Circuito rap e a ação do Coletivo Grajaú Rap City
um instrumento analítico para se interpretar a produção cultural e econômica nas quebradas das grandes cidades
DOI:
https://doi.org/10.62516/terra_livre.2023.3435Palavras-chave:
densidades, metrópoles, produção cultural-econômica, Hip-Hop, Circuito RAPResumo
O presente artigo tem por objetivo apresentar a complexidade da dimensão espacial produtiva do RAP (Rhythm and Poetry), que denominamos Circuito RAP. Como forma de reconhecer a sua dinamicidade e ação organizada dos agentes ligados diretamente a esse seguimento musical, cuja essência está nas quebradas, ou áreas periféricas. O Circuito RAP apresenta-se como uma proposta metodológica para se interpretar a economia nas periferias das cidades brasileiras. Direcionamos a apresentação dos resultados das situações geográficas no distrito do Grajaú, no extremo Sul de São Paulo, a partir do coletivo Grajaú RAP City. É a partir da própria organização do meio ambiente urbano construído que os agentes periféricos se articulam para dar forma às suas condições de sobrevivência material.
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