urbanização difusa em Feira de Santana
produção dispersa de condomínios e fragmentação socioespacial
DOI:
https://doi.org/10.62516/terra_livre.2022.2298Palavras-chave:
Urbanização difusa, Feira de Santana, Fragmentação socioespacial, Condomínios fechados, Cidade dispersa,Resumo
Este artigo tem como problema central analisar até que ponto a expansão da malha urbana, em função da implantação de condomínios localizados fora da área consolidada da cidade de Feira de Santana; direcionados às classes média e alta, relaciona-se ao fenômeno da urbanização difusa e da fragmentação socioespacial. Os caminhos que foram trilhados para o desenvolvimento deste texto passaram por: levantamento teórico de autores sobre os temas urbanização difusa, cidade dispersa, fragmentação socioespacial e condomínios fechados, pesquisa documental, pesquisa de campo e sistematização dos dados em forma de mapas e tabelas. À guisa de conclusões, o processo de urbanização difusa, em Feira de Santana, que tem como produto a formação de uma cidade dispersa, é relativamente recente. Porém, já é possível notar algumas de suas principais características sociais e espaciais: necessidade de modernização e fluidez urbana, com a formação de novas periferias de status e tendência à fragmentação socioespacial.
Downloads
Referências
ARAÙJO, A.M.R. De. Expansão urbana de Feira de Santana-BA: atuação do Estado e do setor imobiliário (2004- 2018), 2019. 193f. Tese (Doutorado em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social)-Programa de Pós-Graduação em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social, UCSal, Salvador, 2019
BARBOSA, A. G. O marketing imobiliário à luz da estética da mercadoria. Mercator, Fortaleza, v.16, p, 1-13, 2017. DOI: https://doi.org/10.4215/rm2017.e16009
BAUMAN, Z. O mal-estar da Pós-Modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 1997
BAUMAN, Z. Globalização: as consequências humanas. Rio de janeiro: Jorge Zahar Ed, 1999
BAYER, H.D. e A; DANTAS, E.M. Para além dos “condomínios fechados”: Reflexões sobre medo territórios fortificados e sociabilidade. Geosaberes: Revista de estudos Geoeducacionais, v. 6. N. 3, jul-dez, p. 609-620, 2016.
CALDEIRA, T.P. de.Enclaves fortificados: a nova segregação urbana. Novos estudos, n°47. p. 155-176, 1997.
CATALÃO, I. Dispersão urbana: apontamentos para um debate. Cidades (Presidente Prudente), v. 12, p. 251-277, 2015. DOI: https://doi.org/10.36661/2448-1092.2015v12n21.11943
FEIRA DE SANTANA. Lei Complementar n° 75, de 20 de junho de 2013. Fixa os limites interdistritais, amplia o perímetro urbano e delimita 6 (seis) novos bairros do distrito sede do Município de Feira de Santana e dá outras providências. Disponível em: https://leismunicipais.com.br/a/ba/f/feira-de-santana/lei-complementar/2013/8/75, acesso em 5 julho 2020.
FIGUEREDO, A.A. Espaços residências fechados em Feira de Santana (1987-2018): uma análise do direito à cidade. 2019, 173 f. Dissertação (Mestrado em Planejamento Territorial)-Planterr, UEFS, Feira de Santana, 2019.
FREY, K.; DUARTE, F. Auto-segregação e gestão das cidades. Ciências sociais em perspectiva, v.5, n.9, p. 109-119, 2006.
GOES, E. M; SPOSITO, M.E.B. A insegurança e as novas práticas espaciais em cidades brasileiras. Geocrítica, Barcelona, nº 493(54), 2014.
HERMANN, C. R. Breve discussão acerca do uso do espaço urbano: a dicotomização público x privado e a problemática da auto-segregação nas metrópoles brasileiras através dos condomínios exclusivos e dos shopping centers. In: NUPED, Textos, UFRJ, 2004. Disponível em: <http://www.geografia.ufrj.br/nuped/textos/ brevediscussao.pdf>, acesso 19 mar. 2014.
