Por uma Geografia do Clima- antecedentes históricos, paradigmas contemporâneos e uma nova razão para um novo conhecimento
Resumo
Este artigo trata da proposição de uma Geografia do Clima, contrapondo-se à noção de uma Climatologia Geográfica. Para tanto, recorrendo aos primórdios da Climatologia no Brasil, buscou-se estabelecer as bases conceituais da incorporação do fenômeno climático à ciência geográfica. Discute-se a revolução paradigmática iniciada por Max Sorre e a proposta de Monteiro, a partir da incorporação da noção de ritmo como novo paradigma para a análise geográfica do clima. Argumenta-se sobre a necessidade de se produzir uma readequação destes conceitos à luz do processo de globalização e mundialização, assumindo os conceitos de apropriação da natureza por uma sociedade estabelecida em classes sociais. Por fim, propõe-se uma discussão que considere uma nova razão para um novo conhecimento do fenômeno climático numa perspectiva social e da valoração dos recursos naturais.