DA NECESSIDADE DE RETRABALHAR A CARTOGRAFIA GEOGRÁFICA EM NOVOS TERMOS
DOI:
https://doi.org/10.62516/terra_livre.2024.3664Palavras-chave:
Mapeamento, Geotecnologias, Geografia Contemporânea, Cartografia GeográficaResumo
Visando contribuir com algumas considerações que fomentem o posicionamento da AGB frente ao complexo tema do impacto das geotecnologias nos modos como o espaço é pensado e produzido e mapeado na contemporaneidade, o texto se desenvolve a partir de dois focos complementares. O primeiro visa à apresentação sucinta das transformações pelas quais passou a produção social de mapas e mapeamentos e seus desdobramentos na Cartografia Geográfica desde o pós-II Guerra Mundial. O segundo apresenta um conjunto de termos que emergem de abordagens e práticas de mapeamentos articulados às tecnologias de comunicação e informação atuais. Estes termos vem sendo desenvolvidos em práticas e teorias da Geografia contemporânea e também em investigações de áreas do conhecimento que têm o espaço como objeto de interesse.
Downloads
Referências
ANONYMOUS and RUFAT, Samuel. Open Data, Political Crisis and Guerrilla Cartography. ACME: An International Journal for Critical Geographies, v.14, n.1, p. 260–282. 2015.
BARNES, Trevor J.; CRAMPTON, Jeremy. Mapping Intelligence, American Geographers and the Office of Strategic Services and GHQ/SCAP (Tokyo). In: KIRSCH, Scott; FLINT, Colin (Eds.). Reconstructing Conflict. London: Routledge, 2011. Cap. 11, pp. 227-251.
BITTNER, Christian. Diversity in volunteered geographic information: comparing OpenStreetMap and Wikimapia in Jerusalem. GeoJournal, v. 82, p. 887–906, 2017.
BORGES, Jorge Luís. Sobre o Rigor na Ciência. In: ___. História Universal da Infâmia. Assírio e Alvim, 1982.
BOULAABA, Aroua; FAIZ, Sami. Towards Big GeoData Mining and Processing. International Journal of Organizational and Collective Intelligence. v. 8, n. 2, p. 60-74. 2018.
BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC. 3ª versão, 2017.
COELHO, Ana Flávia Zambon; COELHO, Patrícia Silva Leal; GIRARDI, Gisele. Remixes de mapas: possibilidades de outras abordagens cartográficas na escola. In: XVIII Encuentro de Geografías de America Latina, 2021, Córdoba. Anales do XVIII EGAL. Córdoba, 2021. p. 1-4.
COSGROVE, Denis. Cultural cartography: maps and mapping in cultural geography. Annales de géographie, v.2, n. 660-661, p. 159-178, 2008.
CRAMPTON, Jeremy W.; KRYGIER, John. An introduction to critical cartography. ACME: An international e-journal for critical geographies, v. 4, n.1, p.11-33, 2006.
DALLABRIDA, Valdir Roque. Da cidade inteligente, ao território inovador, rumo à inteligência territorial: aproximações teóricas e prospecções sobre o tema. Desenvolvimento em Questão, v. 18, no 53, p. 46-71, 2020.
DEL CASINO JR., V. J.; HANNA, S. P. Beyond the “binaries”: A methodological intervention for interrogating maps as representational practices, ACME: An International E-Journal for Critical Geographies, 2006, v. 4, n.1, p. 34–56.
DODGE, M.; KITCHIN, R.; PERKINS, C. (Eds.) The Map Reader: Theories of Mapping Practice and Cartographic Representation. Chichester: John Wiley & Sons, 2011.
FONSECA, Fernanda Padovesi. Uma avaliação da cartografia geográfica brasileira: a ausência de reflexão teórica. In: LIRA, Larissa Alves de; SOUSA NETO, Manoel Fernandes de; DUARTE, Rildo Borges (org.). Geografias das ciências, dos saberes e da história da geografia. São Paulo: Alameda, 2020. p. 69-96.
FRASER, Alistair. Curating digital geographies in an era of data colonialism. Geoforum, n. 104, p.193–200, 2019.
GIRARDI, Gisele. Cartografias sociais em diferentes contextos de aprendizagem. Geographia Meridionalis, v. 6, no 1, p. 66-84, 2021.
GIRARDI, Gisele. Por que ensinamos o que ensinamos como cartografia na geografia? Fragmentos de um guia para deslocamentos. In: OLIVEIRA, Aldo Gonçalves et al. (org.). Geografias e educação: singulares mãos docente. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2023(b), p. 229-253.
