Cartografia social
percepções territoriais e identidade étnica do povo Munduruku do Planalto em Santarém-Pará
DOI:
https://doi.org/10.62516/terra_livre.2022.2905Palavras-chave:
Povo Munduruku, Território, Cartografia Social, LutaResumo
Para entender as percepções territoriais, culturais e compreender as territorialidades que estão postas em tensão mediante a expansão da fronteira agrícola na região do Oeste do Pará. Este artigo tem como objetivo fazer uma análise sobre o fascículo “Território indígena Munduruku do Planalto Santareno”, produzido em 2015 pelo Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia. Este território é composto pelas aldeias Açaizal, Amparador, Ipaupixuna e São Francisco da Cavada, localizadas em áreas de várzea na margem direita do rio Amazonas e em terra firme, nas proximidades da Rodovia Santarém Curuá-Una, PA-370. É uma pesquisa de abordagem qualitativa, de análise documental do fascículo do PNCSA, com apoio na história oral através de entrevistas com lideranças indígenas para compreender o processo ocupacional do território e entender as relações de disputas. Entende-se que a cartografia social teve um papel fundamental na compreensão da construção do território e das territorialidades, sobretudo, nas questões de afirmação étnica que se tornou um fator de resistência, permanecia a luta por território, principalmente a partir de 1990 quando eles começam a se autoafirmar enquanto indígenas.
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