Banco Comunitário Palmas: metodologia e análise geográfica do fenômeno

Autores

  • Carolina Gabriel de Paula Pupo Universidade de São Paulo Departamento de Geografia

Palavras-chave:

bancos comunitários, moedas locais, Banco Comunitário Palmas, lugar.

Resumo

Dentro deste novo período, denominado por Milton Santos de “período técnico-científico-informacional”, que se inicia na década de 1970, as finanças se tornam uma variável determinante e dominante, fundamental para a compreensão do espaço geográfico, constituído por um conjunto contraditório e solidário de sistemas de ações indissociáveis de sistemas de objetos. Vemos, portanto, a pertinência do estudo das finanças na Geografia. Ao mesmo tempo que as finanças globais utilizam o território como recurso surgem novas formas alternativas de organização das finanças que pretendem usar o território como abrigo. Essas “finanças solidárias” abrangem um leque de novas formas financeiras contemporâneas. Dentre as existentes selecionamos os bancos comunitários e as moedas locais (e/ou moedas sociais) que atuam respectivamente como "fixos" e "fluxos" dentro desta nova realidade financeira. Esses fenômenos recentes no Brasil têm seu marco no Conjunto Palmeiras, área periférica de Fortaleza-CE, com a criação do Banco Comunitário Palmas (1998) e sua moeda local, o Palmas (P$). A partir do momento que esses “fixos” e “fluxos” tornam-se uma política pública do Estado brasileiro durante o governo do Partido dos Trabalhadores, multiplicando-se e ganhando capilaridade praticamente por todo território usado. Neste artigo, nosso objetivo é descrever como se funda o primeiro banco comunitário do Brasil, o Banco Palmas, pois ele será o “espelho” para fomentar outros bancos comunitários no Brasil, denominados de bancos comunitários de desenvolvimento (BCD). Buscaremos neste artigo trazer ao leitor como elaboramos, até o presente momento, a fundamentação teórico-metodológica deste tema na pesquisa em Geografia.

Biografia do Autor

Carolina Gabriel de Paula Pupo, Universidade de São Paulo Departamento de Geografia

Possui graduação em Bacharelado em Geografia pela Universidade de São Paulo (2010), graduação em Licenciatura em Geografia pela Universidade de São Paulo (2010) e mestrado em Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo (2014). Doutoranda Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo.

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Publicado

2018-03-17

Como Citar

Pupo, C. G. de P. (2018). Banco Comunitário Palmas: metodologia e análise geográfica do fenômeno. Boletim Paulista De Geografia, (98), 111–127. Recuperado de https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/1157

Edição

Seção

Artigos