Visões de mundo, visões da natureza e a formação de paradigmas geográficos

Autores

  • Lúcia Cony Faria

Resumo

A emergência da questão ambiental e de uma concepção da natureza como universal,  em oposição à prevalecente representação da natureza como objeto, propiciou uma valorização da geografia. No âmbito dessa disciplina, há diversas explicações para  tendência a uma separação entre sociedade e natureza no pensamento moderno. O que parece claro é que tanto as relações materiais como o campo ideológico têm contribuído para essa separação. Em sociedades humanas primitivas e na sociedade ocidental até o final do século XVIII, é possível estabelecer relações entre contexto social e material, visões de mundo, visões da natureza e pensamento geográfico. O mesmo pode ser inferido para os séculos XIX e XX. Enquanto a separação entre sociedade e natureza é antiga, o capitalismo, juntamente com os sistemas de conhecimento associados à sua emergência, tornou mais aguda essa separação, estabelecendo tendências a uma ruptura. Essas constatações, no entanto, representam apenas um lado da questão de como resolver os obstáculos metodológicos envolvidos.

Biografia do Autor

Lúcia Cony Faria

Professora do Departamento de Geografia do Instituto de Ciências Humanas da Universidade de Brasília e do Centro de Desenvolvimento Sustentável – CDS/UnB.Pesquisadora do Núcleo de Estudos Urbanos e Regionais – NEUR/CEAM/UnB.


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Publicado

2015-05-24

Como Citar

CONY FARIA, L. Visões de mundo, visões da natureza e a formação de paradigmas geográficos. Terra Livre, [S. l.], v. 2, n. 17, p. 99–118, 2015. Disponível em: https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/342. Acesso em: 28 mar. 2024.