The advance of neoliberalism in the Brazilian cerrado in the face of socio-environmental conflicts
DOI:
https://doi.org/10.54446/bcg.v13i2.3288Keywords:
Matopiba, land grabbing, common, conflict, neoliberalismAbstract
The objective of this text is to analyze a fragment of the Brazilian agricultural frontier, known as cerrado do centro-norte. This region has been arousing great interest from capital, gaining strength especially since the 2000s, with the abrupt interest of economic groups in land apropriation - often public or belonging to traditional communities. Such land appropriation, discussed based on the concept of land grabbing, together with the entire material and immaterial structure of neoliberalism, deepened in the cerrado do centro-norte region, which participates in the broad global process of capital reproduction. The new rationality and generalized competition is increasingly intertwined in the region, where we highlight two major processes of appropriation of common goods, fundamental for the reproduction of capital: via the scientific-informational globalization of agriculture and via the financialization of nature. These processes did not, however, mean passive acceptance on the part of local populations, who resist the onslaught of capital and the appropriation of common goods, seeking to defend their territories.
References
AB’SÁBER, A. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
ALVES, V. E. L.: modernização e exclusão. Agrária, São Paulo, nos 10/11, p. 73-98, 2009.
ALVES, V. E. L. “Agronegócio, apropriação dos recursos naturais e avanço dos impactos socioambientais nos cerrados do centro-norte do Brasil (Matopiba)”. In: ALVES, V. E. L. Do Sertão à Fronteira Agrícola: o espaço geográfico brasileiro em transformação. Rio de Janeiro: Consequência Editora, 2022, p. 279-312.
ALVES, V. E. L. NÓBREGA, M. L. C. Os novos desafios das populações agroextrativistas na Amazônia diante da instalação da Empresa Suzano Papel e Celulose na região tocantina Maranhense. Revista Espaço e Geografia, v.21, no.1, 2018.
BARBOSA, A. S. Sistema Biogeográfico do Cerrado. Alguns elementos para sua caracterização. Goiânia: Ed. UCG, 44 p., 1996.
BOECHAT, C. TOLEDO, C. A. PITTA, F. T. “Land Grabbing e crise do capital: possíveis intersecções dos debates”. In: BOECHAT, C. A. (Org.). Geografia da crise no agronegócio sucroenergético: land grabbing e flex crops na financeirização recente do campo brasileiro. Rio de Janeiro: Consequência, 2020, p. 25-56.
CASTILLO, R. Agronegócio e Logística em Áreas de Cerrado: expressão da agricultura científica globalizada. Revista da ANPEGE, v. 3, n. 03, p. 21-27, 2007.
CASTILLO, R. FREDERICO, S. Espaço geográfico, produção e movimento: uma reflexão sobre o conceito de circuito espacial produtivo. Sociedade & Natureza, v. 22, p. 461-474, 2010.
DARDOT, P. LAVAL, C. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo: Editora Boitempo, 402 p, 2016.
DARDOT, P. LAVAL, C. Comum: ensaio sobre a revolução no século XXI. São Paulo: Boitempo, 2017.
DE ALMEIDA, A. W. B. JÚNIOR, E. A. F. (Ed.). Povos e comunidades tradicionais: nova cartografia social. UEA edições, 2013.
DELGADO, G. C. “Questão agrária e capital financeiro na agricultura brasileira”. In: FAVERO, C. A. FREITAS, C. E. S. TORRES, P. R. (orgs.). Distopias e utopias: entre os escombros do nosso tempo. Salvador: EDUFBA, 2020
ELIAS, D. Globalização, Agricultura e Urbanização no Brasil. Acta Geográfica, p. 13-32, 2013.
FREDERICO, S. Agricultura científica globalizada e fronteira agrícola moderna no Brasil. Confins. Revue franco-brésilienne de géographie/Revista franco-brasilera de geografia, n. 17, 2013.
GIARRACCA, N. A. TEUBAL, M. Disputas por los territorios y los recursos naturales: el modelo extractivo. 2010.
HAESBAERT, R. Des-territorialização e Identidade: a Rede Gaúcha no Nordeste. Niterói: EdUFF, 1997.
HARVEY, D. O novo imperialismo. São Paulo: Edições Loyola, 2004.
HARVEY, D. O enigma do capital: e as crises do capitalismo. Trad. João. Alexandre Peschanski. São Paulo: Boitempo, 2011.
KLUCK, E. “O reverso da medalha ambiental: green grabbing e as novas práticas de apropriação de terra no Matopiba”. In: ALVES, V. E. L. Do Sertão à Fronteira Agrícola: o espaço geográfico brasileiro em transformação. Rio de Janeiro: Consequência Editora, 2022, p. 195-231.
