“A NATUREZA É NOSSA ANCESTRAL”
A ÓTICA DO RACISMO AMBIENTAL E A VAGUEZA DO DEBATE NO ENSINO SUPERIOR CEARENSE
DOI:
https://doi.org/10.62516/terra_livre.2024.3405Palavras-chave:
Educação antirracista., Currículo., Contra colonial.Resumo
Dialogar acerca dos racismos (sim, no plural), se faz sine qua non enquanto temática urgente na sociedade brasileira contemporânea. Nesse contexto, essa pesquisa tem como objetivo analisar a (não) discussão do racismo ambiental dentro de duas Universidades públicas do Estado do Ceará. Para tal, sob aporte metodológico, a pesquisa se comporta como natureza qualitativa e contra colonial. Em termos de revisão bibliográfica utilizou-se Krenak (2019); Mestre Nego Bispo (2015; 2023); Gonzalez (2020), dentre outros/as. Associado a composições de análise do discurso e critério retórico que perfaz o estado da arte, pelo uso de observância pelo portal de periódicos da Universidade Estadual do Ceará (UECE) e Universidade Federal do Ceará (UFC), identificamos a escassez de debate sobre o tema dentro da academia, e com isso, o não questionamento do modelo colonial-capitalista no qual a natureza e seus/suas descendentes são tidos/as como mercadorias nesse necrófilo sistema, enfatizado na hodiernidade.
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