Em busca de uma Geografia Latino-Americana Crítica ou por uma Geografia Mestiça
Palavras-chave:
América Latina, Geografia Crítica, Geografia Mestiça, Epistemologia.Resumo
Após tomar conhecimento da identidade de América Latina, da europeização histórica da interpretação dos estudos, nas Ciências Sociais e na geografia em particular, ao longo transcurso do tempo, em 2005, na organização do X EGAL, esboçamos a possibilidade de começar a pensar na realização de uma Geografia Crítica Mestiça. Ao questionar a colonialidade do saber, de ver como se aplicavam teorias e conceitos, paradigmas que não nos dizem ao respeito, nos interessamos por estudar de outra forma a nossa realidade. Isto nos traz a necessidade de repensar constantemente a nossa disciplina, se livrar de posições ideológicas, e compreender ela é complexa e interdisciplinar. O conteúdo desse trabalho procura sustentar uma geografia crítica preocupada com América Latina, com a sua identidade mestiça e fazer um diálogo da sociedade com a natureza e sem ignorar que a formação socioespacial é produto desse diálogo. Com Boaventura Souza Santos aprendemos que há outros paradigmas, outros critérios de interpretar as ciências e em nosso caso, o espaço geográfico. No novo paradigma da chamada "Ciência Pós-Moderna", o conceito de totalidade é a base dos estudos se chegar a uma visão de indivisibilidade, assim como de todo conhecimento científico procura constituir-se em senso comum. A partir desses conteúdos teóricos, entramos a escrever da identidade de América Latina e sua materialidade mestiça. Nos dias atuais pelas circunstancias históricas, é muito necessário aprofundar a essência do ser mestiço. Finalmente, trabalhamos sustentados nos conceitos de Milton Santos o que seria escrever trabalhos, estudos, talvez teses a partir de uma geografia crítica latino-americana.Referências
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