A constituição do planejamento regional como um “modelo estatal de modernização"
sua apropriação pelo Estado brasileiro e suas repercursões na modernização retardatária brasileira
DOI:
https://doi.org/10.62516/terra_livre.2021.2308Palavras-chave:
Planejamento Regional, Modernização Retardatária, Mobilidade do Trabalho, AutonomizaçãoResumo
O objetivo deste trabalho foi discutir como, onde surge e se desdobra o planejamento regional, buscando entender os principais significados e impactos de seu surgimento e propagação pelo mundo no Pós-II Guerra. Fizemos isso a partir de um resgate de um referencial teórico e geo-histórico acerca do planejamento regional. Partindo desde sua conformação enquanto um “modelo estatal de modernização”, na sua difusão nos países latino-americanos, até suas transformações conformadas a partir de sua apropriação na particularidade brasileira. Assim, pudemos entender que esse processo de instalação de um “modelo estatal de modernização” constituiu o modo pelo qual seria feita a “abertura” das regiões, com o discurso da “integração nacional” em direção a uma modernização retardatária na realidade brasileira. De modo que, resultaria na transformação, a partir de processos violentos, das categorias terras, trabalho e capital na particularidade brasileira.
Downloads
Referências
BOECHAT, Cássio Arruda. O colono que virou suco: terra, trabalho, Estado e capital na modernização da citricultura paulista. 2013. Tese de Doutorado (Doutorado em Geografia Humana) - Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana, Faculdade de Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.
BROSE, Markus. TVA e instituições de desenvolvimento regional: contribuições para a história das ideias. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2015.
CALICCHIO, Vera Lúcia & ARAÚJO, Maria Paula Nascimento. Cronologia 1930/1945. Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas/CPDOC, 1976.
DE OLIVEIRA, Nathalia Capellini Carvalho de. A grande aceleração e a construção de barragens hidrelétricas no Brasil. Varia Historia, v. 34, p. 315-346, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-87752018000200003
DINIZ, Clélio Campolina. A questão regional e as políticas governamentais no Brasil. Texto para discussão, v. 159, 2001.
GAUDEMAR, Jean-Paul. de. Mobilidade do trabalho e acumulação do capital. Lisboa, Estampa, 1977.
HALL, Peter. Cidades do amanhã: uma história intelectual do planejamento e do projeto urbanos no século XX. Perspectiva, 2007.
KLUCK, Erick Gabriel Jones. Quando o planejamento vai para o Brejo: a mobilidade do trabalho e o planejamento territorial na modernização do Velho Chico. 2017. Tese (Doutorado em Geografia Humana) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017.
KURZ, Robert. O colapso da modernização. 5ª. Ed. Tradução de Karen Elsabe Barbosa. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
LEITE, Ana Carolina Gonçalves. Acumulação de capital, mobilização regional do trabalho e coronelismo no Brasil. Cuadernos de Geografía-Revista Colombiana de Geografía, v. 23, n. 1, p. 75-92, 2014 DOI: https://doi.org/10.15446/rcdg.v23n1.41087
____________. O campesinato no Vale do Jequitinhonha: da sua formação no processo de imposição do trabalho à crise da (sua) reprodução capitalista. 2015. Tese (Doutorado em Geografia Humana) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.
OLIVEIRA, Francisco de; MAZZUCCHELLI, Frederico. Padrões de acumulação, oligopólios e Estado no Brasil (1950-1976). in: A Economia da Dependência Imperfeita. 2ª ed. Rio de Janeiro: Graal, p. 76-113, 1977.
___________. A questão regional: a hegemonia inacabada. Estudos avançados, v. 7, p. 43-63, 1993. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-40141993000200003
___________. Noiva da Revolução/Elegia para uma Re (li) gião. São Paulo: Boitempo, 2008.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Esta Revista está licenciado sob uma licença
Os Direitos Autorais dos artigos publicados na Terra Livre pertencem ao(s) seu(s) respectivo(s) autor(es), com os direitos de primeira publicação cedidos à Terra Livre.
Os artigos publicados são de acesso público, de uso gratuito, com atribuição de autoria obrigatória, para aplicações de finalidade educacional e não-comercial, de acordo com o modelo de licenciamento Creative Commons 3.0 adotado pela revista.
A Terra Livre está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.
Você é livre para:
- Compartilhar — copie e redistribua o material em qualquer meio ou formato
- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material
- O licenciante não pode revogar essas liberdades, desde que você siga os termos da licença.
Nos seguintes termos:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado , fornecer um link para a licença e indicar se as alterações foram feitas . Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de qualquer forma que sugira que o licenciante endossa você ou seu uso.
- Não Comercial — Você não pode usar o material para fins comerciais .
- ShareAlike — Se você remixar, transformar ou construir sobre o material, você deve distribuir suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos legais ou medidas tecnológicas que restrinjam legalmente outras pessoas de fazer qualquer coisa que a licença permita.