A Geografia do Endividamento

uma ritmanálise da precarização e da violência

Autores

Palavras-chave:

geografia, endividamento, Gênero, interseccional, violência

Resumo

Esta pesquisa enquadra o endividamento como uma dimensão da violência, silenciosa e sistêmica. Com enfoque no endividamento imobiliário, busca reconhecer a geografia do endividamento imobiliário, identificando dinâmicas da produção do espaço urbano responsáveis tanto por constituir territórios potenciais da dívida quanto por interferir na velocidade de retomada de bens imóveis. Metodologicamente, a coleta de dados de leilões nos possibilita identificar e analisar os contextos de endividamento e expulsão na urbanização metropolitana. A abordagem de método nos faz acionar a ritmanálise para refletir sobre os ritmos de precarização do trabalho associados aos ritmos de pagamento das dívidas, resultando em uma composição cotidiana de jornadas de trabalho intensificadas e ampliadas, analisadas aqui a partir da identificação das patologias rítmicas. Diferentes legislações ampliaram o crédito aos consumidores, garantindo maior segurança aos credores e maior vulnerabilidade aos devedores. Desigualdades de renda e de ocupação, quando associadas à regulamentação da mulher chefe de família em programas habitacionais, demandam uma análise interseccional, uma vez que há assimetria na condição de exposição à dívida.

Biografia do Autor

Flavia Elaine da Silva Martins, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Professora Graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense (UFF). Doutorado em Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo (USP)

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Publicado

07/02/2024

Como Citar

Elaine da Silva Martins, F. (2024). A Geografia do Endividamento: uma ritmanálise da precarização e da violência. Boletim Campineiro De Geografia, 13(2), 389–407. Recuperado de https://publicacoes.agb.org.br/boletim-campineiro/article/view/3285

Edição

Seção

Dossiê "Território e neoliberalismo nas formações socioespaciais periféricas"