Raciocínio geográfico, cartografia temática e ensino de cidade

Resumo

O emprego da expressão “raciocínio geográfico” e a indicação da cartografia enquanto linguagem fundamental para a consecução do intento de promover esse tipo de raciocínio, considerado fundamental para a compreensão da Geografia frente a outras ciências, é frequente nos trabalhos que versam sobre o ensino de Geografia. Parece, portanto, se tratar de um conhecimento dominado pelos professores. Todavia, a utilização dos mapas, tanto da educação básica quanto do ensino superior, apenas com o objetivo de identificar a localização de objetos, fatos e fenômenos permite-nos aventar a hipótese que os mesmos não têm sido utilizados como ferramentas para a formulação do raciocínio geográfico. Este artigo tem como meta apresentar alguns aportes acerca das relações entre cartografia temática, raciocínio geográfico e ensino de cidade tendo como fios condutores os princípios geográficos e a semiologia gráfica. Para alcançar esse intento são apresentadas contribuições de autores que, em diferentes períodos, expuseram e discutiram as temáticas que são objeto de análise nesse texto.  Além de informar a compreensão que os autores possuem a respeito das temáticas elencadas, também empreendemos a tentativa de estabelecer elos que permitam correlacionar os conhecimentos em discussão, bem como demonstrar algumas possibilidades e limites de intersecção entre cartografia temática, raciocínio geográfico e ensino de cidade.  Ao finalizar o texto, a pretensão é que a os fios condutores construídos colaborem com a discussão acerca do raciocínio geográfico no contexto da cartografia temática e do ensino de cidade.