A EDUCAÇÃO DOCENTE: (RE)PENSANDO AS SUAS PRÁTICAS E LINGUAGENS
Resumo
Inicialmente, reflito sobre a necessidade da assunção do inacabamento humano como fundamento das práticas educativas formais e não formais. Este entendimento permite pensar a educação docente, as práticas educativas e as linguagens em um contexto formativo amplo, o que permite romper com as concepções tecnicistas em educação (modelo da racionalidade técnica), atualmente assumidas em muitos cursos de formação docente. Em seguida, reflito sobre o caráter triádico das linguagens – estruturas estruturadas, estruturas estruturantes e instrumentos de dominação –, e a necessidade da ruptura com uma postura realista em relação às mesmas, dado que se constituem em expressões das práxis humanas com o Outro (mundo, ambiência, pessoas) em um determinado modo de produção e, ao mesmo tempo, auxiliam a constituílas em diferentes contextos sociais e espaço-temporais. Por fim, demonstro que o repensar e a (re)apropriação das linguagens nas aulas de geografia devem se realizar em um contexto de transformação epistemológica da prática docente. Esta deveria acolher a multiplicidade das geografias vividas-enunciadas pelos sujeitos, isso porque o conhecimento se realiza em incessantes e infinitos movimentos do pensamento.