OS MODOS DE PENSAR NA GEOGRAFIA HUMANA

Abstract

Bons mestres e bons livros já muito aconselham os geógrafos para que renunciassem às explicações simplistas. Suficientemente advertidos, não se cansam eles de assinalar a complexidade dos fenômenos em que participam as sociedades humanas. Tais advertências são reiteradas aos principiantes para que evitem os caminhos estreitos e os limitados até onde os conduziria uma observação parcial ou unilateral dos fatos. Abramos dois dos “breviários” de nossos estudantes: é Max Sorre quem, esforçando-se por esclarecer a noção de gênero de vida, escreve que é ela “extremamente rica porque abarca a maior parte, senão a totalidade das atividades humanas” e “os elementos espirituais aparecem ao lado dos elementos materiais mais acessíveis”; é também André Cholley lembrando aos geógrafos iniciantes que, nesta mesma noção de gênero de vida, “os fatores de ordem moral e psicológica ocupam um lugar pelo menos tão importante quanto os elementos materiais”.