De maçaranduba ao bairro industrial
a produção do espaço urbano e a luta pelo reconhecimento da comunidade tradicional da prainha do Bairro Industrial de Aracaju (SE)
DOI:
https://doi.org/10.62516/terra_livre.2021.2282Palavras-chave:
Espaço Urbano, Pescadores Artesanais, Resistências, Povos e Comunidades TradicionaisResumo
Nos últimos anos, na cidade de Aracaju, o avanço do capital projetou-se, principalmente, sobre a natureza, alijando os Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs). No cenário de pequenos barcos de pesca exprimida pela urbanização, há uma comunidade que vive e faz parte da cultura do bairro industrial há mais de 40 anos. O principal objetivo do presente artigo visa analisar sobre a produção do espado urbano a partir da comunidade de pescadores ribeirinhos/ artesanais da prainha do bairro industrial Aracaju (SE). Como metodologia realizou-se um conjunto de levantamentos e verificação de dados junto a órgãos oficiais, revisão de Estudos e Relatórios de Impacto Ambiental e de Vizinhança (EIAs, RIMAs e RIVs), consulta a partir de leis municipal, estadual, revisão bibliográfica, registros fotográficos, etc. Assim, compreendemos que as especificidades são de acordo com as relações das centralidades constituídas nos lugares da cidade, das práticas vividas neste nível, das diferenças dadas pela constituição da identidade concreta dos sujeitos envolvidos numa luta de classes.
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