IBGE. Regiões de influência das cidades (REGIC), 2018. Rio de Janeiro: IBGE, 2020.
IBGE. Sidra: Banco de dados. Disponível em: http://www.sidra.ibge.gov.br. Acesso: 05 fev. 2022.
IBGE. Redes e fluxos do território: ligações rodoviárias e hidroviárias, 2016. Rio de Janeiro: IBGE, 2017.
LEFEBVRE, H. A produção do espaço. Belo Horizonte: UFMG, 2006 (Primeira versão)
LIMONAD, E. Urbanização dispersa mais uma forma de expansão urbana? Formação (Presidente Prudente), v. 1, p. 31-45, 2006.
MAIA, R. S. A produção do espaço em áreas de auto-segregação: o caso da Barra da Tijuca. Anuário do Instituto de Geociência- UFRJ, Rio de Janeiro, v. 21, p 39-75, 1998. DOI: https://doi.org/10.11137/1998_0_39-75
MANCINI, G.A. Avaliação dos custos da urbanização dispersa no Distrito Federal. 2008, 178f. Dissertação (Mestrado em Planejamento Urbano)–Universidade de Brasília, Brasília, 2008.
MELGAÇO, L. A cidade de poucos: condomínios fechados e a privatização do espaço público em Campinas. Boletim Campineiro de Geografia, Campinas, v.2, n.1, p. 81-105, 2012. DOI: https://doi.org/10.54446/bcg.v2i1.20
MONTE-MÓR, R. L. Urbanização extensiva e movas fronteiras urbanas no Brasil. In. RASSI NETO, E; BÓGUS, C. M. (Org.), Saúde nos grandes aglomerados urbanos: uma visão integrada Brasília, DF: OMS; OPAS; Ministério da Saúde, Brasil, 2003, p. 79-95).
PESCATORI, C. Cidade compacta e cidade dispersa: ponderações sobre o projeto do Alphaville Brasília. R.B. Estudos urbanos e regionais, Brasília, v. 17. n.2., p. 40-62, 2015. DOI: https://doi.org/10.22296/2317-1529.2015v17n2p40
RAPOSO, R. Condomínios fechados, tempo, espaço e sociedade: Uma perspectiva histórica. Cad. Metropolitano, São Paulo, V. 14, n.27, p. 171-196, 2012.
REIS, N. G. Dispersão urbana e modernização capitalista. Cidades, v.12, n.21, p 91-107, 2015. DOI: https://doi.org/10.36661/2448-1092.2015v12n21.11936
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Edusp, 2006.
SMITH, Neil. Desenvolvimento desigual. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 1988.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Esta Revista está licenciado sob uma licença
Os Direitos Autorais dos artigos publicados na Terra Livre pertencem ao(s) seu(s) respectivo(s) autor(es), com os direitos de primeira publicação cedidos à Terra Livre.
Os artigos publicados são de acesso público, de uso gratuito, com atribuição de autoria obrigatória, para aplicações de finalidade educacional e não-comercial, de acordo com o modelo de licenciamento Creative Commons 3.0 adotado pela revista.
A Terra Livre está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.
Você é livre para:
- Compartilhar — copie e redistribua o material em qualquer meio ou formato
- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material
- O licenciante não pode revogar essas liberdades, desde que você siga os termos da licença.
Nos seguintes termos:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado , fornecer um link para a licença e indicar se as alterações foram feitas . Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de qualquer forma que sugira que o licenciante endossa você ou seu uso.
- Não Comercial — Você não pode usar o material para fins comerciais .
- ShareAlike — Se você remixar, transformar ou construir sobre o material, você deve distribuir suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos legais ou medidas tecnológicas que restrinjam legalmente outras pessoas de fazer qualquer coisa que a licença permita.