Uma Geografia da pobreza urbana: informalidade e precarização do trabalho

Autores

  • Tatiana Tramontani Ramos UFF-Campos

DOI:

https://doi.org/10.54446/bcg.v4i1.124

Resumo

Neste artigo refletiremos a respeito das possíveis conexões entre a reestruturação do modelo produtivo vigente até os anos 1970 e as transformações no mundo do trabalho verificadas a partir dessa década, tanto nos países centrais, quanto nos países semiperiféricos, como o Brasil. Nessa reflexão faremos uma análise crítica do processo de precarização do trabalho, buscando elementos que ajudem a evidenciar as reais consequências dessa reestruturação para o mercado de trabalho em seus contextos específicos, em especial para os processos de informalização e (hiper)precarização do trabalho urbano. Elegemos para essa análise a “teoria dos dois circuitos” de Milton Santos (1979), a qual, apesar de não ter se ocupado diretamente da informalização e da precarização da economia e do trabalho, tem sido uma referência para a temática de análise por dois motivos: 1) estabelecer uma distinção efetiva entre o circuito inferior e a informalidade em sentido amplo, ou o trabalho informal, de forma mais restrita; 2) reforçar a ideia de que a análise econômica da sociedade destacou predominantemente, e até pouco tempo, o circuito superior, característica que contaminou, por assim dizer, as análises geográficas que têm como norte a economia e suas atividades.

Biografia do Autor

Tatiana Tramontani Ramos, UFF-Campos

Tem experiência na área de Geografia Humana, com ênfase em Geografia Econômica, Urbana e da Indústria. Atuou ou vem atuando principalmente nos seguintes temas: Nova economia, reestruturação produtiva, relações de trabalho e suas transformações, precarização no mundo do trabalho, hiperprecarização e, mais recentemente, o direito à cidade, gestão democrática do espaço urbano, ativismos e movimentos sociais. É Doutora em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2012), Mestre em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (2005), Bacharel (2003) e Licenciada (2002) em Geografia pela Universidade Federal Fluminense. Atualmente é Professora Adjunta I do Departamento de Geografia da Universidade Federal Fluminense; UFF - Campos dos Goytacazes.

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Publicado

30/04/2014

Como Citar

Ramos, T. T. (2014). Uma Geografia da pobreza urbana: informalidade e precarização do trabalho. Boletim Campineiro De Geografia, 4(1), 7–26. https://doi.org/10.54446/bcg.v4i1.124

Edição

Seção

Artigos