ENTRE A ARTICULAÇÃO, A EMANCIPAÇÃO E A COMUNICAÇÃO, O MAPA COMO PROCESSO FORMADOR INSERIDO NA CAMPANHA PERMANENTE CONTRA OS AGROTÓXICOS E PELA VIDA
Resumo
O mapa reflete as intenções de quem o constrói. Como ferramenta especializada serve como legitimador de discursos e distante daqueles que não detém o conhecimento técnico necessário. Desde a década de 1980 busca-se formas de apropriação e ampliação do acesso ao mapa, com articulação de povos e comunidades em seus territórios e também de comunicação crítica, denúncia e reivindicação. A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida, é um movimento que busca denunciar os impactos do uso de agrotóxicos e divulgar alternativas que promovem a vida. Nos anos de 2019 e 2020 a Campanha articulou cursos de formação que contaram com a inserção de oficinas de cartografia social. A partir da definição de uma metodologia de mapeamento coletivo e/ou participativo, as práticas, nos tempos escola e comunidade, possibilitaram a materialização e espacialização de denúncias de conflitos e anúncios de resistência e modos de vida, fortalecendo relações sociais sobre os territórios dos sujeitos e sujeitas participantes e a articulação de redes de resistência em diversas escalas.Referências
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