Geografias da mobilidade acadêmica internacional brasileira (ou Por que a internacionalização da educação superior é um problema geográfico?)

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Resumo

Com a crise e encerramento do Programa Ciência sem Fronteiras, há um esvaziamento das políticas de internacionalização da ciência brasileira. Neste artigo, realiza-se uma análise do programa e como ele se insere nas transformações sofridas nas últimas décadas pelo sistema público de educação superior no Brasil. Além disso, busca saber como o investimento em internacionalização se espacializa e como ele atua produzindo território. Os resultados demonstram que há alta concentração espacial de investimentos, denunciando uma macrocefalia científica que acompanha o processo desigual da produção de território pela globalização. Finalmente, atenta para a importância de se gerar outros modelos de internacionalização que atuam articuladamente e promovendo acesso ao conhecimento com justiça espacial.

Biografia do Autor

César Augusto Ferrari Martinez, Universidade Federal de Pelotas

Professor de Ensino de Geografia no Departamento de Geografia da Universidade Federal de Pelotas. Licenciado e Mestre em Geografia (UFRGS) e Doutor (c) em Educaçao pela Pontificia Universidad Católica de Chile.

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Publicado

2019-01-04

Como Citar

MARTINEZ, C. A. F. Geografias da mobilidade acadêmica internacional brasileira (ou Por que a internacionalização da educação superior é um problema geográfico?). Terra Livre, [S. l.], v. 1, n. 50, p. 13–33, 2019. Disponível em: https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/1433. Acesso em: 18 abr. 2024.