Cartografia social

percepções territoriais e identidade étnica do povo Munduruku do Planalto em Santarém-Pará

Autores

Palavras-chave:

Povo Munduruku, Território, Cartografia Social, Luta

Resumo

Para entender as percepções territoriais, culturais e compreender as territorialidades que estão postas em tensão mediante a expansão da fronteira agrícola na região do Oeste do Pará. Este artigo tem como objetivo fazer uma análise sobre o fascículo “Território indígena Munduruku do Planalto Santareno”, produzido em 2015 pelo Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia. Este território é composto pelas aldeias Açaizal, Amparador, Ipaupixuna e São Francisco da Cavada, localizadas em áreas de várzea na margem direita do rio Amazonas e em terra firme, nas proximidades da Rodovia Santarém Curuá-Una, PA-370. É uma pesquisa de abordagem qualitativa, de análise documental do fascículo do PNCSA, com apoio na história oral através de entrevistas com lideranças indígenas para compreender o processo ocupacional do território e entender as relações de disputas. Entende-se que a cartografia social teve um papel fundamental na compreensão da construção do território e das territorialidades, sobretudo, nas questões de afirmação étnica que se tornou um fator de resistência, permanecia a luta por território, principalmente a partir de 1990 quando eles começam a se autoafirmar enquanto indígenas.

Biografia do Autor

Larissa de Sousa Silva, Universidade Federal de Rondônia

Possui graduação em Licenciatura plena em Geografia pela Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) - 2016 a 2021.  Atualmente Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Geografia pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR), com vínculo ao financiamento concedido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), no âmbito do Programa de Demanda Social. Pesquisas voltadas aos  povos indígenas no Oeste Paraense, território, territorialidades e resistências, integrante do GEP Cultura: Modos de vida e Culturas Amazônicas.

Laisse Andressa Nascimento dos Santos, Universidade Federal de Rondônia

Mestranda em Geografia e estudante no grupo de pesquisa Grupo de Pesquisa Geografia, Natureza e Territorialidades Humanas (GENTEH) Universidade Federal de Rondônia - UNIR. Especialização Lato Sensu em Pedagogia Empresarial pela Faculdade Católica de Rondônia. Professora Pedagoga da Secretaria Municipal de Educação (SEMED) de Porto Velho. Conta com experiência como voluntária no Programa de Voluntários do Hospital Santa Marcelina de Rondônia. Ministrou uma Instrução de Conforto Acústico e Educação, realizando em seguida triagem auditiva no 5º Batalhão de Engenharia de Construção. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação. Tem experiência como gestora escolar e coordenadora do Projeto Ensino Médio Inovador (PROEMI). Possui graduação em Pedagogia - Licenciatura em Magistério dos anos iniciais do ensino fundamental pela Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e Letras de Rondônia (FARO - 2007) e Bacharelado em Fonoaudiologia pelas Faculdades Integradas Aparício Carvalho (FIMCA - 2017). Atualmente é pedagoga nas series iniciais da Prefeitura Municipal de Porto Velho.

Referências

ACSELRAD, Henri. Mapeamentos, identidades e territórios. Cartografia social e dinâmicas territoriais: marcos para o debate / Henri Acselrad (organizador) ; Aurélio Vianna Jr ... [et al.]. – Rio de Janeiro : Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional, 2010

ALMEIDA, Alfredo Wagner Berno de Terra de quilombo, terras indígenas, “babaçuais livre”, “castanhais do povo”, faixinais e fundos de pasto: terras tradicionalmente ocupadas. Alfredo Wagner Berno de Almeida. – 2.ª ed, Manaus: pgsca–ufam, 2008.

