A PRODUÇÃO CIENTÍFICA GEOGRÁFICA E A IMPLEMENTAÇÃO DA OBRIGATORIEDADE DA DISCUSSÃO ÉTNICO-RACIAL NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.61636/bpg.v1i111.3080

Palavras-chave:

Epistemologia, Relações étnico-raciais, Leis 10.639/03 e 11.645/08, Educação geográfica

Resumo

Toda produção científica é marcada por privilégios, fruto dos embates de poder em um determinado campo de saber. O privilégio da branquitude é um dos mais evidentes na produção de conhecimento que tem sido enfrentado pela obrigatoriedade da inserção da história e cultura afro-brasileira nos currículos da educação no Brasil, por meio das Leis 10.639/03 e 11.645/08. Este artigo tem como objetivo compreender como a geografia brasileira contemplou a implementação da obrigatoriedade da discussão étnico racial no ensino. Para cumprir tal meta de pesquisa, foi realizado um levantamento das respectivas leis no Observatório da Geografia Brasileira (OGB) que atualmente está composto de 28.823 artigos, oriundos de 98 revistas on-line da área da Geografia que cobre um período temporal de 1939-2020 e estão classificadas pelo Sistema Qualis-CAPES (quadriênio 2013-2016). Foram encontrados apenas 39 artigos que abordam o tema, sendo eles produzidos majoritariamente por geógrafos negros, oriundos de instituições públicas do sudeste, sul e centro-oeste. Tal produção é recente e as referências bibliográficas são predominantemente masculinas, havendo apenas uma mulher ocupando centralidade no conjunto de referências dos artigos.

Biografia do Autor

Adir Fellipe Silva Santos, UEPG

Doutorando de Geografia, no Programa de Pós-graduação em Geografia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, Paraná. Possui Mestrado em Gestão do Território pela mesma instituição e licenciatura em Geografia, também pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Membro do Grupo de Estudos Territoriais (GETE/UEPG) e do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Geografia Regional da África e da Diáspora (NEGRA/UERJ). Com produção sobre os temas: Epistemologia da Geografia, Geografia das Racialidades, Comunidades Quilombolas e educação étnico-racial.

Felipe Eduardo Melo dos Santos, UEPG

Acadêmico de Licenciatura em Geografia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Integrante do Grupo de Estudos Territoriais (GETE). Tem interesse em: Epistemologia da Geografia, Epistemologia da Ciência, Geografia das Juventudes e Geografia das Sexualidades

Joseli Maria Silva, UEPG

Atualmente é pesquisadora sênior da Universidade Estadual de Ponta Grossa, docente do Programa de Pós-graduação em Geografia da UEPG (Mestrado e Doutorado). Editora chefe da Revista Latino-americana de Geografia e Gênero desde 2010. Desde 2003 coordena o Grupo de Estudos Territoriais e com trabalhos extensionistas participa da ONG Renascer direitos humanos LGBT desde 2006. É representante do Brasil na União Geográfica Internacional - Seção Gênero desde 2011 e é membro da Comissão de Coordenação da Rede Ibero-Latinoamericana de Geografia Gênero desde 2010. Bolsista PQ-2 CNPQ. Organizou 10 obras na área de Geografias Feministas e das Sexualidades no Brasil e é uma das organizadoras do "The Routledge International handbook of Gender and Feminist Geographies" elaborado com pesquisadores da Inglaterra, Estados Unidos, Nova Zelândia e Índia.

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Publicado

2023-11-18

Como Citar

Lisboa da Silva, C. C., Santos, A. F. S., Santos, F. E. M. dos, & Silva, J. M. (2023). A PRODUÇÃO CIENTÍFICA GEOGRÁFICA E A IMPLEMENTAÇÃO DA OBRIGATORIEDADE DA DISCUSSÃO ÉTNICO-RACIAL NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA. Boletim Paulista De Geografia, 1(111), 167–185. https://doi.org/10.61636/bpg.v1i111.3080