A GEOGRAFIA: ENSINO E INVESTIGAÇÃO DIDÁTICA NUM PAÍS EUROPEU PERIFÉRICO

Autores

  • Sérgio Claudino Instituto de Geografia e Ordenamento do Território -Universidade de Lisboa

Palavras-chave:

Geografia, Reformas Curriculares, Autoridades Educativas, Investigação, Didática, Cidadania

Resumo

A evolução do ensino de Geografia em Portugal revela uma disciplina fortemente instrumentalizada pelo poder político e que adquire maior relevância quando se mobiliza em torno dos grandes projetos sociais da época, como sucedeu na segunda metade do século XIX. Após a perda do império colonial, o ensino da Geografia apostou, sucessivamente, na identificação com o próprio país e com a Europa. As tentativas de inovação didática ditadas pelas autoridades governamentais têm fracassado, o que demonstra que a inovação metodológica é feita com os atores educativos e não à margem destes. A investigação didática é reduzida, sendo desenvolvida pelos docentes universitários que trabalham na formação de professores. Em 2007, as autoridades unificaram a formação de professores de Geografia e de História, o que aponta para a integração das duas disciplinas, ao mesmo tempo que a formação acadêmica exigida é mínima - o poder político prepara-se para desvalorizaras duas disciplinas. A contestação a esta medida deu origem a uma petição pública nacional dos professores de História e de Geografia. Os novos desafios ao ensino de Geografia passam pela valorização das novas tecnologias e pela resposta aos apelos de participação cidadã nas tomadas de decisão publica - um desafio a partilhar no espaço mais alargado da Iberoamérica, que comunga de uma tradição cultural e de problemas sociais comuns. 

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Publicado

2017-05-19

Como Citar

Claudino, S. (2017). A GEOGRAFIA: ENSINO E INVESTIGAÇÃO DIDÁTICA NUM PAÍS EUROPEU PERIFÉRICO. Boletim Paulista De Geografia, (90), 119–136. Recuperado de https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/811

Edição

Seção

Artigos