A EXPECTATIVA DA FINITUDE:

AFETO E PERFORMANCE À SOMBRA DO PORVIR

Autores

DOI:

https://doi.org/10.61636/bpg.v1i110.3109

Palavras-chave:

Afeto, Performance, Finitude, Arranjo espacial

Resumo

Este trabalho baseia-se em pressupostos mais-que-representacionais e propõe uma reflexão sobre como a expectativa da morte interfere no afeto e na performance humana, trazendo repercussões importantes para o arranjo do espaço. De forma mais detida, parte-se da natureza duplamente localizada do afeto, intermediada pelo campo relacional entre corpos e o subconsciente, para propor a descrição de expressões primárias e secundárias da finitude. Destacamos que estas expressões interagem ativamente, e aludem tanto à dimensão das relações estabelecidas pelos indivíduos frente às estruturas funcionalmente ligadas à morte - exemplificadas aqui a partir da sua disposição no tecido urbano de Salinas-MG -, e também à dimensão subconsciente do afeto. Nossa metodologia inclui uma análise da temporalidade afetada pela experiência do passado e pela expectativa do porvir, o que dialoga diretamente com os pressupostos das chamadas geografias espectrais, entendidas como um conjunto de abordagens mais-que-representacionais que utilizam do afeto entre temporalidades como uma forma importante de ler a geografia do que acontece. Concluímos que a expectativa da finitude é um constituinte indissociável da existência, apresentando-se como uma das mais poderosas forças que se corporificam nas performances, trazendo repercussões muito relevantes para o arranjo paisagístico e, ao mesmo tempo, se apresentando como forças que continuam a afetar a experiência de cada um de nós.

Biografia do Autor

Leonardo Luiz Silveira da Silva, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais

Graduado em Geografia (2002) pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e especializado (lato sensu) em Gestão de Políticas Sociais (2006) pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-MG). Mestre em Relações Internacionais pela PUC-MG (2011) e Doutor em Geografia - Tratamento da Informação Espacial (2016) pela PUC-MG. Concluiu estágio Pós-Doutoral (2018-2019) no departamento de Geografia da PUC-MG, sob supervisão do Professor Dr. Alexandre Magno Alves Diniz. Seus temas de interesse estão ligados à Geopolítica, à Epistemologia da Geografia, à Geografia Cultural (ênfase nas abordagens mais-que-representacionais) e aos Estudos Regionais (ênfase nos estudos de fronteiras). Foi professor da rede particular de ensino de Belo Horizonte entre 2003 e 2016. Atualmente é professor do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG), Campus Salinas. 

Alfredo Costa, Instituto Federal do Rio Grande do Sul

Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS). É Bacharel em Geografia (UFMG), Licenciado em Geografia (UNIFRAN), Especialista em Docência na Educação Profissional e Tecnológica (IFNMG), Mestre em Análise e Modelagem de Sistemas Ambientais (UFMG), e Doutor em Geografia (UFMG). Tem experiência de ensino, pesquisa e extensão em geografia regional e aplicada, na interface entre população, economia e meio-ambiente; e em educação profissional e tecnológica, com ênfase em projetos para desenvolvimento de materiais didáticos acessíveis para turmas de ensino técnico integrado ao ensino médio. É coordenador do HEFESTO - Laboratório de geoprodutos, gamificação e ensino inclusivo de geografia.

Carlos Magno Santos Clemente , Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais

Doutor pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Senso em Geografia-Tratamento da Informação Espacial daPUC -MG. Graduado em Geografia e mestrado pela Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES.Participou do projeto Conservation policy impacts in Tropical Dry Forest: regional and spatially focused analysesgiven other social and natural drivers of land use north of Minas Gerais. Foi integrante do projeto Centro deEstudos de Convivência com o Semiárido - CECS (fase I e II). Trabalhou no Instituto Estadual de Floresta - IEF(MG) no setor de Monitoramento da Vegetação e Geoprocessamento - GEOMOG. Integrou a Coordenação dossetores de Sensoriamento Remoto e Sistema de Informação Geográfica - SIG do processo de atualização debases cartográficas da cidade de Montes Claros (MG). Trabalhou na constituição de bases cartográficas para oPlano Diretor do município de Montes Claros (MG). Participou do Plano de Ação Nacional para Conservação dosPeixes Rivulídeos Ameaçados de Extinção (PAN) Rivulídeos (Bacia do rio das Rãs - BA). Foi coordenador do laboratório de Geoprocessamento e do Observatório UniFG doSemiárido Nordestino (Cento Universitário FG - UniFG). Atualmente é professor do Instituto Federal Norte de Minas - IFNMG (Campus Salinas). Atua nas seguintes áreas: Aplicações do Geoprocessamento nos estudos socioambientais 

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Publicado

2023-10-08

Como Citar

Silva, L. L. S. da, Costa, A., & Clemente , C. M. S. (2023). A EXPECTATIVA DA FINITUDE:: AFETO E PERFORMANCE À SOMBRA DO PORVIR. Boletim Paulista De Geografia, 1(110), 211–232. https://doi.org/10.61636/bpg.v1i110.3109