GUIMÓN, Pablo. “O ‘Brexit’ não teria acontecido sem a Cambridge Analytica”. Entrevista com Christopher Wylie. El Pais, Londres, 26 mar 2018.
HARLEY, John Brian. Cartography, ethics and social theory. Cartographica, v. 27, n. 2, p. 1-231, 1990.
HARVEY, David. Space as a keyword. In: CASTREE, Noel e GREGORY, Derek. (Org.) David Harvey: a critical reader. Malden e Oxford: Blackwell, 2006.
ISRAEL, Carolina Batista. Um excurso sobre a Geografia da Internet e do ciberespaço: revisitando os legados teóricos. Boletim Campineiro de Geografia, v. 11, n. 2, p. 221-236, 2021.
KITCHIN, R.; PERKINS, C.; DODGE, M. Thinking about maps. In: __ (Eds.) Rethinking Maps. Routledge, 2009.
KOLLEKTIV Orangotango+ (Ed.). This is not an atlas: A global collection of counter-cartographies. Bielefel: TranscriptVerlag, 2018.
LÖW, Martina. O spatial turn: para uma sociologia do espaço. Tempo Social, v. 25, n. 2, p. 17–34, 2013.
MASSEY, Doreen. Pelo espaço: uma nova política da espacialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.
MURPHY, Andrea; SCHIFRIN, Matt. The Global 2000, Forbes, 2024. Disponível em https://www.forbes.com/lists/global2000/. Acesso em 15/09/2024.
ONETO, Paulo Domenech. A “lei mais profunda do capitalismo” e sua vigência: descodificação e desterritorialização. In: MARQUES, Davina; GIRARDI, Gisele; OLIVEIRA JÚNIOR, Wenceslao Machado de (Orgs.). Conexões: Deleuze e Territórios e Fugas e… pp. 121-138. 2013.
PARRA, Henrique. Abertura e controle na governamentalidade algorítmica. Ciência e Cultura, v. 68, n.1, p. 39-42, 2016.
PICKLES, John. A History of Spaces: Cartographic Reason, Mapping and the Geo-Coded World. Psychology Press, 2004.
ROSSETTO, Tania. Semantic ruminations on ‘post-representational cartography’ International Journal of Cartography, v. 1, n. 1, p. 1-17, 2017.
SALICHTCHEV, K. A. Cartographic communication: a theoretical survey. In: TAYLOR, D. R. F. (Ed.). Graphic communication and design in contemporary cartography. New York: John Wiley & Sons, 1983. v. II, p.11-36.
SANTOS, Milton; SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade no início do Século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1997.
SEVCENKO, Nicolau. A Corrida para o Século XXI: no Loop da Montanha Russa. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
SPERLING, David Moreno. Cartografias Críticas: ensaios tecnopolíticos e geopoéticos, São Carlos, Instituto de Arquitetura e Urbanismo – Universidade de São Paulo, 2023. (Tese de Livre Docência)
SPERLING, David Moreno. Você (não) está aqui: convergências no campo ampliado das práticas cartográficas. Indisciplinar, v. 2, p. 77-92, 2016.
WOOD, Denis. Cartography is dead (Thank god!). Cartographic Perspectives, n. 45, p. 4-7, 2003.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Gisele Girardi

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Esta Revista está licenciado sob uma licença
Os Direitos Autorais dos artigos publicados na Terra Livre pertencem ao(s) seu(s) respectivo(s) autor(es), com os direitos de primeira publicação cedidos à Terra Livre.
Os artigos publicados são de acesso público, de uso gratuito, com atribuição de autoria obrigatória, para aplicações de finalidade educacional e não-comercial, de acordo com o modelo de licenciamento Creative Commons 3.0 adotado pela revista.
A Terra Livre está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.
Você é livre para:
- Compartilhar — copie e redistribua o material em qualquer meio ou formato
- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material
- O licenciante não pode revogar essas liberdades, desde que você siga os termos da licença.
Nos seguintes termos:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado , fornecer um link para a licença e indicar se as alterações foram feitas . Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de qualquer forma que sugira que o licenciante endossa você ou seu uso.
- Não Comercial — Você não pode usar o material para fins comerciais .
- ShareAlike — Se você remixar, transformar ou construir sobre o material, você deve distribuir suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos legais ou medidas tecnológicas que restrinjam legalmente outras pessoas de fazer qualquer coisa que a licença permita.