Desenvolvimento (in)sustentável do Pantanal brasileiro: regionalização e políticas públicas (1970-2018)

Autores

  • Onélia Carmem Rossetto Universidade Federal de Mato Grosso
  • Giseli Dalla Nora Universidade Federal de Mato Grosso http://orcid.org/0000-0002-8890-7832
  • Carlos Hiroo Saito Universidade de Brasilia

DOI:

https://doi.org/10.62516/terra_livre.2020.1812

Resumo

A principal característica do Pantanal é o pulso de inundação, ou seja, as águas recobrem a planície por alguns meses anuais. Tal fenômeno atinge as áreas dos municípios com diferentes intensidades e desse fato depende a sensível biodiversidade e a sociodiversidade pantaneira. Todavia, as políticas públicas regionalizam os municípios de forma homogênea. Diante dessa problemática, a pesquisa teve como objetivo analisar seis programas (1970-2018) e descrever cenários por meio de duas legislações direcionadas ao Bioma Pantanal. Adotou-se como metodologia a análise do conteúdo nas categorias: critérios de regionalização; grau de interferência do pulso de inundação no agrupamento dos municípios; ações desenvolvidas pelas políticas e os impactos socioambientais; inclusão da sociodiversidade na elaboração das ações. Os resultados apontam a necessidade de considerar: altimetria do relevo e interferência do pulso de inundação na biodiversidade e sociodiversidade; visão sistêmica da interação entre planalto e planície; identificação dos serviços ambientais e implantação de política de pagamento ou compensação.   

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Biografia do Autor

Onélia Carmem Rossetto, Universidade Federal de Mato Grosso

Possui graduação em Licenciatura e Bacharelado em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso (1986), Mestrado em Educação - Linha de Pesquisa Educação e Meio Ambiente pela Universidade Federal de Mato Grosso (1997) e Doutorado em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília - Centro de Desenvolvimento Sustentável - UnB-CDS, linha de pesquisa Politica e Gestão Ambiental (2004). Atualmente é Pesquisadora Associada ao Programa de Pós-Graduação em Geografia -PPGEO - Universidade Federal de Mato Grosso/UFMT; Pesquisadora do Grupo de Pesquisas em Geografia Agrária e Conservação da Biodiversidade -GECA/UFMT; Pesquisadora do Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais - ECOSS; No período de 2004-2012 coordenou projetos no Centro de Pesquisas do Pantanal -CPP e no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas - INAU voltados aos aspectos socioambientais da Pesca Profissional Artesanal e da Pecuária no Pantanal.Atualmente é pesquisadora do Banco de Dados da Luta pela Terra - DATALUTA e participa dos Projetos: Avaliação da Aprendizagem para Economia Verde inclusiva -EVI: Mato Grosso, Brasil e Elaboração de metodologia para subsidiar a regularização ambiental e o desenvolvimento de um projeto piloto em assentamento rural do Programa Nacional de Crédito Fundiário em Mato Grosso, ambos apoiado pela Partnership for Action on Green Economy (PAGE) ? an initiative by the United Nations Environment Programme (UNEP), the United Nations Industrial Development Organization (UNIDO) and the United Nations Institute for Training and Research (UNITAR).. Atua nas áreas, a saber: Geografia Agrária; Politica e Gestão Ambiental; Educação Ambiental e Desenvolvimento Local.

Giseli Dalla Nora, Universidade Federal de Mato Grosso

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso (2007), mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso (2008) e doutorado em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso (2018). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Mato Grosso. Líder do grupo de Pesquisas em Geografia Agrária e Conservação da Biodiversidade - GECA. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia, atuando principalmente nos seguintes temas: Planejamento Ambiental; Biogeografia; Educação Ambiental, Turismo, Educação e Ensino.

Carlos Hiroo Saito, Universidade de Brasilia

Professor efetivo, classe Titular, com dupla lotação no Departamento de Ecologia/Instituto de Ciências Biológicas e no Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília. Orienta no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável (nota 7 na área de Ciências Ambientais). Formado em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1985), e Análise de Sistemas pela PUC/RJ (1990), tem mestrado em Educação pela Universidade Federal Fluminense (1990) e doutorado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1996), com ênfase em Geoprocessamento. Conduz trabalhos com uma abordagem interdisciplinar nas linhas de pesquisa de Educação Ambiental, Segurança Hídrica e de Gestão do Território. Foi Presidente da Regional Sul-Americana da Global Water Partnership-GWP de 2018-2019. Co-editor responsável pela Revista Sustentabilidade em Debate. Coordenador-executivo do projeto INCT ODISSEIA - Observatório das dinâmicas socioambientais: Sustentabilidade e adaptação às mudanças climáticas, ambientais e demográficas. É parecerista de diversas revistas internacionais e nacionais.

DESENVOLVIMENTO (IN)SUSTENTÁVEL DO PANTANAL BRASILEIRO: REGIONALIZAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS (1970-2018)

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Publicado

2020-09-27

Como Citar

ROSSETTO, O. C.; NORA, G. D.; SAITO, C. H. Desenvolvimento (in)sustentável do Pantanal brasileiro: regionalização e políticas públicas (1970-2018). Terra Livre, [S. l.], v. 1, n. 54, p. 434–476, 2020. DOI: 10.62516/terra_livre.2020.1812. Disponível em: https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/1812. Acesso em: 21 dez. 2024.

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