Concentrações de ozônio troposférico na Região Metropolitana de São Paulo e a implementação de parques urbanos: observações e modelagem

Authors

  • Julio Barboza Chiquetto Depto. de Geografia - FFLCH/USP
  • Rita Yuri Ynoue IAG-USP, depto de Ciências Atmosféricas
  • William Cabral-Miranda Depto de Geografia, FFLCH-USP
  • Maria Elisa Siqueira Silva Depto de Geografia, FFLCH-USP

Keywords:

poluição atmosférica, ozônio, RMSP, parques urbanos, monitoramento ambiental

Abstract

A poluição do ar nas grandes metrópoles constitui um desafio complexo e importante, e a construção de parques urbanos impacta positivamente a qualidade de vida nestes ambientes. Na Região Metropolitana de São Paulo, a emissão de poluentes por veículos, influenciada pelo uso do solo, interage com a atmosfera, resultando em significativas variações espaciais e temporais das suas concentrações na escala intraurbana. Altas concentrações de ozônio, formado a partir de reações entre a emissão de poluentes precursores e a radiação solar, são recorrentes. Buscou-se compreender como a construção de um parque poderia afetar a poluição do ar em escala local. Dados da estação Terminal Parque D. Pedro II (PQDP) – urbana veicular e da estação Ibirapuera – background urbano – da CETESB foram utilizados para construção de ciclos diurnos no período 1996-2011. A inclusão de um parque urbano na RMSP foi considerada com o uso do modelo atmosférico WRF/Chem para o período 28/01-02/02/2014. Os resultados indicam maiores concentrações de ozônio na estação Ibirapuera. Na estação PQDP, observa-se maiores concentrações de poluentes associados a veículos. Observa-se diminuição significativa dos poluentes veiculares na localidade a 50 metros das principais avenidas (PQDP2) em relação à localidade a 5 metros (PQDP1), porém, com aumento de 14 µgm-3 na concentração máxima de ozônio. As simulações no modelo WRF/Chem indicam diminuição dos poluentes veiculares e aumento de 12 µgm-3 na concentração média de ozônio na área do Parque Oratório em relação à simulação controle, demonstrando a interação entre emissão de poluentes, radiação solar e brisa marítima. Conclui-se que o aumento de ozônio pode ocorrer em situações onde parques substituam áreas caracterizadas por poluição veicular, o que deve ser considerado cuidadosamente pelas autoridades locais de saúde e planejamento urbano.

Author Biographies

Julio Barboza Chiquetto, Depto. de Geografia - FFLCH/USP

Graduação em Geografia - FFLCH/USP - TGI: a evolução histórica da poluição atmosférica medida na região metropolitana de São Paulo, de 1973 a 2005

Mestrado em Geografia Física FFLCH/USP - climatologia - Padrões atmosféricos associados a concentrações de ozônio na região metropolitana de São Paulo

Doutorado em Geografia Física FFLCH/USP - climatologia - A distribuição espacial da concentração de ozônio troposférico associada ao uso do solo na região metropolitana de São Paulo

 

Rita Yuri Ynoue, IAG-USP, depto de Ciências Atmosféricas

Meteorologia, poluição atmosférica

William Cabral-Miranda, Depto de Geografia, FFLCH-USP

Geografia Física - Cartografia

Maria Elisa Siqueira Silva, Depto de Geografia, FFLCH-USP

Geografia Física - Climatologia

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Sites consultados:

CETESB (www.cetesb.sp.gov.br).

QUALAR (http://qualar.cetesb.sp.gov.br/qualar/home.do

Published

2017-01-06

How to Cite

Chiquetto, J. B., Ynoue, R. Y., Cabral-Miranda, W., & Silva, M. E. S. (2017). Concentrações de ozônio troposférico na Região Metropolitana de São Paulo e a implementação de parques urbanos: observações e modelagem. Boletim Paulista De Geografia, (95), 1–24. Retrieved from https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/668

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