ALMEIDA, A, W, B. Nova Cartografia Social: territorialidades específicas e politização da consciência das fronteiras. Povos e comunidades tradicionais nova cartografia social. Organizado por Alfredo Wagner Berno de Almeida, Emmanuel de Almeida Farias Júnior.: Manaus: UEA Edições, 2013

ALMEIDA, L. M. de.et al. Arranjos produtivos de grãos na região de influência do município de Santarém no Estado do Pará. 2006.40? f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização)-Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2006

BARBOSA. Maria Betanha, C. Sistema de uso comum de recursos em comunidades quilombolas no vale do rio capim (PA). Dissertação de mestrado pela Universidade Federal do Pará, Núcleo de altos estudos Amazônicos – Orientador Rosa E. Acevedo Marin. – 2008.; 201 f

Beltrão, Jane Felipe. 2014. “Pertenças, territórios e fronteiras entre os povos indígenas dos rios Tapajós e Arapiuns versus o Estado brasileiro”. Antares: Letras e Humanidades 5: 5–27. Acesso 10 fev. 2023. http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/antares/ article/view/2544/ 1489

BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembranças de velhos. Universidade de São Paulo. Serie 1ª Estudos Brasileiros

COSTA, Solange Maria Gayoso da Grãos na floresta: estratégia expansionista do agronegócio na Amazônia/ Solange Maria Gayoso da Costa; orientadora Rosa Elizabeth Acevedo Marin. — 2012. 312 f. : il. ; 31 cm

HALBWACHS, Maurice. A Memória coletiva. Trad. de Laurent Léon Schaffter. São Paulo, Vértice/Revista dos Tribunais.Tradução de: La mémoire collective, 1990.

ISA – Instituto Socioambiental. Protocolo de Consulta dos povos indígenas Munduruku e Apiaká do Planalto Santareno. 16 p., 2017, Santarém, Pará. Disponível em: https://acervo.socioambiental.org/sites/default/files/documents/0hd00051.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.

Lima, Deborah Magalhães. 1999. “A construção histórica do termo caboclo: Sobre estruturas e representações sociais no meio rural amazônico”. Novos Cadernos Naea 2: 2–32. Acesso 29 mar. 2020. https://periodicos.ufpa.br/index.php/ncn/article/viewArticle/107. DOI : 10.5801/ncn.v2i2.107

Mapeamento social dos povos e comunidades tradicionais do rio Tapajós: povo munduruku e a luta pelo reconhecimento do território, 1/ coordenação geral, Alfredo Wagner Berno de Almeida; coordenação de pesquisa, Solange Maria Gayoso da Costa ... {et all}. – Manaus: UEA-Edições, 2015.

MEIHY, José Carlos Sebe; HOLANDA, Fabíola. História oral: como fazer, como pensar. – 2ª Ed., 4ª reimpressão. – São Paulo: Contexto, 2015.

OLIVEIRA, Pacheco. A luta pelo território como chave analítica para a reorganização da cultura. A reconquista do território: etnografias do protagonismo indígena contemporâneo / organização João Pacheco de Oliveira. - 1. ed. - Rio de Janeiro : Epapers, 2022. 438 p. ; 23 cm. (Antropologias ; 18

PNCSA, Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia. Território indígena Munduruku do Planalto, apresentação, fascículo, 2015. Disponível em: < http://novacartografiasocial.com.br/apresentacao/>, acesso em 25 de fev, 2023

SILVA, Katiane. Relações de poder e disputas territoriais: algumas reflexões sobre políticas de estado e povos indígenas no Baixo Amazonas. Anuário Antropológico v.47 n.1 | 2022 2022/v.47 n.1 Dossiê.

SOUZA, Arildo João de Cartografia / Arildo João de Souza; Catarina Cristina Barbara de Siqueira Meurer; Débora Mabel Cristiano; Wanderlei Machado dos Santos. Indaial : Uniasselvi, 2013.

TOMAZ, A, F. BARROS, J, N. MARQUES, J. Povos Indígenas do Nordeste, territorialidades e movimentos no projeto de transposição do Rio São Francisco. In. Cartografia social, terra e território / Henri Acselrad (org.); Rodrigo Nuñes Viégas ... [et al.]. – Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional, 2013.

Downloads

Publicado

2023-08-02

Como Citar

DE SOUSA SILVA, L.; NASCIMENTO DOS SANTOS, L. A. Cartografia social: percepções territoriais e identidade étnica do povo Munduruku do Planalto em Santarém-Pará. Terra Livre, [S. l.], v. 2, n. 59, p. 133–164, 2023. Disponível em: https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/2905. Acesso em: 9 maio. 2024.