DA NECESSIDADE DE RETRABALHAR A CARTOGRAFIA GEOGRÁFICA EM NOVOS TERMOS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.62516/terra_livre.2024.3664

Palavras-chave:

Mapeamento, Geotecnologias, Geografia Contemporânea, Cartografia Geográfica

Resumo

Visando contribuir com algumas considerações que fomentem o posicionamento da AGB frente ao complexo tema do impacto das geotecnologias nos modos como o espaço é pensado e produzido e mapeado na contemporaneidade, o texto se desenvolve a partir de dois focos complementares. O primeiro visa à apresentação sucinta das transformações pelas quais passou a produção social de mapas e mapeamentos e seus desdobramentos na Cartografia Geográfica desde o pós-II Guerra Mundial. O segundo apresenta um conjunto de termos que emergem de abordagens e práticas de mapeamentos articulados às tecnologias de comunicação e informação atuais. Estes termos vem sendo desenvolvidos em práticas e teorias da Geografia contemporânea e também em investigações de áreas do conhecimento que têm o espaço como objeto de interesse.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gisele Girardi, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

Possui graduação em Licenciatura em Geografia pela Universidade de São Paulo (1994), e em Bacharelado em Geografia pela Universidade de São Paulo (1992), mestrado em Geografia (Geografia Física/Cartografia) pela Universidade de São Paulo (1997), doutorado em Geografia (Geografia Física/Cartografia) pela Universidade de São Paulo (2003) e Pós-doutorado (Educação) pela Universidade Estadual de Campinas (2014). Atualmente é professora associada no Departamento de Geografia do Centro de Ciências Humanas e Naturais da Universidade Federal do Espírito Santo e vinculada ao Programa de Pós-Graduação - Mestrado e Doutorado - em Geografia da Universidade Federal do Espírito Santo. Coordena o grupo de pesquisa CNPq POESI - Política Espacial das Imagens Cartográficas. É membro da Rede de Pesquisa "Imagens, Geografias e Educação". Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Cartografia Geográfica, atuando principalmente nos seguintes temas: educação geográfica, cartografia escolar, cartografia geográfica, imagem cartográfica e pensamento sobre o espaço e mapeamento participativo.

Referências

ANONYMOUS and RUFAT, Samuel. Open Data, Political Crisis and Guerrilla Cartography. ACME: An International Journal for Critical Geographies, v.14, n.1, p. 260–282. 2015.

BARNES, Trevor J.; CRAMPTON, Jeremy. Mapping Intelligence, American Geographers and the Office of Strategic Services and GHQ/SCAP (Tokyo). In: KIRSCH, Scott; FLINT, Colin (Eds.). Reconstructing Conflict. London: Routledge, 2011. Cap. 11, pp. 227-251.

BITTNER, Christian. Diversity in volunteered geographic information: comparing OpenStreetMap and Wikimapia in Jerusalem. GeoJournal, v. 82, p. 887–906, 2017.

BORGES, Jorge Luís. Sobre o Rigor na Ciência. In: ___. História Universal da Infâmia. Assírio e Alvim, 1982.

BOULAABA, Aroua; FAIZ, Sami. Towards Big GeoData Mining and Processing. International Journal of Organizational and Collective Intelligence. v. 8, n. 2, p. 60-74. 2018.

BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC. 3ª versão, 2017.

COELHO, Ana Flávia Zambon; COELHO, Patrícia Silva Leal; GIRARDI, Gisele. Remixes de mapas: possibilidades de outras abordagens cartográficas na escola. In: XVIII Encuentro de Geografías de America Latina, 2021, Córdoba. Anales do XVIII EGAL. Córdoba, 2021. p. 1-4.

COSGROVE, Denis. Cultural cartography: maps and mapping in cultural geography. Annales de géographie, v.2, n. 660-661, p. 159-178, 2008.

CRAMPTON, Jeremy W.; KRYGIER, John. An introduction to critical cartography. ACME: An international e-journal for critical geographies, v. 4, n.1, p.11-33, 2006.

DALLABRIDA, Valdir Roque. Da cidade inteligente, ao território inovador, rumo à inteligência territorial: aproximações teóricas e prospecções sobre o tema. Desenvolvimento em Questão, v. 18, no 53, p. 46-71, 2020.

DEL CASINO JR., V. J.; HANNA, S. P. Beyond the “binaries”: A methodological intervention for interrogating maps as representational practices, ACME: An International E-Journal for Critical Geographies, 2006, v. 4, n.1, p. 34–56.

DODGE, M.; KITCHIN, R.; PERKINS, C. (Eds.) The Map Reader: Theories of Mapping Practice and Cartographic Representation. Chichester: John Wiley & Sons, 2011.

