"POR UMA GEOGRAFIA DO PASSADO DISTANTE - MARCAS PRETÉRITAS" NA PAISAGEM COMO MEMÓRIA SOCIAL DAS SOCIEDADES AUTÓCTONES
Resumo
A geografia brasileira tem desconsiderado a dinâmica territorial anterior ao século XVI. Por quê? Durante a investigação desse passado duas constatações se apresentaram: há limitações nas abordagens atuais e invisibilidades no discurso acadêmico, reproduzidas por ideários modernos e seus corolários na ciência. Do esforço de superar essas limitações resultou uma proposta de abordagem do passado anterior ao século XVI, argumentos iniciais a uma geografia do passado distante, que busca nas informações arqueológicas e paleoambientais suas fontes, sob o viés interpretativo da escola arqueológica pós-processual, etnogeografia e história ambiental. Parte da trilogia física, biológica e social da paisagem para investigar tanto a dinâmica ambiental quanto social, entendendo as marcas e a cultura material na paisagem como memória sócioespacial. Na tentativa de realizar análises socioambientais e aproximar diferentes disciplinas, incorpora princípios de complexidade na estruturação de um método complexo que seja capaz de lidar com sistemas de objetos e ações sócioambientais no espaço-tempo.