A GEOGRAFIA ESCOLAR E A CONSOLIDAÇÃO DO PROJETO EDUCACIONAL EDUCACIONAL NEOLIBERAL NO BRASIL
Palavras-chave:
Currículo, Ensino de Geografia, Parâmetros Curriculares, Neoliberalismo, Política EducacionalResumo
O presente artigo é resultado dos estudos que desenvolvi durante a realização de meu curso de doutoramento em Geografia na Universidade de São Paulo. As análises por mim realizadas levaram-me a concluir que o currículo prescrito pelo governo brasileiro para o ensino de geografia, presentes nos chamados Parâmetros Curriculares Nacionais, resulta da necessidade de fazer com que a escola e essa disciplina venham a atender as novas demandas postas pelo capitalismo. Neste momento em que as idéias neoliberais promovem uma colonização da educação e do currículo, as geografias escolares de fundamentação positivista ou dialética, que se fazem presentes nas salas de aula, tornaram-se entrave para o cumprimento do novo papel que se espera da escola. Para lhes contrapor, uma nova geografia escolar foi selecionada pelo estado para ser veiculada no interior das escolas. Meus estudos me fizeram crer que esta nova geografia tem sido imposta tanto aos(às) educadores(as) que atuam na educação básica, quanto aos(às) que atuam na formação dos(as) novos(as) educadores(as). Não foram esquecidos(as), também, os(as) editores(as) e autores(as) de livros didáticos. Através de diferentes mecanismos e ações desencadeadas desde o Ministério da Educação e do Desporto, a nova geografia escolar começa a penetrar nas salas de aula brasileiras, fazendo com que os(as) alunos(as) tomem contato com o novo conhecimento oficial que o estado neoliberal que ver impregnando suas consciências.
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