Cortina de fumaça: sujeitos ocultos e o desmonte da educação pública no Paraná e em São Paulo

Autores

  • Najla Mehanna Mormul Professora Doutora do curso de Geografia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, campus de Francisco Beltrão.
  • Eduardo Donizeti Girotto Professor do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo, na área de Estágio Supervisionado e Ensino de Geografia.
  • Marcos de Oliveira Soares Professor Adjunto da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar campus de Sorocaba, ministrando aulas nas disciplinas ligadas ao ensino de Geografia e à formação de professores.

DOI:

https://doi.org/10.62516/terra_livre.2018.1442

Resumo

O presente texto busca problematizar o significado do movimento Escola sem Partido (EsP) em um contexto de avanços de políticas que atacam o sentido público da educação no país. Não seria tal movimento cortina de fumaça a desviar o foco dos sujeitos ocultos do desmonte da educação pública no Brasil? Posto isto, retomamos e aprofundamos argumentos utilizados em debates e discussões sobre a necessidade de compreender a função estratégica e ideológica que cumpre o movimento EsP, no processo de encobrimento das profundas reformas educacionais brasileiras. Procuramos demonstrar como algumas políticas educacionais realizadas, sobretudo, nos estados de São Paulo e Paraná, têm produzido nos últimos anos um intenso controle e precarização do trabalho docente, contribuindo, dentre outras coisas, à ampliação das desigualdades educacionais, com implicações também sobre outras desigualdades, dentre as quais, a espacial, uma vez que, essas ações são chanceladas por políticas de avaliação e currículo, pautadas em uma concepção que nega a complexa relação entre escola, sociedade e território.

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Biografia do Autor

Najla Mehanna Mormul, Professora Doutora do curso de Geografia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, campus de Francisco Beltrão.

Licenciada em Geografia pela Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus de Campo Mourão. Especialista em Educação, Planejamento e Gerenciamento do Meio Ambiente pela mesma Instituição. Mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPE/UEM - Mestrado/Doutorado) da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Doutora em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia (PGE/UEM - Mestrado e Doutorado) da Universidade Estadual de Maringá. Atuou como professora da educação básica de 2002 a 2010. Líder do Grupo de Pesquisa Educação e Ensino de Geografia (GPEG) da Universidade Estadual do Oeste de Paraná (Unioeste) campus de Francisco Beltrão. Membro do Núcleo de Estudos de Mobilidade e Mobilização (UEM). Professora- pesquisadora do Curso de Geografia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste, campus de Francisco Beltrão. Participou do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, Pibid/subprojeto de Geografia desde 2011. Coordena Estágio Supervisionado em Geografia e orienta estágio supervisionado em Geografia. Possui experiência na área de educação, ensino de Geografia e pesquisa os seguintes temas: ensino de Geografia, formação de professores de Geografia, Didática e Geografia escolar e aborda a Geografia da população voltada, especialmente, ao ensino e aprendizagem em Geografia.

Eduardo Donizeti Girotto, Professor do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo, na área de Estágio Supervisionado e Ensino de Geografia.

Possui Bacharelado e Licenciatura em Geografia (2005), Mestrado (2009) e Doutorado (2014) em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo. Foi professor de ensino fundamental II e médio da Prefeitura Municipal de São Paulo, Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul e Professor do Colegiado de Geografia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, no campus de Francisco Beltrão, atuando como Líder do Grupo de Pesquisa de Ensino de Geografia (GPEG) da mesma Universidade, Coordenador Geral do NUFOPE (Núcleo de Formação Docente e Prática de Ensino) e Grupo PIBID de Geografia da UNIOESTE, Francisco Beltrão. Atualmente é professor do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo, na área de Estágio Supervisionado e Ensino de Geografia.

Marcos de Oliveira Soares, Professor Adjunto da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar campus de Sorocaba, ministrando aulas nas disciplinas ligadas ao ensino de Geografia e à formação de professores.

Professor Adjunto da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar campus de Sorocaba, ministrando aulas nas disciplinas ligadas ao ensino de Geografia e à formação de professores. Doutor em Geografia Humana pela USP (2012), mestre em Geociências pela UNICAMP (2004), Bacharel e Licenciado em Geografia pela USP (1998). Atuou como professor do ensino básico por 20 anos. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em educação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, formação de professores, currículo. Líder do GPForPP (grupo de pesquisa formação política de professoras e professores).das ao ensino de Geografia e à formação de professores.

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Publicado

2019-01-04

Como Citar

MORMUL, N. M.; GIROTTO, E. D.; SOARES, M. de O. Cortina de fumaça: sujeitos ocultos e o desmonte da educação pública no Paraná e em São Paulo. Terra Livre, [S. l.], v. 1, n. 50, p. 65–96, 2019. DOI: 10.62516/terra_livre.2018.1442. Disponível em: https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/1442. Acesso em: 11 out. 2024.