KORTING, M. S. LIMA, D. A. SOBREIRO FILHO, J. Brazilian Agricultural Frontier: Land Grabbing, Land Policy, and Conflicts. IDS Bulletin, v. 54, n. 1, 2023.
LIMA, D. A. Terra, trabalho e acumulação: o avanço da soja na região Matopiba. Tese Doutorado em Geografia, Universidade Estadual de Campinas, 2019.
LIMA, D. A. “Matopiba como região de violência a partir das ações do Estado e a expropriação de povos e comunidades tradicionais na fronteira”. In: ALVES, V. E. L. Do Sertão à Fronteira Agrícola: o espaço geográfico brasileiro em transformação. Rio de Janeiro: Consequência Editora, 2022. Pp. 233-256.
LIMA, D. A. GUITARRARA, P. ALVES, V. E. L. O interesse das empresas chinesas no Brasil: infraestrutura, commodities e mercado de terras na Região Matopiba. Boletim Campineiro de Geografia, 2020, 10(2), 373–393.
MARQUES, M. I. LIMA, D. A. The expansion of agribusiness and territorial conflicts in the Cerrado of Central-North Brazil: The pillaging of land, water and native vegetationIn: Anthias, P., & López Flores, P.C. (Eds.). Neoextractivism and Territorial Disputes in Latin America: Social-ecological Conflict and Resistance on the Front Lines, 2023.
MARTINS, J. de S. O cativeiro da terra. São Paulo: Editora Contexto, 2010.
NETO, W. G. Estado e Agricultura no Brasil (política agrícola e modernização econômica brasileira 1960-1980). São Paulo, Hucitec, 1997.
NÓBREGA, M. L. C. Geografias das resistências: batalhas camponesas do século XXI nas Regiões do Bico do Papagaio e Cerrados Sul Maranhenses. Tese de doutoramento, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)/Instituto de Geociências (IG), Campinas, SP: [s.n.], 2020.
OLIVEIRA, A. U. de. A Geografia Agrária e as Transformações Territoriais Recentes no Campo Brasileiro. In: CARLOS, A. F. A. (org.). Novos Caminhos da Geografia. São Paulo: Contexto, 2022, pp.63-110.
OSTROM, E. Governing the commons: The evolution of institutions for collective action. Cambridge university press, 1990.
OSTROM, E. Reformulating the commons. Ambiente & sociedade, p. 5-25, 2002.
PITTA, F. T. MENDONÇA, M. L. A empresa Radar S/A e a especulação com terras no Brasil. São Paulo: Editora Outras Expressões, 2015.
PLOEG, J. D. van der. Camponeses e impérios alimentares: lutas por autonomia e sustentabilidade na era da globalização. Trad. Rita Pereira. Porto Alegre: UFRGS, 2008.
RAMOS, J. Una estrategia de desarrollo a partir de los complejos productivos en torno a los recursos naturales. Revista de la CEPAL, 1998.
SANTOS, M. O retorno do território. In: SANTOS, M.; SOUZA, M. A. A.; SILVEIRA, M. L. (orgs.). Território, globalização e fragmentação. São Paulo: Editora Hucitec/ANPUR, pp. 15-20, 1994.
SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro/São Paulo: Editora Record, 2000.
SANTOS, M. O espaço dividido: os dois circuitos da economia urbana nos países subdesenvolvidos. São Paulo: Edusp, 2004 [1979].
SASSEN, S. Expulsões. brutalidade e complexidade na economia global. Trad. Angélica Freitas, Rio de Janeiro, Editora Paz & Terra, 2016.
SILVA, A. A. et al. Green Grabbing in the Matopiba Agricultural Frontier. IDS Bulletin, v. 54, n. 1, 2023.
TRALDI, M. Os impactos socioeconômicos e territoriais resultantes da implantação e operação de parques eólicos no semiárido brasileiro. Scripta Nova, v. 22, n. 589, p. 1-34, 2018.
VELHO, O. G. Frentes de expansão e estrutura Agrária: o processo de Penetração numa área da Transamazônica. Manaus. UEA Edições, 2013.
VIEIRA, F. P. LEAL NÓBREGA, M. C. LIMA, D. A. Dona Francisca: Entre Cabaças, Caminhos De Luta e Sementes de Resistência. Revista NERA, v. 22, n. 47, 2019.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2024 Boletim Campineiro de Geografia
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A revista é regida pela licença Creative Commons - Atribuição 4.0.