COMPLEXO DE ODISSEU: UMA GEOGRAFIA EXISTENCIAL DO DESLOCAR E DO PERTENCER
Palavras-chave:
Pensamento geográfico, Fenomenologia, Epistemologia, Homero.Resumo
O presente trabalho traz uma perspectiva atenta sobre as relações entre o Espaço e a Existência, sendo encontrado em Odisseu, um personagem da literatura homérica, uma relevante ilustração do funcionamento dessa realização de dependência humana para com os lugares e sua necessidade de movimento entre eles. Assim, nota-se que Odisseu se molda por motivações que constroem o Ser-no-Mundo, formulando a condição do Ser-com, e o Mundo-no-Ser, produzindo a condição do Ser-em – temos aqui conceituações heideggerianas que estruturam a análise, adequando para o devido personagem arquétipo de um inconsciente coletivo. Essas proposições se mostram universais temporalmente e espacialmente, dado uma revisão histórica da relação do Homem e o Espaço, no caso do Odisseu – ao negar a passagem para a imortalidade e o afastamento das relações entre semelhantes –, explicitam essas características da existência geográfica, nos dando a perceber como síntese desta dialética a formulação de um Eu geográfico, imbuído em um sistema de movimentos, relativos ao Espaço, onde em Provações e Disputas produzidas em Lugares e entre Lugares impulsionam as máximas: o desejo de se deslocar e o desejo de pertencer; relações indissociáveis para com o viver meio as possibilidades espaciais. Essa união se auto produz e constrói a condição humana espacial que afirma a existência imersa em uma realidade geográfica a partir de um Complexo de Odisseu.Referências
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