CULTURA E CONHECIMENTO POPULAR NO ENFRENTAMENTO DAS DISCREPÂNCIAS TERRITORIAIS NO BRASIL
UMA REFLEXÃO
DOI:
https://doi.org/10.62516/terra_livre.2024.3687Palavras-chave:
Cultura, Desenvolvimento Territorial, Políticas Públicas, Identidade RegionalResumo
O artigo aborda a importância da cultura e do conhecimento popular na superação das desigualdades territoriais no Brasil. Baseado em reflexões apresentadas no XII Congresso Brasileiro de Geógrafos, o estudo explora como a cultura molda a organização do espaço e a identidade regional, especialmente em contextos de desigualdade socioespacial. A fenomenologia e a dialética são destacadas como métodos fundamentais para entender a complexidade cultural e os processos de produção e reprodução do capital. Além disso, o texto discute como as políticas públicas podem ser mais eficazes ao integrar o saber popular na formulação de estratégias regionais, especialmente nas áreas rurais. Iniciativas, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), visam reduzir desigualdades sociais e econômicas, fomentando a agricultura familiar e valorizando os conhecimentos locais. O artigo também ressalta a importância do desenvolvimento territorial sustentável, destacando a cultura como um elemento central na definição dos territórios e na construção de uma identidade produtiva regional. A reflexão conclui com a necessidade de políticas públicas inclusivas e de um olhar decolonial para reduzir as desigualdades históricas no país.
Downloads
Referências
AGB, Associação dos Geógrafos Brasileiros. Ementa do VIII CBG: “AGB 90 anos: geo-grafando para construir o Brasil”. São Paulo, 27 de fevereiro de 2024. Disponível em: VIII Congresso Brasileiro de Geógrafos – CBG - Noticias - Circulares do VIII CBG.
BRASIL. Decreto n. 8.865, de 29 de setembro de 2016. Dispõe Transfere a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário para a Casa Civil da Presidência da República e dispõe sobre a vinculação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA.
BRASIL, MDA/SDT. Manual do Operacional do Proinf 2015. Brasília, 2015. Disponível em: http://www.mda.gov.br
BRASIL, MDA/SDT. Referências para o desenvolvimento territorial sustentável. Ministério do Desenvolvimento Agrário-Brasília. Núcleos de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural/NEAD, 2003. 36 p.
BRASIL, MDA/SDT. Referências para uma Estratégia de Desenvolvimento Rural Sustentável no Brasil. Série Documentos SDT: número 01. Março de 2005. Disponível em: http://ieham.org/html/docs/Referencias_para_desenvolvimento_rural_sustentavel
FAVARETO, Arilson. Retrato das políticas de desenvolvimento territorial no Brasil. Rimisp – Centro Latinoamericano para el Desarrollo Rural, Santiago,Chile, 2009. 92p. Disponível em: content
FLICK, U.: Desig und Prozess qualitativer Forschung. In: FLICK, U. KARDORFF, E. von und STEINKE, I. (Hg.): Qualitative Forschung. Ein Handbuch. Reinbek bei Hamburg: Rororo, 2007. S. 252-265.
FLICK, U.: Triangulation in der qualitativen Forschung. In: FLICK, U., KARDORFF, E. von und STEINKE, I. (Hg.): Qualitative Forschung. Ein Handbuch. Reinbek bei Hamburg: Rororo, 2007. S. 309 – 318.
FREITAS, Alan Ferreira de; DIAS, Marcelo Miná. Desenvolvimento territorial e inovações institucionais no território Serra do Brigadeiro, Minas Gerais: Alan Ferreira de Freitas. Viçosa, MG, 2011.
HAESBAERT, R. ORDENAMENTO TERRITORIAL. Boletim Goiano de Geografia, Goiânia, v. 26, n. 1, p. 117–124, 2008. Disponível em: https://revistas.ufg.br/bgg/article/view/3572
HAESBAERT, R., Região, Diversidade Territorial e Globalização. GEOgraphia, v. 1, n. 1, p. 15-39, 2 set. 2009.
HARVEY, David. Posmoden morality. Antipode, v24, p300-326, 1992
KELLE, U. und ERZBERGER, C.: Qualitative und quantitative Methoden: kein Gegensatz. In: FLICK, U., KARDORFF, E. von und STEINKE, I. (Hg.): Qualitative Forschung. Ein Handbuch. Reinbek bei Hamburg: Rororo, 2007. S. 299-309.
MITCHELL, Dom, Não existe aquilo que chamamos de Cultura: para uma reconceitualização da ideia de cultura em Geografia. Rio de Janeiro: Espaço e Cultura, UERJ nº. 08 , 1999 p. 31-51
NUNES, Leonardo Berté,. Fenomenologia e a(s) geografia(s) da Educação à Distância: experiências de estudantes em formação EaD /Leonardo Berté Nunes:2023, 170p.
OLIVEIRA, Francisco de. Elegia para uma re(li)gião: sudene, nordeste: planejamento, e conflitos de classes. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993, 137p.
RAFFESTIN, Claude. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993. 269p.
SANTOS, Mílton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000, 174p.
SANTOS, Mílton e SILVEIRA, María Laura. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. . Rio de Janeiro: Record. 2001, 471p.
SAQUET, Marco Aurélio. Por uma abordagem territorial. In SPÓSITO, Eliseu S. e SAQUET, Marco A. (Org). Territórios e territorialidades: Teorias, processos e conflitos. São Paulo: Expressão Popular, 2009. p. 73-94
SOUZA, Marcelo José Lopes. Território: Sobre Espaço e Poder, Autonomia e Desenvolvimento. In: CASTRO, Iná Elias, GOMES, Paulo César da Costa, CORRÊA, Roberto Lobato (orgs.) Geografia: Conceitos e Temas. 5ª edição. Bertrand: Rio de Janeiro, 2003.
TORRENS, J. C. S. Território e desenvolvimento: a experiência de articulação territorial do Sudoeste do Paraná. Deser: Curitiba, 2007. (Projeto de Cooperação Técnica MDA/FAO).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Gevson Silva Andrade

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Esta Revista está licenciado sob uma licença
Os Direitos Autorais dos artigos publicados na Terra Livre pertencem ao(s) seu(s) respectivo(s) autor(es), com os direitos de primeira publicação cedidos à Terra Livre.
Os artigos publicados são de acesso público, de uso gratuito, com atribuição de autoria obrigatória, para aplicações de finalidade educacional e não-comercial, de acordo com o modelo de licenciamento Creative Commons 3.0 adotado pela revista.
A Terra Livre está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.
Você é livre para:
- Compartilhar — copie e redistribua o material em qualquer meio ou formato
- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material
- O licenciante não pode revogar essas liberdades, desde que você siga os termos da licença.
Nos seguintes termos:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado , fornecer um link para a licença e indicar se as alterações foram feitas . Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de qualquer forma que sugira que o licenciante endossa você ou seu uso.
- Não Comercial — Você não pode usar o material para fins comerciais .
- ShareAlike — Se você remixar, transformar ou construir sobre o material, você deve distribuir suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos legais ou medidas tecnológicas que restrinjam legalmente outras pessoas de fazer qualquer coisa que a licença permita.