A cartografia escolar e a elaboração de mapas mentais na educação de jovens e adultos: contribuições para o processo de ensino-aprendizagem

Resumo

o presente artigo tem como objetivo, investigar como a cartografia escolar pode através apropriação dos conceitos geográficos, promover a desacomodação e a autonomia do educando, na modalidade de ensino de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Metodologicamente, a pesquisa foi orientada na perspectiva da Teoria histórico-cultural de Vigotski, por se entender que a leitura da realidade se dá num processo de interligação entre os conhecimentos sistematizados e da vida cotidiana. A intervenção a partir da observação e elaboração dos mapas mentais foi realizada com alunos da EJA do 3º ano do ensino médio, alunos estes, funcionários da Companhia de urbanização de Goiânia-GO. Como resultado, a partir dos conteúdos desenvolvidos em sala de aula, trazendo à luz o conceito de lugar, tendo a cidade como locus de relações sociais e os problemas urbanos, pode-se perceber que os alunos, ao entrarem em contato com a elaboração dos mapas mentais, foram construindo e desconstruindo saberes e conhecimentos, mobilizados pelo pensamento espacial. Essa articulação a partir dos conhecimentos sistematizados e do cotidiano mostrou que a construção dos saberes geográficos se torna potencializadora, quando parte da realidade do aluno e quando este participa ativamente do processo de construção do conhecimento. Os mapas mentais sobre os problemas urbanos de Goiânia refletiram a importância da inserção da cartografia escolar no processo de ensino-aprendizagem em geografia.