FONSECA, Fernanda Padovesi. Uma avaliação da cartografia geográfica brasileira: a ausência de reflexão teórica. In: LIRA, Larissa Alves de; SOUSA NETO, Manoel Fernandes de; DUARTE, Rildo Borges (org.). Geografias das ciências, dos saberes e da história da geografia. São Paulo: Alameda, 2020. p. 69-96.

FRASER, Alistair. Curating digital geographies in an era of data colonialism. Geoforum, n. 104, p.193–200, 2019.

GIRARDI, Gisele. Cartografias sociais em diferentes contextos de aprendizagem. Geographia Meridionalis, v. 6, no 1, p. 66-84, 2021.

GIRARDI, Gisele. Por que ensinamos o que ensinamos como cartografia na geografia? Fragmentos de um guia para deslocamentos. In: OLIVEIRA, Aldo Gonçalves et al. (org.). Geografias e educação: singulares mãos docente. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2023(b), p. 229-253.

GUIMÓN, Pablo. “O ‘Brexit’ não teria acontecido sem a Cambridge Analytica”. Entrevista com Christopher Wylie. El Pais, Londres, 26 mar 2018.

HARLEY, John Brian. Cartography, ethics and social theory. Cartographica, v. 27, n. 2, p. 1-231, 1990.

HARVEY, David. Space as a keyword. In: CASTREE, Noel e GREGORY, Derek. (Org.) David Harvey: a critical reader. Malden e Oxford: Blackwell, 2006.

ISRAEL, Carolina Batista. Um excurso sobre a Geografia da Internet e do ciberespaço: revisitando os legados teóricos. Boletim Campineiro de Geografia, v. 11, n. 2, p. 221-236, 2021.

KITCHIN, R.; PERKINS, C.; DODGE, M. Thinking about maps. In: __ (Eds.) Rethinking Maps. Routledge, 2009.

KOLLEKTIV Orangotango+ (Ed.). This is not an atlas: A global collection of counter-cartographies. Bielefel: TranscriptVerlag, 2018.

LÖW, Martina. O spatial turn: para uma sociologia do espaço. Tempo Social, v. 25, n. 2, p. 17–34, 2013.

MASSEY, Doreen. Pelo espaço: uma nova política da espacialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.

MURPHY, Andrea; SCHIFRIN, Matt. The Global 2000, Forbes, 2024. Disponível em https://www.forbes.com/lists/global2000/. Acesso em 15/09/2024.

ONETO, Paulo Domenech. A “lei mais profunda do capitalismo” e sua vigência: descodificação e desterritorialização. In: MARQUES, Davina; GIRARDI, Gisele; OLIVEIRA JÚNIOR, Wenceslao Machado de (Orgs.). Conexões: Deleuze e Territórios e Fugas e… pp. 121-138. 2013.

PARRA, Henrique. Abertura e controle na governamentalidade algorítmica. Ciência e Cultura, v. 68, n.1, p. 39-42, 2016.

PICKLES, John. A History of Spaces: Cartographic Reason, Mapping and the Geo-Coded World. Psychology Press, 2004.

ROSSETTO, Tania. Semantic ruminations on ‘post-representational cartography’ International Journal of Cartography, v. 1, n. 1, p. 1-17, 2017.

SALICHTCHEV, K. A. Cartographic communication: a theoretical survey. In: TAYLOR, D. R. F. (Ed.). Graphic communication and design in contemporary cartography. New York: John Wiley & Sons, 1983. v. II, p.11-36.

SANTOS, Milton; SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade no início do Século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001.

SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1997.

SEVCENKO, Nicolau. A Corrida para o Século XXI: no Loop da Montanha Russa. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

SPERLING, David Moreno. Cartografias Críticas: ensaios tecnopolíticos e geopoéticos, São Carlos, Instituto de Arquitetura e Urbanismo – Universidade de São Paulo, 2023. (Tese de Livre Docência)

SPERLING, David Moreno. Você (não) está aqui: convergências no campo ampliado das práticas cartográficas. Indisciplinar, v. 2, p. 77-92, 2016.

WOOD, Denis. Cartography is dead (Thank god!). Cartographic Perspectives, n. 45, p. 4-7, 2003.

Downloads

Publicado

2025-03-20

Como Citar

GIRARDI, G. DA NECESSIDADE DE RETRABALHAR A CARTOGRAFIA GEOGRÁFICA EM NOVOS TERMOS. Terra Livre, [S. l.], v. 2, n. 63, p. 322–348, 2025. DOI: 10.62516/terra_livre.2024.3664. Disponível em: https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3664. Acesso em: 24 mar. 2025.