa você ou seu uso.
- Não Comercial — Você não pode usar o material para fins comerciais .
- ShareAlike — Se você remixar, transformar ou construir sobre o material, você deve distribuir suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos legais ou medidas tecnológicas que restrinjam legalmente outras pessoas de fazer qualquer coisa que a licença permita.