CIDADES INDUSTRIAIS E CIDADES PÓS-INDUSTRIAIS: BREVE ANÁLISE BIBLIOGRÁFICA DO TEMA

Resumo

Apreender as relações entre a evolução dos sistemas produtivos e a reestruturação urbana implica a compreensão da emergência de novas espacialidades, considerando os vários aspectos que nelas interagem. Sem qualquer pretensão de esgotar o assunto, vimos, neste trabalho<1>, uma oportunidade para a realização de uma síntese de algumas contribuições teóricas que, do nosso ponto de vista, lançam importantes luzes para seu aprofundamento.
O tema será introduzido com uma problematização do termo “pós-industrial”. Identificando o termo “pós” com uma situação de rupturas, chamaremos atenção para a existência, na atualidade, de uma dialética entre continuidades e descontinuidades no processo e nas formas organizativas das cidades em sua relação com a produção.
Com base em Soja, levantaremos aspectos de quatro períodos de evolução do urbano que nos informam sobre características das cidades industriais. Discutiremos as principais características do modelo de produção fordista, das formas contemporâneas de produção flexível e da organização social correspondente a esses modelos, enfatizando o papel do Estado na regulação da vida e do urbano e os impactos na organização territorial urbana.
Apresentaremos aspectos condicionantes da formação de novas espacialidades urbanas na atualidade, enfatizando as principais características das modalidades de cidades categorizadas por alguns autores como “cidades pós-industriais”.