A dinâmica do clima do Rio Grande do Sul: indução empírica e conhecimento científico

Autores

  • Maria da Graça Barros Sartori Professora Dra. do Departamento de Geografi a - UFSM

Resumo

Por sua localização em zona de transição, o clima do Rio Grande do Sul refl ete a participação de Sistemas Atmosféricos Extratropicais (massas e frentes polares) e de Intertropicais (massas tropicais e Correntes Perturbadas), embora os primeiros exerçam o controle dos tipos de tempo em 90% dos dias do ano, proporcionando também a distribuição mensal e anual das chuvas. Os fatores dinâmicos determinam a gênese do clima e controlam a defi nição e a sucessão dos tipos de tempo e os fatores geográfi cos regionais (altitude, relevo, continentalidade e vegetação) são responsáveis apenas por variações dos valores dos elementos climáticos. Quinze principais tipos de tempo foram identifi cados e reunidos em três famílias, de acordo com sua gênese: Tempos Anticiclonais Polares (6), Tempos associados a Sistemas Intertropicais (3) e Tempos associados às Correntes Perturbadas (6). A sucessão habitual dos tipos de tempo se faz através de ciclos com quatro fases bem características e de duração variável. Por isso, a percepção do tempo pelo homem rural do Rio Grande do Sul, expressa através de ditados/observações/sinais da natureza presentes no seu dia-a-dia, no geral tem sustentação científi ca, pois a maioria das observações explica-se pelo comportamento habitual da circulação atmosférica regional.

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Publicado

2015-08-10

Como Citar

BARROS SARTORI, M. da G. A dinâmica do clima do Rio Grande do Sul: indução empírica e conhecimento científico. Terra Livre, [S. l.], v. 1, n. 20, p. 27–50, 2015. Disponível em: https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/187. Acesso em: 16 abr. 2024.