A língua brasileira e a configuração do território

as relações de poder entre Nheengatu, o dialeto Caipira e a Língua Portuguesa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.62516/terra_livre.2023.3392

Palavras-chave:

Território, Língua, Poder, Dominação, Brasil

Resumo

A formação do território brasileiro pode ser analisada a partir de diferentes perspectivas, sendo ainda pouco explorada aquela pautada na língua. A pesquisa desenvolvida aqui justifica-se pela fraca produção de estudos abordando a interseção entre a Geografia e o uso da língua como elemento de dominação na constituição de um território. Com recorte temporalmente situado no período pós-1808, quando os interesses portugueses e o papel do Brasil colônia passaram por transformações significativas, objetiva-se refletir sobre a formação territorial brasileira considerando a língua como um importante recurso de dominação para a constituição e legitimação do território. Trata-se de uma discussão teórica com levantamentos junto a fontes bibliográficas e documentais. Conclui-se que a compreensão das relações de poder entre as línguas na formação do território brasileiro não deve ser dissociada do contexto contemporâneo. A luta pela preservação das línguas marginalizadas e o repúdio ao extermínio dos povos indígenas são atos fundamentais na desconstrução das estruturas que perpetuam a dominação.

Biografia do Autor

Osmar Fabiano de Souza Filho, Universidade Estadual de Londrina

Mestre em Geografia. Doutorando em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Estadual de Londrina.

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Publicado

2024-06-14

Como Citar

SOUZA FILHO, O. F. de; VEIGA, L. A. A língua brasileira e a configuração do território: as relações de poder entre Nheengatu, o dialeto Caipira e a Língua Portuguesa. Terra Livre, [S. l.], v. 2, n. 61, p. 360–385, 2024. DOI: 10.62516/terra_livre.2023.3392. Disponível em: https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/3392. Acesso em: 3 jul. 2024.

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