Exílio e Geografia profética: deslugarização e relugarização como base da experiência do povo Hebreu na Babilônia ado a partir da Fenomenologia Existencial
DISPLACEZACION AND REPLACEZATION AS THE BASIS OF EXPERIENCE OF EXILE IN A PROPHETIC GEOGRAPHY
DOI:
https://doi.org/10.62516/terra_livre.2021.2209Palavras-chave:
Exílio, Deslugarização, Relugarização, Jerusalém, BabilôniaResumo
O presente artigo trata acerca da experiência do povo judeu com o exílio babilônico no século VII a.C. Buscamos compreender essa experiência de exílio, identificar elementos simbólicos e suas formas de representação espacial. Adotamos a perspectiva fenomenológica que enfoca as experiências dos sujeitos, acessadas nos relatos bíblicos, o que caracteriza este trabalho como prática hermenêutica. Chegamos inicialmente à compreensão de que o exílio é vivenciado por Israel como um ataque ao núcleo de sua Geografia Profética (deslugarização), o que leva à reestruturação da representação que se faz da relação povo-terra. Passa-se de uma Geografia da Habitação para uma Apocalíptica, o que significa a transferência (relugarização) do papel simbólico de Jerusalém como centralidade para o horizonte escatológico. Isso nos chama a atenção para o cuidado que a Geografia científica deve ter para com outras formas de representação, aliadas de nosso fazer geográfico.
Downloads
Referências
CHRISTOFOLETTI, Antônio. As perspectivas dos estudos geográficos. In: CHRISTOFOLETTI, Antônio (org.). Perspectivas da Geografia. São Paulo: Difel, p. 11-36, 1982.
DARDEL, Eric. O homem e a terra: natureza da realidade geográfica. São Paulo: Perspectiva, 2015.
ELIADE, Mircea. O Sagrado e o Profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo - parte 1. Petrópolis: Ed Vozes, 1986.
HOLZER, Werther. Sobre territórios e lugaridades. Revista Cidades, v. 10, n. 17, jan./dez., p. 18-29, 2013. DOI: https://doi.org/10.36661/2448-1092.2013v10n17.12015
HUSSERL, Edmund. Husserliana 9. Phänomenologische Psychologie. Vorlesungen Sommersemester 1925. Ed. Walter Biemel. The Hague: Martinus Nijhoff, 1962.
MERLEAU-PONTY, Maurrice. Fenomenologia da Percepção. 2° Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
MERLEAU-PONTY, Maurrice. Conversas 1948. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
NASCIMENTO, Taiane Flores do.; COSTA, Benhur Pinós da. Fenomenologia e geografia: teorias e reflexões. Geografia, Ensino & Pesquisa, Vol. 20, n.3, set/dez., p. 43-50, 2016. DOI: https://doi.org/10.5902/2236499420152
REINKE, André Daniel. Os outros da Bíblia: fé e cultura dos povos antigos e sua atuação no plano divino. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2019.
SEAMON, D. The Life of the Place:A Phenomenological Commentary OnBill Hillier’s Theory of Space Sytax. In: Nordisk Arkitekturforskning, n. 7, v. 1, p. 33-48, 1994. Disponível: . Acesso em: 17 ago. 2021.
SUESS, Rodrigo Capelle.; LEITE, Cristina Maria Costa. Geografia e fenomenologia: uma discussão de teoria e método. Acta Geográfica, Boa Vista, v.11, n.27, set./dez. de 2017. p.149-171. DOI: https://doi.org/10.18227/2177-4307.acta.v11i27.4409
TUAN, Yi-Fu. Topofilia: um Estudo da Percepção, Atitudes e Valores do Meio Ambiente. São Paulo, DIFEL, 1980.
TUAN, Yi-Fu. Espaço e Lugar: a perspectiva da experiência. Londrina: Eduel, 2013.
WALTON, John.; MATTHEWS, Victor.; CHAVALAS, Mark. Comentário histórico-cultural da Bíblia: Antigo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2018.
WRIGHT, Nicholas Thomas. Salmos: contextos históricos, literário e espirituais para resgatar o significado do hinário do antigo Israel. Thomas Nelson Brasil: Rio de Janeiro, 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Esta Revista está licenciado sob uma licença
Os Direitos Autorais dos artigos publicados na Terra Livre pertencem ao(s) seu(s) respectivo(s) autor(es), com os direitos de primeira publicação cedidos à Terra Livre.
Os artigos publicados são de acesso público, de uso gratuito, com atribuição de autoria obrigatória, para aplicações de finalidade educacional e não-comercial, de acordo com o modelo de licenciamento Creative Commons 3.0 adotado pela revista.
A Terra Livre está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.
Você é livre para:
- Compartilhar — copie e redistribua o material em qualquer meio ou formato
- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material
- O licenciante não pode revogar essas liberdades, desde que você siga os termos da licença.
Nos seguintes termos:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado , fornecer um link para a licença e indicar se as alterações foram feitas . Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de qualquer forma que sugira que o licenciante endossa você ou seu uso.
- Não Comercial — Você não pode usar o material para fins comerciais .
- ShareAlike — Se você remixar, transformar ou construir sobre o material, você deve distribuir suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos legais ou medidas tecnológicas que restrinjam legalmente outras pessoas de fazer qualquer coisa que a licença permita.